quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Período Napoleonico T.201 e 202


PERÍODO NAPOLEÔNICO

Em 1799, como golpe militar do Dezoito Brumário, Napoleão Bonaparte chega ao poder na França, é o fim do processo revolucionário na França. Napoleão governará a França por 15 anos, e será o responsável direto pelas independências na América.

Ascensão de Napoleão
A França havia passado por dez anos de turbulência, portanto sua economia e política estavam totalmente desorganizadas. A burguesia jogará peso na figura de Napoleão para por o país novamente no eixo.
Napoleão consegue o apoio popular, pois suas campanhas contra os inimigos estrangeiros foram sucesso absoluto, por isso consegue poder total para administrar o país. Assim, cria escolas, hospitais, reorganiza a produção no campo e na cidade, abre fábricas e neutraliza os adversários estrangeiros. Em 1804, a França já era outro país e através de um plebiscito, Napoleão é coroado imperador.

O Império de Napoleão

Napoleão consolidou seu império através de inúmeras guerras, e a cada vitória o mapa europeu mudava a favor da França. O único problema de Napoleão era a Inglaterra, pois a marinha inglesa não capitulava a Napoleão.
Para tentar conter os ingleses, Napoleão lança o Bloqueio Continental, que proibia as nações de comercializar com a Inglaterra, sob o risco de serem invadidas pelas tropas francesas.
Através deste mecanismo, Napoleão invadiu Portugal e Espanha, gerando o processo de independência das colônias na América.






Império 1804/1814
Neste período, Napoleão através de um plebiscito se torna imperador da França.
A marca principal deste momento são as guerras napoleônicas.
Em 1812,a França  chegou ao seu limite máximo de ocupação territorial na Europa.
Nesta euforia, Napoleão invade a Rússia, de Alexandre I, por romper com o Bloqueio Continental.
O Exército francês sofre uma vertiginosa derrota em abril de 1814, e Napoleão é enviado ao exílio, na ilha de Elba, no Mar mediterrâneo.

Governo de Cem dias -1815
Napoleão consegue fugir da ilha de Elba e reorganizar o seu poder na França. A coligação militar internacional se reorganizou e na Batalha de  Waterloo, Napoleão foi definitivamente derrotado, sendo mantido preso na ilha de Santa Helena, na Argentina, até a sua morte em 1821.

Congresso de Viena
Napoleão invadiu vários países,e  as nações derrotadas se reuniram em Viena para decidir como agir. Neste mesmo período, a Inglaterra vence Napoleão. Os monarcas europeus assinam o tratado da Santa Aliança, evitando assim novos ataques a seus países. Napoleão é preso e enviado ao exílio, mas o estrago já estava consolidado.
Alguns pontos do Congresso de Viena:
>Restauração: o mapa europeu volta a ter a mesma configuração de 1792.
>Legitimidade:devolução dos tronos aos seus legítimos herdeiros, a cada país invadido por Napoleão.
>Solidariedade:formação de alianças políticas entre os países europeus na tentativa de evitar novas invasões.



Colonização portuguesa na América T.102 e 1003


A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA


Início da Colonização

A partir de 1530, o comércio com as Índias  começou a decair, pois  retiravam  as especiarias e não as replantavam, o que gerou declino na  produção. Por outro lado havia ameaça real de invasão das terras brasileiras por franceses  e holandesas.
Por conta desses fatores a Coroa portuguesa resolveu ocupar efetivamente o Brasil, com a clara intenção de povoá-lo mais sem gastar muito dinheiro.  O produto escolhido foi o açúcar, pois tinha muita aceitação na Europa,  o solo e clima brasileiro eram propícios ao produto  e Portugal já dominava a  técnica implantada na Ilha da Madeira. Por esses  motivos o açúcar foi escolhido.
A forma de ocupação se deu através das Capitanias Hereditárias.

As Capitanias Hereditárias

Para atrair  colonos, o governo português passou a doar as terras no Brasil, porém o colono arcaria com todos os custos para transformar um espaço de floresta, cheia de índios em um lugar descente de se viver. Ao colono caberia a limpeza do terreno, a edificação do engenho, a construção de fortes para combater os estrangeiros e lidar com o aculturamento dos índios. Os documentos de entrega da terra eram:  a carta de doação, que  oficializava a posse hereditária da terra e o foral, que fixava os impostos a serem pagos pelos donatários. A tentativa fracassou, pois nenhum nobre quis sair de  Portugal para se enfiar nesse fim de mundo, somente duas capitanias deram certo: a de São Vicente e Pernambuco, ambas de Martim Afonso de Souza.

