quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Próxima semana 2/09- texto e execícios turma 1009 Exercìcios

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS

Com tantas mudanças acontecendo na Europa, já não havia mais espaço para o fechamento social imposto pelos senhores feudais. O comércio e as cidades crescendo trazia problemas na manutenção do servo no campo, arcando com pesados tributos e  a burguesia enriquecendo e aumentando sua participação no jogo político.
Por todos esses motivos, o sistema feudal começa apresentar esgotamento e sua dissolução não tardará. No decorrer do Século XIV novos eventos irão desgastar  de vez a  força dos senhores feudais, são “As Crises do Século XIV”, que  são: a fome, a peste e a guerra.

·        Decadência na produção de alimentos foi agravada por fenômenos naturais. Em 1315, uma forte chuva arrasou as plantações e 1317, uma longa estiagem também causa problemas nas colheitas.
·        A Peste Negra ou Bubônica, epidemia que se deu através da pulga de rato ocorreu entre 1348-1350, matando 1/3 da população européia, piorando ainda mais a escassez de mão de obra no campo.
·        A Guerra dos Cem Anos 1337-1453, entre Inglaterra e França, além de enfraquecer o poder dos senhores destes dois territórios, causa ainda mais mortes e problemas na agricultura.
Sob a  ação das Crises do Século XIV fome, peste, guerra e escassez de mão de obra o poder dos senhores feudais diminuem e o sistema entra em colapso, apontando para a centralização do poder.
Foi neste contexto, que a burguesia se une ao rei, dando origem a Formação dos Estados Nacionais, ou Antigo Regime.

Aliança Rei-Burguesia

·        Burguesia comercial e financeira: objetivo era acabar com as diferentes moedas e os diversos impostos cobrados em cada feudo, que atrapalhavam os lucros desta classe.
·        Formação de Exércitos permanentes: a burguesia financiou a formação de soldados profissionais, que passam a acatar as ordens do rei, e não mais de um senhor local e passam a dar segurança a todo território.
·        Igreja: percebendo a decadência dos senhores, a Igreja passa a legitimar o poder do rei, através da teoria da “vontade divina”, aonde o rei é o escolhido por Deus para guiar aquele território e seu povo. Na prática o Estado passa a ser controlado pela Igreja, e esta se beneficia dos impostos pagos pela burguesia.
·        Idioma oficial: com uma única língua o poder real se firma e garante assim a identidade nacional.
·        Monopólio Estatal: é usado para impor a autoridade do real dentro dos novos territórios, o rei passou a exercer os monopólios da força legitima e da arrecadação de impostos.

Os primeiros países a se unificarem e formar as nações foram: Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

Exercícios:

1.     Que motivos vão gerar o enfraquecimento dos senhores feudais?
2.     O que foi a Crise do Século XIV?
3.     Aponte o motivo central para que ocorresse a união Estado Burguesia?
4.     O que era a Teoria da Vontade Divina?
5.     Que importância o Exército terá na formação dos Estados Nacionais?
6.     Por que o idioma foi tão importante na formação das Nações?
7.     Que países foram os primeiros a se formarem como nações?

                               O ANTIGO REGIME

Chamamos de Antigo Regime, o período de transição entre o Feudalismo para o Capitalismo.
Como já vimos a Europa está em plena transformação, mas nem tudo que existia na Idade Média desapareceu por completo na Idade Moderna. Portanto, o Antigo Regime será uma mistura de novo e antigo dentro de uma  sociedade em transformação.
Os principais aspectos deste período são:

·        O Absolutismo
Na formação dos Estados Nacionais, verificou-se a necessidade de centralizar nas mãos do rei todo o poder, ao contrário  do feudalismo aonde o poder estava dividido entre os vários senhores feudais.
Nessa nova atmosfera o rei Luis XIV, que governou a França entre 1661 a 1715, afirmou “ O Estado sou eu”. De fato, o absolutismo monárquico era isso, à vontade do rei sobrepunha a todos. Alguns teóricos derem sustentação a este Regime. Os principais são:

Jean Bodin(1530-1595): para quem o rei  detinha a soberania, isto é, o poder de criar ou revogar leis e no exercício dessa soberania tinha o poder supremo sobre os súditos.

Thomas Hobbes(1588-1679): autor de Levita, no qual desenvolveu a teoria de que os seres humanos, em troca de segurança, haviam conferido ao rei toda autoridade, por isso o poder real era absoluto.

