segunda-feira, 10 de setembro de 2018

II Guerra Mundial 1939-1945


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A criação da Sociedade das Nações em 1919 foi com claro intuito de impedir que um novo conflito das proporções da I Guerra voltasse a ocorrer. Porém a condição imposta à Alemanha pelo tratado de Versalhes, feriu seriamente o orgulho dos alemães, além disso, a crise de 1929 proporcionou o surgimento de regimes autoritários em toda Europa. Ao mesmo tempo Itália e Japão queriam aumentar seus domínios pelo mundo capitalista.
É neste contexto histórico que teremos um novo e mais feroz conflito armado internacional.

A Década de 1930: A configuração da Guerra

1931: o Japão invade a Manchúria, região pertencente à China. A agressão foi recebida pela Sociedade das Nações na forma de um simples protesto, mas nada de concreto foi realmente feito.
1933: a Alemanha rompe coma Sociedade das Nações.
1934: Hitler chega ao poder como primeiro ministro da Alemanha, a SS esmaga a oposição no episódio da Noite dos Longos punhais.
1935: a Alemanha volta a produzir armas e organizar exércitos, numa clara desobediência ao Tratado de Versalhes.
Mussolini invade a Etiópia  e Hitler ocupa a região da Renânia, fronteira com a França.
1936-1939: ocorre a Guerra civil Espanhola, disputa entre os republicanos marxistas contra os fascistas apoiado pelo general Francisco Franco.
Este conflito terá duas frentes: os marxistas tentando levar a revolução à Espanha, recebendo claro apoio da URSS e da Legião Estrangeira (comunista do mundo inteiro foram apoiar os espanhóis), e os governos fascistas da Europa, apoiando  o gen. Franco.
Na verdade, a Guerra Civil Espanhola foi um teste de armas, pois tanto Itália e a Alemanha de um lado e a URSS de outro, testavam suas forças dentro do território espanhol.
Os comunistas foram derrotados, numa clara traição do governo soviético, e a Espanha amargou mais de 20 anos de ditadura franquista.
1936: Hitler e Mussolini assinam o Pacto Ítalo-Germânico, o chamado Eixo Roma-Berlin. Em 1940, já com a guerra iniciada, esse pacto é estendido ao Japão, é o Pacto Anti-Komintern, que visava acabar com os comunistas no mundo.
1937: o Japão invade a China, num dos episódios mais sangrentos do pré-guerra.
1938: a Alemanha invade a região de Sudetos na Techeslováquia, alegando que a maioria da população era germânica, sob esse pretexto anexa também à Áustria.
Para resolver esse impasse França, Inglaterra, Itália e Alemanha se realizam a Conferência de Munique. Ficou acertado que a Alemanha ficaria com as regiões anexadas, mas não invadiria mais nenhum outro território.
1939: Em agosto, Hitler assina o Pacto Germânico-Soviético de Não Agressão. Hitler queria ganhar tempo, pois invadiria a URSS, tão logo fosse possível.
Na madrugada de 1 de setembro, a Alemanha invade a Polônia de surpresa.
Agora já não dava mais para fingir que nada acontecia. França e Inglaterra foram obrigadas a declarar guerra à Alemanha. Estava iniciada a mais mortífera guerra do Século XX.

O Avanço Alemão
1939: A URSS invade a parte da Polônia, que lhe cabia no acordo com Hitler, retalhada em duas, a Polônia se rendeu.
1940: utilizando a tática de guerra relâmpago, a Alemanha invade a Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. Esses Países tinham assinado acordo de neutralidade, não respeitado por Hitler.
A França também é ocupada pelos alemães no dia 14 de julho, data nacional dos franceses. O governo de Henry Pétain se rendeu e passou a colaborar com os nazistas. O gen. Charles  de Gaulle, fugiu para Inglaterra de onde organizou a resistência francesa, com o apoio da população.
1941: a Alemanha avança para o leste europeu, ocupando a Romênia, Hungria, Bulgária, Iuguslávia e Grécia. Ao mesmo tempo, as tropas alemães invadem as colônias inglesas na África.
Sem nenhuma declaração formal, os alemães invadem a URSS, em junho avançando em três frentes. A tática usada pelos russos foi deixar o inimigo entrar, porém as cidades eram destruídas pelos soviéticos. Com a chegada o inverno rigoroso, os soldados alemães começaram a sofrer inúmeras derrotas.
1942: os alemães são expulsos da África. Os aliados conseguem pesadas vitórias sobre os alemães.
1943: em janeiro, os alemães já haviam perdido cerca de 91 mil soldados na URSS, rendendo-se em Stalingrado. Entre julho e agosto, os aliados ocupam a Sicília, no norte da Itália. O Exército Vermelho marcha em direção a Berlin.
1944: em junho ingleses e americanos desembarcam na Normandia, litoral francês, é o Dia D, daí para frente os alemães sofrem derrotas pesadíssimas.
A FEB, com ajuda dos italianos e americanos vencem a batalha de Monte Castelo, e logo depois Roma é libertada. Mussolini e sua esposa são fuziladas.
1945: em abril, a Alemanha está totalmente aniquilada, no dia 30, Hitler e Eva Braum se suicidam. 08 de maio a Alemanha assina a rendição, é o fim da Guerra na Europa.