O Governo Geral
Como não deu certo a história de Capitanias Hereditárias,  a Coroa portuguesa teve que lançar mão de um governo e exército permanente por aqui, e a instituição utilizada será a dos Governadores gerais, que vão governar com a ajuda do Capitão mor(Exército), Provedor mor(impostos) e Ouvidor mor(justiça)

Os principais governadores são:
Tomé de Souza 1549-53
Duarte da Costa 1533-58
Mem de Sá 1558-72
·        Impulsionou a cultura açucareira.
·        Introduziu a Pecuária.
·        Trouxe funcionários públicos, militares, jesuítas, missionários e colonos.
·        Incentiva a entrada de negros vindo d’África para trabalhar na lavoura.
·        Entra em choque com os jesuítas, pois era claramente favorável a escravização indígena, mesmo contra a vontade do rei.
·        Sofreu ataques sistemáticos dos índios e a aliança dos Tamoios e Caetés aos franceses.
·        Sofre a invasão dos franceses, que aliados dos Tamoios e Caetés se fixam na Baía de Guanabara, e fundam a França Antártica.
·        Trouxe novo impulso  à colonização.
·        Restabeleceu a autoridade real na Colônia.
·        Perseguiu e dizimou os Tamoios e Caetés.
·        Expulsou os franceses da Baía de Guanabara.
·        Fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1 de março de 1565.



A economia açucareira

O  açúcar da cana era desconhecido na Europa, até então usava-se a casca da batata doce e da beterraba para adoçar, por isso o açúcar  foi um grande sucesso na Europa, e se transformará  numa mercadoria bastante cara, servindo até mesmo de dote para casamentos.
Portugal detinha o monopólio da venda do produto, mas não dominava a técnica de refino dependia dos holandeses para isso, e, portanto, era sujeito aos preços impostos pelos holandeses, o que encarecia ainda mais o produto no mercado europeu.

O Engenho

A unidade de produção do açúcar era o engenho, e este por sua vez será a forma de organização social do período que se chamou Ciclo do Açúcar.
O engenho se dividia em:
·        Lavoura: terras aonde se plantava a cana de açúcar.
·        Engenho: onde se instalava a moenda, retirando o caldo, que era aquecido até se transformar em melado, e depois transformado em  barras para serem levados para Holanda a fim de ser refinado. No engenho se produzia também a cachaça e o mel  de uso doméstico.
·        Casa Grande: habitação de construção rústica  aonde moravam o senhor  sua família e alguns agregados.
·        Senzala: local  insalubre aonde era confinado os escravos. Não havia nenhum conforto, higiene ou privacidade.

A Sociedade Açucareira

Fortemente hierarquizada, estava centralizada na figura masculina, aos homens brancos era dado todo poder de vida  ou morte a todos a sua volta.
·        Senhor: dono do engenho era o líder e detinha o poder sobre a esposa, filhos, empregados e escravos.
·        Senhora:  esposa subjugada ao marido tinha como tarefa cuidar da casa e dos filhos, muitas vezes analfabeta e extremamente cruel com os escravos.
·        Filhos: educados de forma  severa, obedeciam aos pais e não tinham vontade própria. Os rapazes adquiriam espaço quando  se tornavam adultos, as moças casavam-se com os pretendentes arranjados pela família e repetiam o destino das mães.
·        Homens brancos pobres: na maioria das vezes eram  os capatazes com a incumbência de cuidar da escravaria. Muitas vezes  arrogantes e ignorantes infernizavam a vida dos escravos. Alguns eram tropeiros que traziam e levavam mercadorias para os engenhos.
·        Escravos: não tinham direito a nada nem mesmo a vida, não eram considerados seres humanos, podiam ser vendidos, trocados, ameaçados e punidos por qualquer coisa. Muitos sofreram castigos corporais que os levavam a morte.