Jacques Bousset (1627-1704): desenvolveu a teoria da Vontade Divina do poder real. Segundo essa teoria o poder do rei era absoluto por que vinha de Deus, e só ao criador deveria dar satisfações.

·        Sociedade Estamental

O Estado nação se formou através da união rei-burguesia, porém ao se legitimar no poder, os reis afastaram a burguesia do poder, conferido aos antigos senhores feudais, os previlégios da nobreza.
Desta forma, a sociedade em si não sofreu grandes mudanças na sua estratificação. A nobreza continuou a ser a classe privilegiada, o clero continuou a dar as cartas religiosas e os pobres amargando a miséria nos campos ou cidades. A burguesia enriquecia, porém continuava sem poder político.

·        A Economia feudal  e capitalista

A economia  européia reunia os apectos feudais e capitalistas dentro de si.

Dos vínculos feudais mantinha:
a. O sistema de corporação de ofício, responsável pela produção artesanal nas cidades.
b. Trabalho servil no campo, e mantinha a corvéia (trabalho gratuito nas terras do senhor), a talha (entrega de parte da colheita) e o dízimo (contribuição dada a Igreja).

Da forma capitalista:
a. Produção realizada de forma doméstica, com o artesão utilizando suas próprias ferramentas, porém  realizando suas tarefas através de encomenda de um comerciante, primeiras manufaturas.
b.  Difusão do trabalho assalariado nas cidades.
c. Surgimento de novas organizações econômicas, tais como: bancos sociedades anônimas e títulos de créditos.
Essa fase é conhecida como  capitalismo comercial, aonde se  deu a acumulação primitiva de capitais.

·        O Mercantilismo

Principal braço do Antigo Regime, o mercantilismo era a forma que os reis encontraram de fortalecer o Estado e as atividades econômicas.
Segundo a ordem mercantilista, um Estado só era forte e seu rei respeitado se possuísse um acúmulo gigantesco de riqueza. Desta forma, os reis vão centralizar todas as riquezas encontradas nas novas terras dentro do pacto colonial. Toda a economia do estado estava fechada nas mãos dos reis, e o principal produto a ser encontrado eram os metais preciosos.


·        Pacto Estrutura de controle que o Estado fazia em suas colônias. Logo após as grandes descobertas de terras na América, Ásia e África, tudo que tivesse valor, só poderia ser comercializado diretamente com a metrópole, ajustando assim o acúmulo de riqueza previsto pelo mercantilismo.



Exercícios:
1.     Qual a principal característica do Antigo Regime?
2.     O que pregava o absolutismo, segundo seus teóricos?
3.     Como se davam as relações sociais neste período de transição?
4.     Aponte alguns aspectos da economia feudal e da economia capitalista?
5.     Aponte a principal meta do mercantilismo.
6.     Descreva o pacto colonial.










segunda-feira, 24 de agosto de 2015

IIGuerra Mundial,11 e 18/08 turmas 3001 e 3002

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A criação da Sociedade das Nações em 1919 foi com claro intuito de impedir que um novo conflito das proporções da I Guerra voltasse a ocorrer. Porém a condição imposta à Alemanha pelo tratado de Versalhes, feriu seriamente o orgulho dos alemães, além disso, a crise de 1929 proporcionou o surgimento de regimes autoritários em toda Europa. Ao mesmo tempo Itália e Japão queriam aumentar seus domínios pelo mundo capitalista.
É neste contexto histórico que teremos um novo e mais feroz conflito armado internacional.