A Guerra no Pacífico
1940: Os interesses dos E.U.A no Pacífico estavam cada vez mais ameaçados pelo avanço japonês na região. Os E.U.A, se aproximou da Inglaterra Roosevelt(Pres. americano) e Churchill(Primeiro ministro inglês), assinaram a Carta do Atlântico, aonde fecharam uma série de princípios para a política internacional.
1941: a marinha e aeronáutica japonesa, atacam a Base aérea norte-americana de Pearl Habour, no Havaí. Foi um ataque surpresa, que destruiu quase que toda frota norte-americana. Os E.U.A entram na guerra.
1942: o Japão ocupa a Malásia, Filipinas, Hong-Kong, Birmânia e várias ilhas do Pacífico. A contra-ofensiva dos americanos infringe pesadas derrotas aos japoneses.
1943-1945: o Japão sofre sucessivas derrotas e vai perdendo todos os territórios até então ocupados
1945: com a Alemanha e Itália derrotadas, o Japão permanece sozinho no conflito. Na tentativa de não se renderem usam todos os recursos disponíveis, inclusive os pilotos suicidas, os kamikazes.
Nos dias 06 de 08 de agosto, os E.U.A, lançaram sobre Hiroshima e Nagashaki, as bombas atômicas, a mais letal até então desenvolvida.
Totalmente destruído e com mais de 200 mil civis mortos, o Japão assina a rendição em setembro.
O uso das BAs foi um claro aviso aos soviéticos, já que o Japão estava esgotado, e não tardaria para assinar a rendição.







O Genocídio

Desde que subiu ao poder, Hitler demonstrava claramente seu ódio contra as minorias raciais na Alemanha. Em 1935, os judeus e ciganos são proibidos de casar com alemães. Pedem também seus direitos civis.
Em 1938, os alemães começam a enviar grupos de judeus, ciganos, deficientes físicos, negros, eslavos, comunistas, anarquistas e homossexuais aos campos de trabalho forçado.
1939: com a invasão à Polônia, os judeus são confinados em guetos, bairros fechados e policiados, o mais conhecido foi o Gueto de Varsóvia.
1942: O Departamento de Segurança Alemão decidiu pelo extermínio em massa em campos de concentração. Ao todo são construídos seis na Polônia: Auschwitz, Chelmo, Treblina, Majdnek, Sobibor e Belzec. Ao todo 6 milhões de judeus, 3 milhões de ciganos  e milhares de outras etnias morreram nestes campos.

Os Acordos de Paz

1942: Inglaterra, E.U.A e URSS começam a negociar,quem ficaria com o que ao final do conflito.
1943: Conferencia de Teerã: a Alemanha seria dividida em 4 zonas de influência, e a URSS ficaria com os Bálcãs.
1945: Conferência de Yalta , reafirma a divisão da Alemanha.
 Conferência de Postsdan, divide a Alemanha é dividida entre a Inglaterra, E.U.A, França e URSS. Além disso, a Alemanha deveria pagar indenização aos países vencedores, e é criado o Tribunal de Nuremberg, para julgar os crimes de guerra cometidos pelos nazistas.
É criada a Organização das Nações Unidas, em substituição a Liga das Nações. A ONU não tem como única finalidade preservar a paz, mas também acompanhar os países em desenvolvimeto, além de organizar as leis sobre o trabalho, cuidar da infância e dos direitos humanos.
A Segunda Guerra Mundial teve um saldo de 50 milhões de mortos entre civis, militares e minoria étnicas. Ao final do conflito a Europa estava arrasada economicamente. Inglaterra e França perdiam seu status de maiores potências, nascendo agora, duas grandes e antagônicas potências econômicas, sociais e políticas: URSS e os E.U.A., iniciando o período denominado Guerra-Fria.
           


Republica Brasileira em Crise: a Revolução de 1930


A REPÚBLICA BRASILEIRA EM CRISE: A REVOLUÇÃO DE 1930

As Contradições Políticas da República Café com Leite

O crescimento urbano ocorrido no Brasil durante o final do Século XIX e início do Século XX, aliado ao desenvolvimento industrial, colocou em cena dois personagens antagônicos: o proletariado e as elites agrárias e burguesas.
Os proletários e a classe média urbana sofriam com a inflação, a falta de moradia e o descaso das classes políticas, envolvida com os interesses dos cafeicultores. A insatisfação é geral, desde os anos de 1910 ocorrem inúmeros embates entre trabalhadores e governo.

Trabalhadores em luta: o desenvolvimento industrial aumentou o número de operários, dando peso social e político aos trabalhadores. Houve organização nos sindicatos, que lutavam por melhores  salários e  condição de vida dos trabalhadores. Assim, nasce no Rio de Janeiro a COB(Confederação Operária do Brasil), fundada em 1908 pelos anarquistas.
Não havia nenhuma legislação trabalhista, e a luta era por melhores condições de trabalho, melhores salários, aposentadoria, férias, jornada de 8 horas diárias e auxílio doença.
Algumas greves ocorreram neste período, a mais significativa foi a 1912, em SP. Porém para o governo, problema social era caso de polícia, e a grande maioria dos trabalhadores era presa, deportados ou assassinados.