A Escravidão Africana

A mão de obra utilizada na lavoura açucareira foi à africana, pois estava perfeitamente adequada a necessidade política do mercantilismo, proporcionando grandes lucros aos  traficantes. O trabalho escravo indígena não gerava a renda para o setor mercantil, pois o elemento indígena estava na terra, não havendo assim, necessidade de transportá-lo. O lucro tanto para Portugal como para os comerciantes estava justamente neste transporte.
O tráfico de escravos para a colônia  crescia na mesma medida que se expandia a cultura da cana-de-açúcar. O Porto de Luanda, em Angola, se tornou o mais importante ponto de embarque de negros neste período. Por este porto estima-se ter passado pelo menos 1 milhão de escravos entre 1549 a 1680.
A viagem nos navios negreiros  eram um episodio a parte, pois os porões eram entulhados de  escravos, que mal podiam respirar, sem nenhuma higiene e má alimentação, mais da metade morria na travessia.
Quando chegavam aos portos do Rio de Janeiro, Salvador e Recife eram expostos como mercadorias,  e ao serem vendidos separavam pais  de filhos, esposas de maridos.
Expostos a todo tido de violência física, os africanos também sofreram  uma profunda violência cultural, pois eram proibidos de usarem seus dialetos e processarem suas crenças. Como forma de resistência à dominação, os  africanos criaram o sincretismo religioso.
Este mecanismo visava usar as imagens dos santos católicos, impostos pelos brancos, e associá-lo a um orixá africano. Desta forma podiam continuar processando sua religião.

Violência e Resistência

Uma das formas de resistência à escravidão eram as fugas. Os negros podiam fugir sozinhos ou em grupos. Quando saíam em grupos, a tendência era formar quilombos. Os quilombos eram aldeias, localizadas em terrenos de difícil acesso, aonde era reconstruído a forma de viva na África.
Outra forma bastante usada era o suicídio como forma de protesto, já que esta prática causava prejuízo ao senhor. Havia também ataques aos feitores, o mais comum era  oriundo da capoeira, forma de luta trazida pelos africanos que podia causar a morte.


Atividades Complementares na empresa açucareira

Não era permitido ao colono plantar outros produtos no engenho além da cana, dentro da lógica do Pacto Colonial, aonde a colônia só pode produzir e comercializar o que a metrópole determinar. Por esse motivo a colônia  passava fome crônica. Os colonos deveriam comprar tudo que necessitassem dos navios portugueses da Cia das Índias. Normalmente os produtos eram caros e escassos. Porém, pela força da necessidade, nos engenhos havia pequenas plantações para subsistência, planta-se: milho, feijão, arroz, hortaliça e alguns legumes, havia também animais de terreiro tais como: galinhas e porcos. Algumas vacas para o abastecimento de leite e queijo, os bois e cavalos usados como animais de transporte .
A pecuária só será efetivamente  difundida quando o açúcar entrar em decadência.

O Avanço para o interior da Colônia

A partir de 1580, Portugal por questões sucessórias se unirá à Espanha, formando assim a União Ibérica.  Com essa união o Tratado de Tordesilhas perderá seu valor, já que  tecnicamente não havia mais divisão entre as duas nações, com isso o avanço para o interior da colônia se fará de forma bem mais fácil.
Duas formas bastantes  complexas vão facilitar esse avanço.
·        Pecuária: com o declínio da plantação de açúcar, a pecuária começará a se despontar, principalmente no interior da colônia, já que o gado necessitava de espaço para pastagem. Esse tipo de atividade só podia ser feito por homens livres, que com o tempo vão se tornando proprietários de terras.
·        Bandeirismo: a necessidade de buscar metais preciosos nunca abandonou os colonos, e no decorrer do  ciclo do açúcar, algumas expedições, que partiam principalmente  da capitania de São Paulo,aonde nem o solo e nem o clima ajudavam na implantação de engenhos.
As expedições podiam ser organizadas de duas formas:
Entradas: expedições financiadas pelo governo para busca de metais, como não houve sucesso imediato, esses financiamentos foram cancelados pelo governo.
Bandeiras: expedições organizadas e financiadas por particulares, não buscavam apenas metais preciosos, mas também o apressamento indígena, já que essa mão de obra era mais barata que a africana. De contrato, que mediante a um contrato com fazendeiros ou governantes, procuravam negros e índios fugidos e destruíam quilombos.
O bandeirismo foi responsável pelo massacre de nações inteiras de indígenas, além de entrarem em choque com os jesuítas, pois atavam as missões na busca por índios aculturados.









