segunda-feira, 21 de maio de 2018

Primeira Guerra Mundial T.3001 e 3002


PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

No início do Século XX, motivos não faltavam às nações européias para que ocorresse um grande confronto entre elas, pois Inglaterra e França ocuparam todas as regiões de outros continentes, formando enormes impérios coloniais. Enquanto Itália e Alemanha que se industrializaram bem mais tarde, acabaram ficando fora desta corrida. Com os mercados africanos e asiáticos ocupados pelos ingleses e franceses, só restava os italianos e alemães, o confronto.
Os produtos alemães ganhavam cada vez mais mercados, após a Guerra Franco-Prussiana de 1870-1871, quando a Alemanha ganhou da França e ocupou a rica região de Alcacia-Lorena. A Alemanha também desejava construir uma estrada ferro, e em 1899 iniciou a construção da Berlim-Bagdá, passando por vários territórios ingleses.
A Itália disputava a Tunísia com a França, portanto a Itália era uma aliada natural da Alemanha.

Os motivos reais do confronto

·        Disputa de Mercados: Inglaterra, França, Alemanha e Itália eram as principais nações a disputar espaço nos mercados esternos, mas a Rússia, o império Austro-Húngaro, impero Turco-Otonamo, também desejavam conquistar e controlas regiões e mercados.

·        O Nacionalismo: constitui uma grande força política européia nos séculos XIX e continuava sendo alimentado ferozmente no século XX.
·        O Revanchismo Francês: provocado pela derrota na Guerra Franco Prussiana, era propagado nas escolas, igrejas e jornais que alimentava nos franceses o ódio contra os alemães.
·        O Pan-Eslavismo: criado pelo governo russo, que assumiu a proteção dos povos eslavos. Como grande nação eslava, a Rússia vivia em pé de guerra com o Império Austro-Húngaro e Turco Otomano, que dominavam os Bálcãs, onde estão localizadas a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina.
·        Expansionismo Sérvio: alimentado depois que a Rússia derrotou os turcos e a Sérvia conquistou sua independência, querendo aumentar seu território ocupando a Bósnia.


O Sistema de Alianças

É neste clima de exacerbação e disputa de mercados que nasce dois blocos antagônicos de alianças:
·        Tríplice Aliança  → Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália
·        Tríplice Entente → Inglaterra, França e Rússia
As maiores potências da Europa estavam assim organizadas e prontas para a guerra, faltava apenas o motivo.
Em junho de 1914, um estudante sérvio assassinou a tiros o arquiduque austríaco Francisco Ferdinando e sua esposa, em Sarajevo, capital da Bósnia, ocupada pelos austríacos.
A Áustria culpou a Sérvia pelo assassinato e exigiu que o governo entregasse o estudante. O governo sérvio não acatou a ordem, a Áustria invadiu a Sérvia. Por sua vez a Rússia veio ao socorro da Sérvia e declarou guerra a Alemanha. Inglaterra e França honrando o acordo da Entente declara guerra à Alemanha. Assim inicia-se a Primeira Grande Guerra, que colocará o mundo em um dos mais inovadores conflitos entre 1914-1918.

Um Conflito Total, Mundial e Científico.

A Primeira Grande Guerra foi o maior conflito armado até então visto. As guerras anteriores envolviam apenas dois países por conflito, eram feitas em campo fechado sem prejuízo para população civil. A grande mudança ocorre neste conflito que utilizou bombas, aviões e não poupou civis. Por isso podemos dizer que este foi o primeiro conflito total, mundial e científico.

·        Total → Afetava a sociedade civil, pois as bombas e os gases tóxicos atingiam não só os campos de batalhas como as cidades.  A mão de obra feminina foi largamente usada, pois os homens estavam nos campos de batalhas, as crianças passaram a ficar mais tempo nas escolas e os idosos voltaram ao trabalho, exercendo atividades leves.
A economia também sofreu alteração, pois as fábricas são adaptadas para sustentar a máquina de guerra, fabricando uniformes, armamentos e todos os insumos de guerra.


·        Mundial → Pela  primeira vez um conflito atingia a todos os continentes do Planeta, já que envolvia as nações e suas colônias.
·        Científica → Pela primeira vez a ciência será utilizada na arte de matar mais e de forma mais rápida, com as bombas incendiárias, aviões e gases letais.

O Teatro de Operações

Entre 1914-1917 o conflito parecia estar estável, a Alemanha dominou boa parte da Rússia, porém não conseguiu invadir a Inglaterra. Por sua vez os norte-americanos não pareciam interessar-se pelo conflito, pois estavam ganhando muito dinheiro ocupando os mercados antes dominados pela Inglaterra.
Porém, em 1917 o cenário mudou. A Rússia abandona o conflito, pois em outubro iniciou a Revolução Russa, que colocou os Bolcheviques no poder. E os nortes americanos entram na guerra, após terem vários navios mercantes afundados pelos alemães.