Movimento Tenentista: os militares que foram os propulsores da República, mas aos poucos foi perdendo espaço no cenário político para os cafeicultores.
Na década de 1920, houve uma inversão na forma de atuação dos militares. O movimento encabeçado por jovens oficiais das Forças Armadas: o tenentismo. Com o lema “representação e justiça”, esses jovens exigiam mudanças na política, pois somente os cafeicultores e pecuaristas  dominavam os interesses do país. As ações mais importantes do movimento foram:
Os Dezoito do Forte- RJ /1922: em julho de 1922, jovens oficiais e soldados do Exército rebelaram-se no Forte de Copacabana. Cercados por tropas leais ao governo, dezoito deles, saíram de arma na mão rumo ao Palácio do Catete. Juntou-se a eles um grupo de civil. As forças leais abriram fogo, e somente dois tenentes sobreviveram, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
Vinte e Três Dias de Rebelião-SP/1924: Dois anos após o episódio em Copacabana, unidades do Exército e da Polícia rebelaram-se em SP. Os rebeldes ocuparam o palácio do Governo, causando a fuga do governador. Eles exigiam a renúncia do Presidente Arthur Bernardes. Para evitar um bombardeio à cidade, os rebeldes deixaram o palácio do Governo e juntaram-se aos rebeldes do RS.

Rebelião no Rio Grande do Sul: Em 1924, tropas aquarteladas em Uruguaiana, São Borja e Santo Ângelo tentam tomar o poder no Rio Grande do Sul, lideradas por Luis Carlos Prestes e Siqueira Campos. Depois de vários combates, os rebeldes se retiram para Foz do Iguaçu.

Coluna Prestes: Cerca de 1.600 homens liderados por Luis Carlos Prestes percorre 24 mil km no sertão do Brasil entre 1925-1927, numa guerra de movimento contra o governo, sem nunca serem derrotados. A Coluna acabou tento contato com os cangaceiros e a dura realidade do sertão nordestino do país, Prestes ganha o apelido de Cavalheiro da Esperança.
A Coluna se desfaz na Bolívia e Prestes segue para Rússia, aonde acabou se tornando um membro do Partido Comunista.

A Revolução de 1930

Em 1929, Washington Luís, então presidente do Brasil, lançou como sucessor outro paulista, Julio Prestes. Essa candidatura rompia com o acordo  SP-MG, pois será a vez de um  candidato mineiro.
A reação dos mineiros, foi se aliar ao grupo do Rio Grande do Sul e à Paraíba, formando a Aliança Liberal, cujos nomes eram de Getúlio Vargas e João Pessoa.
Era esse o quadro político do Brasil, enquanto o mundo vivia a crise de 1929. Washisgtom Luís não adotou nenhuma medida salvadora para os cafeicultores paulistas, o que fez perder apoio nas eleições. Por outro lado, o programa da AL, era inovador. Prometia atender as reivindicações dos trabalhadores, anistiar os tenentes e modernizar a vida pública, adotando o voto secreto. Assim, Vargas recebe apoio de boa parte da sociedade.
Mas valendo-se do uso da fraude, Julio Prestes é eleito em março de 1930. Em julho é assassinado na Paraíba, João Pessoa. O crime nada teve a ver com política, mas a AL capitaneou o acontecido e iniciou-se um movimento no Rio grande do Sul, Paraíba, Minas Gerais e Pernambuco. O único que ficou de fora foi Luís Carlos Prestes, que a essa altura já era marxista e regava a revolução armada.
Em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas chegam ao Rio de Janeiro, e com o apoio do Exército depões Washigton Luís, Julio Prestes estava na Europa, fechando acordo para seu mandato, e não pode retornar ao país. Chegava ao poder Getúlio Vargas, e nele permanecerá até 1945.


A Crise de 1929


A CRISE DE 1929

A Grande Depressão

Logo após a Primeira Guerra, a Europa viveu um período relativamente curto de crise econômica. Ao mesmo tempo, os E.U.A, que não haviam sido atingidos diretamente pelo conflito continuava a crescer e ocupava os mercados até então dominados pela Inglaterra.
Por volta de 1921, a Inglaterra e França retornaram o seu crescimento, mas já não podiam controlar o crescimento dos norte-americanos, que atingiu seu auge entre 1920-1929. Uma das razões para esse crescimento foi o modelo fordista, que aumentava a produção e os salários proporcionando maior consumo.
Ao longo da década de 1920, a Europa recuperou sua capacidade de produção, e com isso importava cada vez menos dos E.U.A. Com a queda das importações, os americanos deveriam ter desacelerado a produção, porém não o fizeram, pelo contrário aumentaram a produção.
Ao mesmo tempo crescia a oferta de produtos agrícolas no mercado interno, o que causou queda dos preços. Neste momento a economia norte-americana Sofia uma crise de superprodução.
No final de 1929, a crise atingia tanto a produção industrial quanto a agrícola, gerando desemprego e falências.
O que viria a seguir seria catastrófico para a economia americana. Em outubro de 1929, o valor das ações da Bolsa de valores de Nova Iorque despencaram. Tinha início o crack da mais famosa Bolsa de Valores do mundo. Nos próximos 12 meses mais de 20 mil empresas americanas faliram e 13 milhões de trabalhadores perderam seus empregos.
A maior crise do capitalismo norte-americano espalhou-se rapidamente para todos os outros países, e em 1930, o mundo estava mergulhado na mais profunda crise econômica provocada pelo capitalismo.

A Reação Americana

Em 1933, o então presidente norte-americano, Franklin Delano Roosevelt, cria um plano econômico, com forte intervenção estatal para amenizar o desemprego. Esse plano baseado nas ideias do economista John Maynard Keynes, ficou conhecido como New Deal.
A idéia básica do plano era estimular o desenvolvimento econômico, com emissão de dólares, obras públicas e subsídio à economia.