A Década de 1930: A configuração da Guerra

1931: o Japão invade a Manchúria, região pertencente à China. A agressão foi recebida pela Sociedade das Nações na forma de um simples protesto, mas nada de concreto foi realmente feito.
1933: a Alemanha rompe coma Sociedade das Nações.
1934: Hitler chega ao poder como primeiro ministro da Alemanha, a SS esmaga a oposição no episódio da Noite dos Longos punhais.
1935: a Alemanha volta a produzir armas e organizar exércitos, numa clara desobediência ao Tratado de Versalhes.
Mussolini invade a Etiópia  e Hitler ocupa a região da Renânia, fronteira com a França.
1936-1939: ocorre a Guerra civil Espanhola, disputa entre os republicanos marxistas contra os fascistas apoiado pelo general Francisco Franco.
Este conflito terá duas frentes: os marxistas tentando levar a revolução à Espanha, recebendo claro apoio da URSS e da Legião Estrangeira (comunista do mundo inteiro foram apoiar os espanhóis), e os governos fascistas da Europa, apoiando  o gen. Franco.
Na verdade, a Guerra Civil Espanhola foi um teste de armas, pois tanto Itália e a Alemanha de um lado e a URSS de outro, testavam suas forças dentro do território espanhol.
Os comunistas foram derrotados, numa clara traição do governo soviético, e a Espanha amargou mais de 20 anos de ditadura franquista.
1936: Hitler e Mussolini assinam o Pacto Ítalo-Germânico, o chamado Eixo Roma-Berlin. Em 1940, já com a guerra iniciada, esse pacto é estendido ao Japão, é o Pacto Anti-Komintern, que visava acabar com os comunistas no mundo.
1937: o Japão invade a China, num dos episódios mais sangrentos do pré-guerra.
1938: a Alemanha invade a região de Sudetos na Techeslováquia, alegando que a maioria da população era germânica, sob esse pretexto anexa também à Áustria.
Para resolver esse impasse França, Inglaterra, Itália e Alemanha se realizam a Conferência de Munique. Ficou acertado que a Alemanha ficaria com as regiões anexadas, mas não invadiria mais nenhum outro território.
1939: Em agosto, Hitler assina o Pacto Germânico-Soviético de Não Agressão. Hitler queria ganhar tempo, pois invadiria a URSS, tão logo fosse possível.
Na madrugada de 1 de setembro, a Alemanha invade a Polônia de surpresa.
Agora já não dava mais para fingir que nada acontecia. França e Inglaterra foram obrigadas a declarar guerra à Alemanha. Estava iniciada a mais mortífera guerra do Século XX.

O Avanço Alemão
1939: A URSS invade a parte da Polônia, que lhe cabia no acordo com Hitler, retalhada em duas, a Polônia se rendeu.
1940: utilizando a tática de guerra relâmpago, a Alemanha invade a Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. Esses Países tinham assinado acordo de neutralidade, não respeitado por Hitler.
A França também é ocupada pelos alemães no dia 14 de julho, data nacional dos franceses. O governo de Henry Pétain se rendeu e passou a colaborar com os nazistas. O gen. Charles  de Gaulle, fugiu para Inglaterra de onde organizou a resistência francesa, com o apoio da população.
1941: a Alemanha avança para o leste europeu, ocupando a Romênia, Hungria, Bulgária, Iuguslávia e Grécia. Ao mesmo tempo, as tropas alemães invadem as colônias inglesas na África.
Sem nenhuma declaração formal, os alemães invadem a URSS, em junho avançando em três frentes. A tática usada pelos russos foi deixar o inimigo entrar, porém as cidades eram destruídas pelos soviéticos. Com a chegada o inverno rigoroso, os soldados alemães começaram a sofrer inúmeras derrotas.
1942: os alemães são expulsos da África. Os aliados conseguem pesadas vitórias sobre os alemães.
1943: em janeiro, os alemães já haviam perdido cerca de 91 mil soldados na URSS, rendendo-se em Stalingrado. Entre julho e agosto, os aliados ocupam a Sicília, no norte da Itália. O Exército Vermelho marcha em direção a Berlin.
1944: em junho ingleses e americanos desembarcam na Normandia, litoral francês, é o Dia D, daí para frente os alemães sofrem derrotas pesadíssimas.
A FEB, com ajuda dos italianos e americanos vencem a batalha de Monte Castelo, e logo depois Roma é libertada. Mussolini e sua esposa são fuziladas.
1945: em abril, a Alemanha está totalmente aniquilada, no dia 30, Hitler e Eva Braum se suicidam. 08 de maio a Alemanha assina a rendição, é o fim da Guerra na Europa.