As Grandes Navegações T.102 e 1003


AS GRANDES NAVEGAÇÕES

Dentre os acontecimentos que assinalaram a passagem da idade Moderna para a Idade Média, destacamos as Grandes Navegações. Esse fato irá marcar profundamente as relações européias com o resto do mundo.

O que motivou as Grandes Navegações:

·        Necessidade de buscar novas minas de ouro e prata, pois as moedas eram cunhadas com esses metais, e as minas européias apresentavam esgotamento. Além disso, para  manter um Estado forte, era necessário muita riqueza.
·        A expansão comercial  era intensa, porém Gênova e Veneza detinham o monopólio dos produtos vindos das Índias, pois os mulçumanos haviam ocupado o mar Mediterrâneo, quando ocuparam Constantinopla e não permitiam a passagem de cristãos.
Era necessário buscar um caminho alternativo, pois os comerciantes genoveses e venezianos cobraram preços muito altos pelas mercadorias, o que acarretava menor lucro aos comerciantes de outros países.
·        Avanço tecnológico cada vez maior trazidos pelo Renascimento científico impulsionou novas técnicas de navegação,  novas descobertas como a bússola e a pólvora vão proporcionar aos europeus a atravessarem o mar Tenebroso(Atlântico).

Pioneirismo Português

Portugal foi o primeiro país europeu a se unificar, formando um estado nacional em 1383, a partir daí a burguesia portuguesa investe em novas técnicas para navegação. Assim, é criada a Escola de Navegação de Sagres, sob o comando do príncipe D. Henrique. Nesta escola aprendia-se tudo sobre navegação, confecção de mapas e construção de caravelas.





A Navegação Portuguesa

A expansão portuguesa se dá em 1415, com a tomada da cidade de Ceuta, no norte da África, aonde existia um grande centro comercial, dominado pelos muçulmanos. A partir daí Portugal não parou mais de navegar.

As rotas portuguesas a caminho das Índias

1415 – Ceuta
1419 –Arquipélago da Madeira
1428 - Arquipélago dos Açores
1434-  Cabo do Borjador e Guiné
1456-  Cabo Verde
1482-  Congo
1488 – Bartolomeu Gusmão dobra o cabo das Tormentas e entra em águas do Oceano Pacífico
1498 – Vasco da Gama chega a Calicute na Índia
1500- Pedro Ávares  Cabral chega ao Brasil

A Navegação Espanhola

Apesar de ter saído mais tarde para a expansão marítima, por conta da presença mulçumana em seu território, a Espanha descobre terras  muito mais ricas  em ouro e prata do que Portugal.

As rotas espanholas

1492 -  Colombo chega na ilha de San Salvador (Honduras)
1513 –Vasco Nunes descobre o Panamá e o Oceano Pacífico
1521 – Fernão de Magalhães descobre o extremo sul da América do Sul (Chile)
1532- Francisco Pizarro chega à América Central (Nicarágua, Cuba e Caribe)





Inglaterra, França e Holanda

Esses três países pouco se interessaram em  navegar, só começaram a ter interesse pala América, após a Espanha encontrar muito ouro na parte Sul do continente. Porém,  o Tratado de Tordesilhas já havia demarcado o que pertencia a Portugal e Espanha, deixando esses países de fora dessa corrida, pelo menos na forma licita, pois esses países utilizaram muito os ataques de piratas no mar do Atlântico, a fim de  participarem dos lucros obtidos pela minas de ouro.

As rotas inglesas, francesas e holandesas

A Inglaterra ocupa uma parte do norte da América do Norte, E.U.A, alguns territórios na África e Ásia.
A França ocupa outra parte da América do Norte, Canadá algumas ilhas no Caribe como o Haiti e Martinica, parte da Ásia na Península da Indochina, Vietnã e Camboja e poucos  territórios na África.
A Holanda fica com a Guiana Holandesa, na América do Sul e alguns territórios na África.