A Crise na Europa: O Fascismo e Nazismo

Uma das grandes conseqüências da Grande Depressão foi ampliar e legitimar a intervenção do estado na economia, abalando a ideologia liberal do capitalismo.
Na Europa, o colapso do sistema capitalista de produção gerou um profundo descrédito na forma de organização do estado.
A crise gerou um campo propício às ideologias autoritárias e movimentos políticos que pregavam a destruição das democracias, capazes de mobilizar uma nação em torno de ideias nacionalistas. Foi nessas circunstâncias que os movimentos de direita, como o fascismo e o nazismo ganham força na Europa.
Fascismo: surge na Itália não somente pela crise econômica, mas tenho fundo no nacionalismo italiano e nos ressentimentos da Itália contra a Inglaterra, pois está não cedeu os territórios na África que a Itália tanto queria.
Desde 1918, já havia movimentos ultranacionalistas na Itália, e é quando nasce o Partido Fascista, que chega ao poder em 1922 com então, Benito Mussolini como Chefe de Estado Mussolini prometia acabar com a luta de classes, implantando  um governo forte. Para isso, o Partido Fascista propunha esmagar os  anarquistas e comunistas. Nessas condições, em 1922, Mussolini e seus partidários, os camisas verdes, realizam uma gigantesca demonstração de força com a “Marcha Sobre Roma. Logo depois Mussolini é empossado Primeiro- Ministro. No poder, Mussolini convoca novas eleições, e a custo de  violência e fraude consegue se perpetuar no poder.

Nazismo: na Alemanha, surge o nazismo.
Logo após o termino da guerra, a Alemanha foi envolvida por uma onda de agitações políticas que levaram a queda do imperador Guilherme II e a República foi proclamada pelos Sociais-democratas.
No plano econômico, as perdas sofridas com a guerra e a humilhação do tratado de Versalhes colocam o país à beira de um colapso.
A crise de 1929, só fez aumentar os problemas alemães. No começo de 1930, duas correntes ideológicas davam tom à política alemã entre elas: O Partido Social-Democrata e o Partido Nazista.
Os comunistas contavam com o apoio da classe operária e de setores minoritários, os sociais democratas haviam cometido o grave erro de assinar o acordo de paz, durante a Primeira Guerra. Nenhum dos dois partidos tinha votos suficientes para chegar ao poder, porém a II Internacional, por ordem de Stalin, proibiu os comunistas de fazerem alianças com os sociais- democratas. O resultado foi à vitória do Partido Nazista.
O Partido Nazista surge no início dos anos 1920, Adolfo Hitler aderiu ao partido e mudou o nome para Partido Nacional-Social dos Trabalhadores Alemães.
Sob a liderança de Hitler, o Partido Nazista adotou uniformes, saudações, emblemas, bandeiras e hino especiais. O partido também cria a SS(tropa especial) especializada em aterrorizar os adversários políticos dos nazistas,tais como: comunistas, judeus, democratas e homossexuais.
No ano de 1934, Hitler consegue chegar ao poder no cargo de Primeiro Ministro, e ordena a SS que eliminem todos os adversários do regime. É à noite dos longos punhais, durante a qual todos os membros da oposição foram assassinados  simultaneamente em toda Alemanha.
Daí para frente, Hitler assume cada vez mais poder, até que em setembro de 1939, invade a Polônia iniciando a II Guerra Mundial.



Período regencial 1831-1840


PERÍODO REGENCIAL 1831 - 1840

Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil viveu um período bastante turbulento, pois D. Pedro II era uma criança de 5 anos e não tinha como governar. Portanto foi organizado no país, dentro do que previa a Constituição, a Regência.
Neste período o país apontava com três blocos políticos distintos:

·        Liberais Moderados: eram fortes politicamente, representavam os interesses da elite rural, no RJ, MG e SP. Tinham como objetivo a maior centralização do poder.
·        Liberais Exaltados: formados por profissionais liberais, comerciantes e pequenos agricultores, queriam maior autonomia entre as províncias.
·        Restauradores: queriam a volta de D. Pedro I ao poder e tendiam ao absolutismo. Esta corrente ideológica desapareceu após a morte de D. Pedro I, em 1834.

Regência Trina 1831-1834

Composta por membros do partido Moderador, era bastante conservadora, se opunha aos  liberais exaltados e aos restauradores. Destaque para a atuação do padre Diego Feijó, que cria a Guarda Nacional. Esta regência não dá respostas aos interesses populares, e em 1834 é dissolvida através do Ato Adicional, que cria a Regência Uma.

Regência Uma 1834-1840

Apesar da mudança, os problemas continuam, grande parte deles gerados pela escravidão e pela pobreza do norte e nordeste do Brasil. Também pesava muito os compromissos do Brasil com a Inglaterra, o que impedia a burguesia brasileira de se expandir.
Deste modo, as tensões e crises agravavam, e o que veremos durante toda década de 1830 são rebeliões populares.