A Guerra no Pacífico
1940: Os interesses dos E.U.A no Pacífico estavam cada vez mais ameaçados pelo avanço japonês na região. Os E.U.A, se aproximou da Inglaterra Roosevelt(Pres. americano) e Churchill(Primeiro ministro inglês), assinaram a Carta do Atlântico, aonde fecharam uma série de princípios para a política internacional.
1941: a marinha e aeronáutica japonesa, atacam a Base aérea norte-americana de Pearl Habour, no Havaí. Foi um ataque surpresa, que destruiu quase que toda frota norte-americana. Os E.U.A entram na guerra.
1942: o Japão ocupa a Malásia, Filipinas, Hong-Kong, Birmânia e várias ilhas do Pacífico. A contra-ofensiva dos americanos infringe pesadas derrotas aos japoneses.
1943-1945: o Japão sofre sucessivas derrotas e vai perdendo todos os territórios até então ocupados
1945: com a Alemanha e Itália derrotadas, o Japão permanece sozinho no conflito. Na tentativa de não se renderem usam todos os recursos disponíveis, inclusive os pilotos suicidas, os kamikazes.
Nos dias 06 de 08 de agosto, os E.U.A, lançaram sobre Hiroshima e Nagashaki, as bombas atômicas, a mais letal até então desenvolvida.
Totalmente destruído e com mais de 200 mil civis mortos, o Japão assina a rendição em setembro.
O uso das BAs foi um claro aviso aos soviéticos, já que o Japão estava esgotado, e não tardaria para assinar a rendição.







O Genocídio

Desde que subiu ao poder, Hitler demonstrava claramente seu ódio contra as minorias raciais na Alemanha. Em 1935, os judeus e ciganos são proibidos de casar com alemães. Pedem também seus direitos civis.
Em 1938, os alemães começam a enviar grupos de judeus, ciganos, deficientes físicos, negros, eslavos, comunistas, anarquistas e homossexuais aos campos de trabalho forçado.
1939: com a invasão à Polônia, os judeus são confinados em guetos, bairros fechados e policiados, o mais conhecido foi o Gueto de Varsóvia.
1942: O Departamento de Segurança Alemão decidiu pelo extermínio em massa em campos de concentração. Ao todo são construídos seis na Polônia: Auschwitz, Chelmo, Treblina, Majdnek, Sobibor e Belzec. Ao todo 6 milhões de judeus, 3 milhões de ciganos  e milhares de outras etnias morreram nestes campos.

Os Acordos de Paz

1942: Inglaterra, E.U.A e URSS começam a negociar,quem ficaria com o que ao final do conflito.
1943: Conferencia de Teerã: a Alemanha seria dividida em 4 zonas de influência, e a URSS ficaria com os Bálcãs.
1945: Conferência de Yalta , reafirma a divisão da Alemanha.
 Conferência de Postsdan, divide a Alemanha é dividida entre a Inglaterra, E.U.A, França e URSS. Além disso, a Alemanha deveria pagar indenização aos países vencedores, e é criado o Tribunal de Nuremberg, para julgar os crimes de guerra cometidos pelos nazistas.
É criada a Organização das Nações Unidas, em substituição a Liga das Nações. A ONU não tem como única finalidade preservar a paz, mas também acompanhar os países em desenvolvimeto, além de organizar as leis sobre o trabalho, cuidar da infância e dos direitos humanos.
A Segunda Guerra Mundial teve um saldo de 50 milhões de mortos entre civis, militares e minoria étnicas. Ao final do conflito a Europa estava arrasada economicamente. Inglaterra e França perdiam seu status de maiores potências, nascendo agora, duas grandes e antagônicas potências econômicas, sociais e políticas: URSS e os E.U.A., iniciando o período denominado Guerra-Fria.
         

Atividade para turmas 2003,25/08 e 2001 e 2002, 26/08 e 1009


Ilha das Flores, Jorge Furtado,Brasil, 1988
Depois de ver o filme, me conte sobre liberdade,sonho, porcos e pessoas.
Faltosos da turma 1009, conte me pq o porco é mais importante que as pessoas.



Ativfidade para 3001 e 3002, em 25/08/2015

Filme: Nós que aqui estamos por vós o esperamos, Brasil, 1999, direção Marcelo Massagão
Depois de ver o filme, me conte suas perspectivas para o futuro.











quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A CRISE DE 1929 turmas 3001 e 3002