O Fim do Conflito

Em março de 1818, os alemães tentam entrar em Paris, mas não consegue e são obrigados a recuar.
Ao mesmo tempo a Bulgária, Turquia e Áustria saem do conflito deixando a Alemanha ainda mais isolada.
Em Berlim, a população começa a se manifestar contra o número brutal de mortes e a carestia que enfrentavam. Em novembro de 1918, o Partido Social-Democrata derruba o kaiser e funda a República de Weimar. Como os Sociais-Democratas são contra a guerra, assinam um acordo de paz com os aliados.
Terminava assim a Primeira Guerra Mundial.


Os Vencedores Assumem o Comando

Em janeiro de 1919, teve início a Conferência de Paz. Esta fixou novos mapas para a Europa, tais como: fim dos impérios Turco-Otomano e Austro-Húngaro, nascia assim a Techecoslováquia e a Iuguslávia e é criada a Liga das Nações, cujo único objetivo é impedir um novo confronto na Europa.
Em julho de 1919, acontece o Tratado de Versalhes, que numa armação dos americanos e ingleses colocam a Alemanha numa situação bastante cruel, pois o país é declarado derrotado, perde as regiões de Alcacia-Lorena, que voltam para a França, fica proibido de possuir Marinha Mercante e Exército, além de pagar pesada indenização aos países vencedores.
Essas imposições lançam a Alemanha na mais negra miséria, e acaba sendo o grande berço para o surgimento da ideologia nazista, que levará o mundo à Segunda Guerra Mundial.

Revolução Russa T.3001 e 3002


REVOLUÇÃO RUSSA

As Condições Socioeconômicas da Rússia

No início do Século XX, a Rússia era um país de economia predominantemente agrária, com 130 milhões de habitantes, dos quais 100 milhões viviam no campo. O sistema de servidão havia sido abolido em 1861, mas na prática os camponeses viviam na mais absoluta miséria. Além disso, mantinha-se o sistema  de monarquia absoluta, a união entre estado e Igreja Ortodoxa e os privilégios da nobreza, modelo totalmente destruído na Europa entre os séculos XVII e XVIII. Portanto, a Rússia vivia um sistema dúbio com a cabeça no capitalismo e os pés no mercantilismo.

Os Partidos Políticos

Com uma monarquia absoluta, não havia liberdade de opinião na Rússia, nem eleições livres e muito menos direitos democráticos. Mas apesar disso três partidos clandestinos se formam e acabam se destacando no caos social e político russo.

·        Partido Operário Social Democrata Russo(POSDR): fundado em 1898, sob inspiração marxista. Compunha por duas tendências básicas: os mencheviques (minoria), que acreditavam que a implantação do socialismo deveria  ser precedida  de uma revolução burguesa, capaz de modernizar o país por meio do capitalismo, e somente depois é que a classe operária deveria tomar o poder; e os bolcheviques(maioria), liderados por Lênin, acreditavam que o povo deveria fazer a revolução social e este mesmo tirar  o país do atraso social, sem precisar da burguesia. Compunha este partido camponeses, operários, desempregados e artesões.
·        Partido Socialista Revolucionário(PSR): fundado em  1901, agrupava várias correntes de pensamento das quais as mais antigas do populismo. Lutavam contra o czarismo propondo uma ampla frente social. Compunha este partido camponeses, profissionais liberais e funcionários públicos.
·        Partido Constitucional Democrata(Kadetes): fundado em 1905,no auge da primeira revolução. Era de orientação liberal burguesa, que desejavam reformas políticas que dessem mais liberdade para a burguesia russa.

A Revolução de 1905: nascem os soviets

Em 1905, a Rússia se envolveu numa guerra com o Japão pelo controle da Manchúria, território originalmente chinês. Era a Guerra Sino-Japonesa. A guerra tinha afligido drasticamente o povo russo, pois agravou a situação de precariedade nos campos e na cidade, e ainda por cima a Rússia saiu derrotada desse conflito, o que desmoralizou o czar.
Manifestos populares eclodiram em todo país,e  foram duramente reprimidos . Em janeiro de 1905, a polícia abriu fogo contra manifestantes desarmados, matando milhares de pessoas. Esse episódio ficou conhecido como Domingo sangrento foi o estopim para um grande levante popular, do qual surgiram os soviets (sindicatos) operários, importantíssimos para o processo de revolução em 1917.
Porém o czar, que neste momento estava enfraquecido com o exército no Japão finge aceitar algumas medidas impostas pelos revolucionários, mas cria alguns mecanismos de controle, uma delas é a criação da Duma(Parlamento), composto pela elite russa para elaborar uma Constituição. Na verdade o czar queria ganhar tempo, até que as tropas voltassem do Japão. Quando isso aconteceu, os soviets foram fechados e seus membros perseguidos, presos,exilados e assassinados.