As Rebeliões do Período Regencial

   Cabanagem
PA / 1835-1840
Rev.dos Malês
    BA/1835
  Sabinada
BA/1835-1837
Farroupilha
RS/1835-1845
   Balaiada
MA/1838-1841
Liderada pelos cabanos, que viviam as margens dos rios e viviam da extração das drogas do sertão.
Liderada por escravos de origem árabes.
Liderada por  profissionais liberais e intelectuais.
Liderada por fazendeiros de gado, que sofriam com os altos impostos sobre o charque.
Liderada por vaqueiros, artesãos e quilombolas
Participação de mestiços e indígenas.
Escravos.
Brancos
Brancos
Mestiços
Objetivo: proclamação da república, fim da escravidão e melhoria nas condições de vida dos povos ribeirinhos.
Objetivo: fim da escravidão, proclamação da República.
Objetivo: proclamação da República nos moldes norte americano e abolição da escravidão.
Objetivo: proclamação da República e separação do sul do país do resto da federação.
Não tinha intenção de abolir a escravidão
Objetivo: proclamação da República e abolição da escravidão.
Repressão violentíssima por parte do exercíto. Tribos inteiras foram exterminadas, e alto número de execuções.
Repressão violentíssima, não há registros de sobreviventes.
Repressão violenta, com muitas prisões e algumas execuções.
Batalhas violentas, mas no fim da guerra, não houve prisões e execuções, e sim anistia aos rebeldes.
Repressão violenta com execuções, prisões e degredo.




A regência de Feijó não conseguiu resolver os atritos sociais, mesmo com a repressão, revoltas pipocavam em todo território nacional, em 1837 assume o regente Pedro Araújo,um conservador que formulou a Lei Interpretativa, com o objetivo de intervir nas províncias.
Porém, os liberais começaram a arquitetar uma forma de voltar ao poder, através do imperador. É o golpe da maioridade. Assim em 1840 D. Pedro II é aclamado imperador aos 15 anos de idade.


Primeiro Reinado 1822-1831


PRIMEIRO REINADO 1822-1831

Proclamada a independência o príncipe regente foi aclamado imperador do Brasil, passando a utilizar o título de D. Pedro II, restava agora a tarefa de organizar e administrar o país.

O Reconhecimento da Nova Nação

A independência do Brasil ocorreu sem muita participação popular, e o fato de ser uma monarquia com um rei português dificultou o reconhecimento do país pelos demais países da América.
A Argentina reconhece o Brasil em 1823, os E. U.A, em 1824 dentro da lógica da Doutrina Monroe, que pregada  o seguinte lema: “ A América é para os americanos.”O México em 1825, mesmo ano que com a intervenção da Inglaterra, Portugal aceita a independência do Brasil mediante ao pagamento  de uma indenização, paga pelos ingleses, trazendo mais endividamento  e menos autonomia ao Brasil.

A Constituição de 1824

A Assembléia Constituinte foi convocada em 1822, mas só começou os trabalhos em 1823. As divergências foram aflorando ao longo da elaboração da Constituição entre os monarquistas centralizadores, que desejavam mais poder ao imperador e os liberais, que queriam liberdade política e econômica. As principais reivindicações eram:
·        Anticolonialismo: o afastamento do Brasil de Portugal, para que não houvesse nenhuma chance de voltar o Pacto colonial.
·        Antiabsolutismo: diminuição do poder nas mãos do imperador para que os liberais tivessem mais espaço político.
·        Voto censitário: somente podia votar quem tivesse renda superior a 400 mil réis.
D. Pedro II não aceitou as normas impostas pela Constituição, e em 1824, fecha o Congresso e ele mesmo cria uma Constituição para o Brasil. Nela os poderes ficam assim divididos:
Imperador: Poder Moderador e Poder Executivo
Deputados e Senadores: Poder Legislativo
Juízes indicados pelo imperador: Poder Judiciário
As Rebeliões do Primeiro Império

A Confederação do Equador

As atitudes de D. Pedro II, não eram bem aceitas pelos liberais, e neste contexto a província de Pernambuco, que ainda não apagara a Revolução Pernambucana de 1817, levantou-se contra as medidas adotadas pelo imperador.
 Liderados pelo frei Caneca, religioso de grande aceitação popular, a Confederação do Equador recebe adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo de proclamar a República e abolir a escravidão, essa revolta toma um corpo muito importante, e só é sufocada  em 1824, com a ajuda do mercenário inglês Lorde Cocharne. Muitas execuções são efetuadas, inclusive a do frei Caneca.

A Guerra da Cisplatina

A região da Cisplatina (hoje Uruguai), sempre foi objeto de desejo dos brasileiros, sendo anexado ao Rio Grande do Sul em 1820 por Portugal. Porém em 1825, a população, que tinha cultura Própria se livra da Espanha e não aceita ficar subjugada à D. Pedro. O imperador não aceita perder o território e manda tropas para lá. Porém interessava a Inglaterra que todas as regiões na América do Sul fossem livres, para que ela pudesse dominar economicamente. Sendo assim, a Inglaterra reconhece a independência do Uruguai e manda D. Pedro retirar a tropas do território. É uma derrota vergonhosa para o todo poderoso imperador.

Abdicação de D. Pedro I

Os problemas enfrentados pelo imperador são muitos.
No campo econômico: inflação alta por conta da dívida externa coma Inglaterra, agravada ainda mais com a derrota vergonhosa na Guerra da Cisplatina e do desfecho da Confederação do Equador.
No campo político: insatisfação popular com o uso indiscriminado do Poder Moderador, e da centralização do poder.
No campo social: grande pobreza da população em contraste com o luxo da corte, sem falar nos escândalos provocados pela presença de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante assumida de D. Pedro.
D. Pedro I, conseguiu desagradar todos os setores da sociedade. Os jornais caiam de pau em cima do imperador, e o assassinato do jornalista Líbero Badaró só pioraram ainda mais a situação do imperador. Em 1831, uma grande manifestação popular se transforma em pancadaria: é à noite das garrafadas, entre portugueses e brasileiros. Sem condição de continuar a frente do país, D. Pedro abdica ao trono em favor do filho D. Pedro de Alcântara, que  só tinha cinco anos.