A CRISE DE 1929

A Grande Depressão

Logo após a Primeira Guerra, a Europa viveu um período relativamente curto de crise econômica. Ao mesmo tempo, os E.U.A, que não haviam sido atingidos diretamente pelo conflito continuava a crescer e ocupava os mercados até então dominados pela Inglaterra.
Por volta de 1921, a Inglaterra e França retornaram o seu crescimento, mas já não podiam controlar o crescimento dos norte-americanos, que atingiu seu auge entre 1920-1929. Uma das razões para esse crescimento foi o modelo fordista, que aumentava a produção e os salários proporcionando maior consumo.
Ao longo da década de 1920, a Europa recuperou sua capacidade de produção, e com isso importava cada vez menos dos E.U.A. Com a queda das importações, os americanos deveriam ter desacelerado a produção, porém não o fizeram, pelo contrário aumentaram a produção.
Ao mesmo tempo crescia a oferta de produtos agrícolas no mercado interno, o que causou queda dos preços. Neste momento a economia norte-americana Sofia uma crise de superprodução.
No final de 1929, a crise atingia tanto a produção industrial quanto a agrícola, gerando desemprego e falências.
O que viria a seguir seria catastrófico para a economia americana. Em outubro de 1929, o valor das ações da Bolsa de valores de Nova Iorque despencaram. Tinha início o crack da mais famosa Bolsa de Valores do mundo. Nos próximos 12 meses mais de 20 mil empresas americanas faliram e 13 milhões de trabalhadores perderam seus empregos.
A maior crise do capitalismo norte-americano espalhou-se rapidamente para todos os outros países, e em 1930, o mundo estava mergulhado na mais profunda crise econômica provocada pelo capitalismo.

A Reação Americana

Em 1933, o então presidente norte-americano, Franklin Delano Roosevelt, cria um plano econômico, com forte intervenção estatal para amenizar o desemprego. Esse plano baseado nas ideias do economista John Maynard Keynes, ficou conhecido como New Deal.
A idéia básica do plano era estimular o desenvolvimento econômico, com emissão de dólares, obras públicas e subsídio à economia.

A Crise na Europa: O Fascismo e Nazismo

Uma das grandes conseqüências da Grande Depressão foi ampliar e legitimar a intervenção do estado na economia, abalando a ideologia liberal do capitalismo.
Na Europa, o colapso do sistema capitalista de produção gerou um profundo descrédito na forma de organização do estado.
A crise gerou um campo propício às ideologias autoritárias e movimentos políticos que pregavam a destruição das democracias, capazes de mobilizar uma nação em torno de ideias nacionalistas. Foi nessas circunstâncias que os movimentos de direita, como o fascismo e o nazismo ganham força na Europa.
Fascismo: surge na Itália não somente pela crise econômica, mas tenho fundo no nacionalismo italiano e nos ressentimentos da Itália contra a Inglaterra, pois está não cedeu os territórios na África que a Itália tanto queria.
Desde 1918, já havia movimentos ultranacionalistas na Itália, e é quando nasce o Partido Fascista, que chega ao poder em 1922 com então, Benito Mussolini como Chefe de Estado Mussolini prometia acabar com a luta de classes, implantando  um governo forte. Para isso, o Partido Fascista propunha esmagar os  anarquistas e comunistas. Nessas condições, em 1922, Mussolini e seus partidários, os camisas verdes, realizam uma gigantesca demonstração de força com a “Marcha Sobre Roma. Logo depois Mussolini é empossado Primeiro- Ministro. No poder, Mussolini convoca novas eleições, e a custo de  violência e fraude consegue se perpetuar no poder.

Nazismo: na Alemanha, surge o nazismo.
Logo após o termino da guerra, a Alemanha foi envolvida por uma onda de agitações políticas que levaram a queda do imperador Guilherme II e a República foi proclamada pelos Sociais-democratas.
No plano econômico, as perdas sofridas com a guerra e a humilhação do tratado de Versalhes colocam o país à beira de um colapso.
A crise de 1929, só fez aumentar os problemas alemães. No começo de 1930, duas correntes ideológicas davam tom à política alemã entre elas: O Partido Social-Democrata e o Partido Nazista.
Os comunistas contavam com o apoio da classe operária e de setores minoritários, os sociais democratas haviam cometido o grave erro de assinar o acordo de paz, durante a Primeira Guerra. Nenhum dos dois partidos tinha votos suficientes para chegar ao poder, porém a II Internacional, por ordem de Stalin, proibiu os comunistas de fazerem alianças com os sociais- democratas. O resultado foi à vitória do Partido Nazista.
O Partido Nazista surge no início dos anos 1920, Adolfo Hitler aderiu ao partido e mudou o nome para Partido Nacional-Social dos Trabalhadores Alemães.
Sob a liderança de Hitler, o Partido Nazista adotou uniformes, saudações, emblemas, bandeiras e hino especiais. O partido também cria a SS(tropa especial) especializada em aterrorizar os adversários políticos dos nazistas,tais como: comunistas, judeus, democratas e homossexuais.
No ano de 1934, Hitler consegue chegar ao poder no cargo de Primeiro Ministro, e ordena a SS que eliminem todos os adversários do regime. É à noite dos longos punhais, durante a qual todos os membros da oposição foram assassinados  simultaneamente em toda Alemanha.
Daí para frente, Hitler assume cada vez mais poder, até que em setembro de 1939, invade a Polônia iniciando a II Guerra Mundial.



REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Turmas 2001 , 2002 e 200 3

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A partir de 1750, iniciou-se na Europa um grande processo de transformação social e econômico. Este processo trouxe novas formas de relação de trabalho e no processo produtivo. Foi responsável pelo surgimento das ideias iluminista e da chegada efetiva da burguesia ao poder. Esse conjuntos de transformações ficou conhecido como Revolução Industrial.

Os Avanços Tecnológicos e  Industrialização

A Revolução Industrial é o conjunto de transformações que alteraram a vida da Europa Ocidental durante toda metade do Século XVIII e XIX.
Essa transformação está ligada diretamente à substituição do trabalho artesanal, que utilizava ferramentas, pelo trabalho assalariado, que utiliza máquinas.

O Desenvolvimento da Produção

O crescimento da produtividade econômica, durante a Idade Média, desenvolveu-se principalmente através do aperfeiçoamento da organização da produção e pelo avanço técnico. Essa transformação ocorreu em três fases distintas:
1º fase: Produção Artesanal 1750-1850
A princípio a produção era artesanal, dentro das Corporações de Ofício. Neste estágio, o produtor exercia pleno controle da produção, não havendo divisão do trabalho entre as pessoas. As oficinas eram prioritariamente familiares, e o artesão passava seus conhecimentos de pai para filho. O artesão também era dono das ferramentas, da matéria prima, do produto e controlava o lucro.

2º fase: Produção Manufatureira ou Maquinicista  1850- 1900
Neste estágio o artesão é engolido pelas grandes oficinas, que possuem máquinas rudimentares, movidas a carvão, essas oficinas dispunham de um grande número de trabalhadores e ferramentas, que seguiam as orientações dos gerentes de produção. Foi nesse estágio que se inaugurou a divisão do trabalho produtivo. Cada operário realizava uma etapa no processo produtivo.
* Modelo fordista → criado por Henry Ford em 1870, dividia o trabalho na montagem dos carros em várias etapas, aonde o trabalhador perdia o controle do que foi produzido e do lucro gerado. Esse modelo de produção vigorará  até a Segunda Guerra Mundial.

3º fase: Produção Mecanizada - Informatizada 1900/1980  até os dias atuais
Neste estágio da produção, a mão de obra humana vai sendo gradativamente substituída pela máquina, e após a Segunda Guerra, pelos computadores, o que ao longo do tempo vai gerar um vácuo no mercado de trabalho, e principalmente necessitará de mão de obra com altíssima qualificação.

*Modelo toiotista→ criado no Japão do pós guerra, nesse modelo um único trabalhador será capaz de dar conta de várias etapas da produção. Nesse modelo há uma real diminuição da mão de obra humana.

Pioneirismo Inglês
A Inglaterra será o berço da industrialização, um conjunto de fatores explica esse fenômeno.

·        Modelo de absolutismo: Desde o governo de Elizabeth I, a Inglaterra não utilizava o mercantilismo puro e simples. A rainha incentivava novas descobertas tecnológicas e dava espaço para a burguesia crescer.
·        Acúmulo de capitais: no plano econômico, a Inglaterra possuía uma importante zona de livre comércio, o governo Crowmeel alagou esse espaço, ao cercar os campos na Irlanda, Escócia e País de Gales. A burguesia fortaleceu e ampliou seus domínios, e é criado um sistema bancário por volta de 1640.
·        Controle de capitais no campo: com a burguesia controlando os campos dos países dominados pela Unificação Britânica, foi fácil desenvolver mecanismos agrícolas e os  centros urbanos ganharam mais espaço industrial.
·        Crescimento populacional: com os avanços tecnológicos, a mortalidade caiu, com isso teremos, mas mão de obra disponível para as fábricas.
·        Posição geográfica: a Inglaterra está localizada à margem da Europa Ocidental, com acesso rápido tanto pelo mar Mediterrâneo quanto pelo Oceano Atlântico, o que facilitava o escoamento da produção.
·        Jazidas de carvão: A Inglaterra também possuía grande minas de carvão, matriz energética da época, o que garantia uma produção continua nas fábricas.