Processo de independência do Brasil


PROCESSO DE INDEPENDENCIA DA AMÉRICA PORTUGUESA

Como vimos Napoleão Bonaparte ocupou vários países da Europa, e Portugal não foi poupando pelas tropas napoleônicas.
Em 1806, com a decretação do Bloqueio Continental, todos os países europeus,estavam proibidos  de comercializar com a Inglaterra sob o risco de serem invadidos pelas tropas francesas.
Portugal estava comprometido com a Inglaterra através do Tratado de Methuen, e não podia respeitar o Bloqueio. Assim, Portugal foi invadido por Napoleão e D. João VI, auxiliado pela Inglaterra foge para o Brasil.

Abertura dos Portos
A chegada da Família Real trouxe para o Brasil um novo status: o de vice-reino de Portugal e Algarves. A primeira medida tomada pelo príncipe regente foi à abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra), como isso à colônia passou a comercializar livremente com os ingleses afrouxando assim o Pacto Colonial. Porém, com as tarifas mais baixas, os ingleses inundaram a colônia com seus produtos, atrasando ainda mais o processo industrial brasileiro.
Outras Medidas tomadas por D. João foram:
         Fundação do Banco do Brasil;
         Criação do Jardim Botânico;
         Criação da imprensa régia;
         Autorização para a impressão de livros, jornais na corte, até então proibidas;
         Missão artística encabeçada por Debret;
         Abertura de escolas e universidades;
         Confisco de muitas casas e expulsão dos proprietários para a acomodação da corte;
         Racionamento de alimentos por parte da população para alimentar melhor a corte.


As Rebeliões do Período
Revolução Pernambucana 1817
Descontentes com a atenção da Corte apenas para o Rio de Janeiro, em 1817 eclode a Revolução Pernambucana. Esta visava à separação do Brasil de Portugal e a implantação da República nos moldes norte-americano, ou seja, um estado liberal.
O movimento contou com a participação maciça da população, mas foi sufocado em 74 dias. Seus principais líderes foram executados.

Sete de Setembro
No final de agosto de 1822, D. Pedro viaja para São Paulo, nas margens do rio Ipiranga, recebe uma carta vinda de Portugal exigindo sua volta imediata ao país, sob risco das tropas portuguesas de invadirem o Brasil, e criando novas normas a serem adotadas pela colônia. D. Pedro não aceita e proclama a independência do Brasil.
A guerra de independência brasileira,é bem mais curta do que da América espanhola. O imperador sendo português e com a mediação da Inglaterra o processo de transição foi bem mais fácil.
A construção da nação brasileira, veio através do império, o que evitou que o  país se esfacelasse em vários territórios como aconteceu com a América espanhola. Mas a nação brasileira nasce comprometida até os ossos com o capital inglês, e dele será dependente até o final da Segunda Guerra Mundial












quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Período Napoleonico T.201 e 202


PERÍODO NAPOLEÔNICO

Em 1799, como golpe militar do Dezoito Brumário, Napoleão Bonaparte chega ao poder na França, é o fim do processo revolucionário na França. Napoleão governará a França por 15 anos, e será o responsável direto pelas independências na América.

Ascensão de Napoleão
A França havia passado por dez anos de turbulência, portanto sua economia e política estavam totalmente desorganizadas. A burguesia jogará peso na figura de Napoleão para por o país novamente no eixo.
Napoleão consegue o apoio popular, pois suas campanhas contra os inimigos estrangeiros foram sucesso absoluto, por isso consegue poder total para administrar o país. Assim, cria escolas, hospitais, reorganiza a produção no campo e na cidade, abre fábricas e neutraliza os adversários estrangeiros. Em 1804, a França já era outro país e através de um plebiscito, Napoleão é coroado imperador.

O Império de Napoleão

Napoleão consolidou seu império através de inúmeras guerras, e a cada vitória o mapa europeu mudava a favor da França. O único problema de Napoleão era a Inglaterra, pois a marinha inglesa não capitulava a Napoleão.
Para tentar conter os ingleses, Napoleão lança o Bloqueio Continental, que proibia as nações de comercializar com a Inglaterra, sob o risco de serem invadidas pelas tropas francesas.
Através deste mecanismo, Napoleão invadiu Portugal e Espanha, gerando o processo de independência das colônias na América.






Império 1804/1814
Neste período, Napoleão através de um plebiscito se torna imperador da França.
A marca principal deste momento são as guerras napoleônicas.
Em 1812,a França  chegou ao seu limite máximo de ocupação territorial na Europa.
Nesta euforia, Napoleão invade a Rússia, de Alexandre I, por romper com o Bloqueio Continental.
O Exército francês sofre uma vertiginosa derrota em abril de 1814, e Napoleão é enviado ao exílio, na ilha de Elba, no Mar mediterrâneo.

Governo de Cem dias -1815
Napoleão consegue fugir da ilha de Elba e reorganizar o seu poder na França. A coligação militar internacional se reorganizou e na Batalha de  Waterloo, Napoleão foi definitivamente derrotado, sendo mantido preso na ilha de Santa Helena, na Argentina, até a sua morte em 1821.

Congresso de Viena
Napoleão invadiu vários países,e  as nações derrotadas se reuniram em Viena para decidir como agir. Neste mesmo período, a Inglaterra vence Napoleão. Os monarcas europeus assinam o tratado da Santa Aliança, evitando assim novos ataques a seus países. Napoleão é preso e enviado ao exílio, mas o estrago já estava consolidado.
Alguns pontos do Congresso de Viena:
>Restauração: o mapa europeu volta a ter a mesma configuração de 1792.
>Legitimidade:devolução dos tronos aos seus legítimos herdeiros, a cada país invadido por Napoleão.
>Solidariedade:formação de alianças políticas entre os países europeus na tentativa de evitar novas invasões.



Colonização portuguesa na América T.102 e 1003


A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA


Início da Colonização

A partir de 1530, o comércio com as Índias  começou a decair, pois  retiravam  as especiarias e não as replantavam, o que gerou declino na  produção. Por outro lado havia ameaça real de invasão das terras brasileiras por franceses  e holandesas.
Por conta desses fatores a Coroa portuguesa resolveu ocupar efetivamente o Brasil, com a clara intenção de povoá-lo mais sem gastar muito dinheiro.  O produto escolhido foi o açúcar, pois tinha muita aceitação na Europa,  o solo e clima brasileiro eram propícios ao produto  e Portugal já dominava a  técnica implantada na Ilha da Madeira. Por esses  motivos o açúcar foi escolhido.
A forma de ocupação se deu através das Capitanias Hereditárias.

As Capitanias Hereditárias

Para atrair  colonos, o governo português passou a doar as terras no Brasil, porém o colono arcaria com todos os custos para transformar um espaço de floresta, cheia de índios em um lugar descente de se viver. Ao colono caberia a limpeza do terreno, a edificação do engenho, a construção de fortes para combater os estrangeiros e lidar com o aculturamento dos índios. Os documentos de entrega da terra eram:  a carta de doação, que  oficializava a posse hereditária da terra e o foral, que fixava os impostos a serem pagos pelos donatários. A tentativa fracassou, pois nenhum nobre quis sair de  Portugal para se enfiar nesse fim de mundo, somente duas capitanias deram certo: a de São Vicente e Pernambuco, ambas de Martim Afonso de Souza.

O Governo Geral
Como não deu certo a história de Capitanias Hereditárias,  a Coroa portuguesa teve que lançar mão de um governo e exército permanente por aqui, e a instituição utilizada será a dos Governadores gerais, que vão governar com a ajuda do Capitão mor(Exército), Provedor mor(impostos) e Ouvidor mor(justiça)

Os principais governadores são:
Tomé de Souza 1549-53
Duarte da Costa 1533-58
Mem de Sá 1558-72
·        Impulsionou a cultura açucareira.
·        Introduziu a Pecuária.
·        Trouxe funcionários públicos, militares, jesuítas, missionários e colonos.
·        Incentiva a entrada de negros vindo d’África para trabalhar na lavoura.
·        Entra em choque com os jesuítas, pois era claramente favorável a escravização indígena, mesmo contra a vontade do rei.
·        Sofreu ataques sistemáticos dos índios e a aliança dos Tamoios e Caetés aos franceses.
·        Sofre a invasão dos franceses, que aliados dos Tamoios e Caetés se fixam na Baía de Guanabara, e fundam a França Antártica.
·        Trouxe novo impulso  à colonização.
·        Restabeleceu a autoridade real na Colônia.
·        Perseguiu e dizimou os Tamoios e Caetés.
·        Expulsou os franceses da Baía de Guanabara.
·        Fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1 de março de 1565.



A economia açucareira

O  açúcar da cana era desconhecido na Europa, até então usava-se a casca da batata doce e da beterraba para adoçar, por isso o açúcar  foi um grande sucesso na Europa, e se transformará  numa mercadoria bastante cara, servindo até mesmo de dote para casamentos.
Portugal detinha o monopólio da venda do produto, mas não dominava a técnica de refino dependia dos holandeses para isso, e, portanto, era sujeito aos preços impostos pelos holandeses, o que encarecia ainda mais o produto no mercado europeu.

O Engenho

A unidade de produção do açúcar era o engenho, e este por sua vez será a forma de organização social do período que se chamou Ciclo do Açúcar.
O engenho se dividia em:
·        Lavoura: terras aonde se plantava a cana de açúcar.
·        Engenho: onde se instalava a moenda, retirando o caldo, que era aquecido até se transformar em melado, e depois transformado em  barras para serem levados para Holanda a fim de ser refinado. No engenho se produzia também a cachaça e o mel  de uso doméstico.
·        Casa Grande: habitação de construção rústica  aonde moravam o senhor  sua família e alguns agregados.
·        Senzala: local  insalubre aonde era confinado os escravos. Não havia nenhum conforto, higiene ou privacidade.