Capitalismo, Progresso e Exploração

A partir da Revolução Industrial, o capitalismo se estabeleceu como principal modelo de produção europeu, a economia transformou-se, tendo  a indústria como atividade econômica principal. Porém essas indústrias competiam entre elas o que podia gerar os trustes e monopólios.
*Trustes → associação financeira que realiza a fusão de várias empresas em uma só.
* Monopólios→ quando um determinado serviço é oferecido por uma única empresa, o que gera dependência do  consumidor e nem sempre um melhor serviço.

Relação Capital X Trabalho

A partir da Revolução Industrial, o setor mais importante da burguesia passou a ser denominado capitalista. Para desenvolver seus interesses, esta classe passou a lutar pelo liberalismo econômico, ampliação de mercados consumidores e mão de obra.
As relações sociais despontam agora para duas classes sociais: a dos que capitalistas, que precisam explorar o trabalho para ter lucro; e a dos trabalhadores  explorados pelo capitalista,tornando-se proletários.
Nesse aspecto, os trabalhadores são os que mais sofrem a exploração dos patrões, pois necessitam vender sua força de trabalho, e como não possuem os meios de produção acabam trabalhando até 18 h diárias sem nenhum direito trabalhista.








As Lutas dos Explorados

Na Inglaterra, país mais industrializado do século XIX, com um número enorme de operários, será também o primeiro  a sofrer as reações da classe trabalhadora.
A máquina que ao mesmo tempo aumenta o lucro do patrão,causava desemprego, e foi neste sentido que vieram as primeiras resistências.
·        Ludismo: Ned Ludd, operário que perdeu o emprego por conta das máquinas, iniciou  em um ataque feroz, destruindo  uma oficina têxtil. Não tardou para que em outras fábricas os trabalhadores partissem para a prática de destruir as máquinas, aterrorizando os burgueses. Esse movimento se chamou ludismo.
·        Cartismo: em 1836, foi fundada “Associação dos Operários”, sua principal batalha era o voto sufrágio universal, em 1837, esta associação redigiu e enviou uma carta ao Parlamento exigindo não só o direito de voto a todos os cidadãos, mas também, igualdade nos distritos eleitorais e o voto secreto. Dentro deste movimento havia duas correntes opostas: a força moral, que pregava a luta por meios pacíficos; e a força física, que pregava a luta pelos direitos dos trabalhadores  por meio de armas.
Esse movimento obteve grandes vitórias, tais como: proibição do trabalho infantil (1833); lei de imprensa (1836), reforma no código penal (1837), regulamentação do trabalho feminino e infantil (1842),e  a lei da jornada de trabalho de 10 h (1847).

As Teorias Sócio Econômicas

Para justificar tal exploração, vários teóricos vão interpretar a nova realidade social.
·        Do lado capitalista teremos:
Adam Smithconsiderado o pai do Liberalismo Econômico, será o principal formulador da teoria do livre comercio e da livre produção. Segundo Smith, o Estado não deveria controlar a produção, apenas garantir a segurança e a ordem, deixando a propriedade privada controlar a economia.
Malthos → sociólogo que criou  tentou explicar a pobreza das massas, através das leis  naturais. Para ele, os pobres tinham muitos filhos e por isso continuavam na miséria. Também será adepto do liberalismo econômico e da saída do estado do controle da economia.
·        Do lado socialista teremos:
San Simon→ operário francês, que elaborou o socialismo utópico, pois não apontava claramente com uma forma de luta para destruir a exploração a que os trabalhadores estavam submetidos. Pregava a extinção das diferenças sociais, através da desobediência do trabalhador aos seus patrões e da boa vontade dos ricos para com os pobres
Karl Marx→ principal  teórico socialista, pregava a luta das classes e a revolução proletária. Marx foi o único a mostrar como o capitalismo se apropria do trabalho, através da mais-valia.
*Mais Valia: trabalho realizado pelo empregado e não remunerado, gerando um grande lucro ao capitalismo.