A Sociedade Açucareira

Fortemente hierarquizada, estava centralizada na figura masculina, aos homens brancos era dado todo poder de vida  ou morte a todos a sua volta.
·        Senhor: dono do engenho era o líder e detinha o poder sobre a esposa, filhos, empregados e escravos.
·        Senhora:  esposa subjugada ao marido tinha como tarefa cuidar da casa e dos filhos, muitas vezes analfabeta e extremamente cruel com os escravos.
·        Filhos: educados de forma  severa, obedeciam aos pais e não tinham vontade própria. Os rapazes adquiriam espaço quando  se tornavam adultos, as moças casavam-se com os pretendentes arranjados pela família e repetiam o destino das mães.
·        Homens brancos pobres: na maioria das vezes eram  os capatazes com a incumbência de cuidar da escravaria. Muitas vezes  arrogantes e ignorantes infernizavam a vida dos escravos. Alguns eram tropeiros que traziam e levavam mercadorias para os engenhos.
·        Escravos: não tinham direito a nada nem mesmo a vida, não eram considerados seres humanos, podiam ser vendidos, trocados, ameaçados e punidos por qualquer coisa. Muitos sofreram castigos corporais que os levavam a morte.

A Escravidão Africana

A mão de obra utilizada na lavoura açucareira foi à africana, pois estava perfeitamente adequada a necessidade política do mercantilismo, proporcionando grandes lucros aos  traficantes. O trabalho escravo indígena não gerava a renda para o setor mercantil, pois o elemento indígena estava na terra, não havendo assim, necessidade de transportá-lo. O lucro tanto para Portugal como para os comerciantes estava justamente neste transporte.
O tráfico de escravos para a colônia  crescia na mesma medida que se expandia a cultura da cana-de-açúcar. O Porto de Luanda, em Angola, se tornou o mais importante ponto de embarque de negros neste período. Por este porto estima-se ter passado pelo menos 1 milhão de escravos entre 1549 a 1680.
A viagem nos navios negreiros  eram um episodio a parte, pois os porões eram entulhados de  escravos, que mal podiam respirar, sem nenhuma higiene e má alimentação, mais da metade morria na travessia.
Quando chegavam aos portos do Rio de Janeiro, Salvador e Recife eram expostos como mercadorias,  e ao serem vendidos separavam pais  de filhos, esposas de maridos.
Expostos a todo tido de violência física, os africanos também sofreram  uma profunda violência cultural, pois eram proibidos de usarem seus dialetos e processarem suas crenças. Como forma de resistência à dominação, os  africanos criaram o sincretismo religioso.
Este mecanismo visava usar as imagens dos santos católicos, impostos pelos brancos, e associá-lo a um orixá africano. Desta forma podiam continuar processando sua religião.

Violência e Resistência

Uma das formas de resistência à escravidão eram as fugas. Os negros podiam fugir sozinhos ou em grupos. Quando saíam em grupos, a tendência era formar quilombos. Os quilombos eram aldeias, localizadas em terrenos de difícil acesso, aonde era reconstruído a forma de viva na África.
Outra forma bastante usada era o suicídio como forma de protesto, já que esta prática causava prejuízo ao senhor. Havia também ataques aos feitores, o mais comum era  oriundo da capoeira, forma de luta trazida pelos africanos que podia causar a morte.


Atividades Complementares na empresa açucareira

Não era permitido ao colono plantar outros produtos no engenho além da cana, dentro da lógica do Pacto Colonial, aonde a colônia só pode produzir e comercializar o que a metrópole determinar. Por esse motivo a colônia  passava fome crônica. Os colonos deveriam comprar tudo que necessitassem dos navios portugueses da Cia das Índias. Normalmente os produtos eram caros e escassos. Porém, pela força da necessidade, nos engenhos havia pequenas plantações para subsistência, planta-se: milho, feijão, arroz, hortaliça e alguns legumes, havia também animais de terreiro tais como: galinhas e porcos. Algumas vacas para o abastecimento de leite e queijo, os bois e cavalos usados como animais de transporte .
A pecuária só será efetivamente  difundida quando o açúcar entrar em decadência.

O Avanço para o interior da Colônia

A partir de 1580, Portugal por questões sucessórias se unirá à Espanha, formando assim a União Ibérica.  Com essa união o Tratado de Tordesilhas perderá seu valor, já que  tecnicamente não havia mais divisão entre as duas nações, com isso o avanço para o interior da colônia se fará de forma bem mais fácil.
Duas formas bastantes  complexas vão facilitar esse avanço.
·        Pecuária: com o declínio da plantação de açúcar, a pecuária começará a se despontar, principalmente no interior da colônia, já que o gado necessitava de espaço para pastagem. Esse tipo de atividade só podia ser feito por homens livres, que com o tempo vão se tornando proprietários de terras.
·        Bandeirismo: a necessidade de buscar metais preciosos nunca abandonou os colonos, e no decorrer do  ciclo do açúcar, algumas expedições, que partiam principalmente  da capitania de São Paulo,aonde nem o solo e nem o clima ajudavam na implantação de engenhos.
As expedições podiam ser organizadas de duas formas:
Entradas: expedições financiadas pelo governo para busca de metais, como não houve sucesso imediato, esses financiamentos foram cancelados pelo governo.
Bandeiras: expedições organizadas e financiadas por particulares, não buscavam apenas metais preciosos, mas também o apressamento indígena, já que essa mão de obra era mais barata que a africana. De contrato, que mediante a um contrato com fazendeiros ou governantes, procuravam negros e índios fugidos e destruíam quilombos.
O bandeirismo foi responsável pelo massacre de nações inteiras de indígenas, além de entrarem em choque com os jesuítas, pois atavam as missões na busca por índios aculturados.