A Revolução de 1917

É neste cenário de opressão que a Rússia entra na Primeira Guerra Mundial. O exército russo sofre inúmeras derrotas perdendo territórios e agravando ainda mais a situação de miséria para a população.
Em março de 1917, o frio e a fome fazem com que a população voltem as ruas em enormes manifestações, todas dispersadas no tiro. A situação se agrava, pois até a nobreza passa a sofrer com a guerra, pois as baixas são enormes tanto do lado dos ricos como dos pobres.
O czar é pressionado a abdicar em favor de seu filho Miguel. Enquanto isso fortalecia em toda a Rússia os soviets de 1905, agora composta de soldados, camponeses e operários. É o fim da monarquia.
A queda da monarquia e a implantação da República marcam o início da Revolução Russa. Para evitar que os bolcheviques chegassem ao poder, os Kadets formam um governo provisório tendo a Duma como base.
O governo provisório mantém a Rússia na guerra, cumprindo o acordo do czar com a Inglaterra e França, mas ao mesmo tempo permite a volta dos exilados de 1905. À volta de Lênin e Trostki trará um novo rumo ao processo revolucionário. Conforme as baixas na guerra aumentavam as insatisfações sociais também, e na zona rural os camponeses ocupam e dividem as terras da nobreza. Nas cidades os operários ocupam as fábricas.
Sem esperar pelo governo, manifestantes se colocam contra a guerra e organizam administrações revolucionárias em todo país. É a Revolução de Outubro de 1917, que mudaria o cenário mundial pelos próximos anos.

Os Socialistas no Poder

Coma deposição do Governo Provisório, Lênin cria o Conselho dos Comissários do Povo sob sua presidência. Os bolcheviques chegam ao poder.
O novo governo retira a Rússia da guerra, assinado o Tratado de Brest-Litovsk deixando os territórios ocupados com os alemães e comprometendo-se a pagar indenização, institucionaliza os soviets, faz reforma agrária com ampla distribuição de terra aos camponeses, estatiza os bancos e executa a família real.

A Guerra Civil

É claro que os proprietários de terra e a burguesia não gostam de perder seus bens, e chegaram a pegar em armas contra os revolucionários. Com fim da Grande Guerra em 1918, os países capitalistas como Inglaterra, França, Bélgica e outros, passam a financiar a burguesia russa contra os revolucionários, temendo que esse modelo chegassem a seus países.
Entre 1918 a 1922, a Rússia vive uma guerra civil entre o exército Branco(burguesia) e os Vermelhos(Bolcheviques).
Durante a guerra, Lênin foi obrigado a tomar algumas medidas radicais para garantir o abastecimento, essas medidas ficaram conhecidas como comunismo de guerra e incluía a abolição de salários, estatização das fábricas e das colheitas. Nessa época o Partido Bolchevique passa a se chamar Partido Comunista Russo, e com a vitória na guerra civil, nascia em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
A NEP e a Estatização do Regime

A URSS, nasce totalmente destruída. Após uma guerra mundial, uma revolução e uma guerra civil o país estava um verdadeiro caos, os estragos reduziram a produção em 1921 a 13%. Calcula-se que 5 milhões de pessoas morreram de fome neste período. Cabe a Lênin organizar e reerguer o país.
É neste contexto que Lênin anuncia a NOVA POLÍTICA ECONOMICA(NEP). Tratava-se de um retorno parcial da economia ao capitalismo para superar a crise aumentando a produção. Os camponeses passam a vender suas colheitas no mercado e as fábricas com menos de 20 operários são privatizadas. O governo também adota formas de atrair o capital estrangeiro para dentro do país. Como resultado o país cresce entre 1922-1924.

O Totalitarismo Stalinista: A Revolução Perdida

Em 1924, Lênin morre de causa misteriosa. Com isso abre uma disputa clara de poder entre Trostki, que defendia que  a revolução deveria ser permanente e chegar a todos os países, pois só assim a revolução estaria consolidada. Já Stalin defendia a revolução em um só país.
Com um golpe de estado, Stalin chega ao poder e Trostki é expulso do país e todos que o apoiavam são perseguidos, presos ou assassinados. Até que Trostki é assassinado no México em 1940, com o apoio do presidente Lázaro Cardenas.
O governo de Stalin perdurará até sua morte em 1956, e será marcado por repressão política e eliminação física de qualquer opositor. O Estado é administrado por uma burocracia estatal, que determinava o que e quanto será produzido. São os Planos Qüinqüenais.
O primeiro plano qüinqüenal entra em vigor em 1928, e tinha como meta a industrialização rápida e completa coletivização das terras. Essa linha de orientação foi seguida nos próximos planos qüinqüenais.
Entre 1928 a 1940, a produção industrial cresceu 8,5 vezes, mostrando bons resultados no setor econômico. No plano político, o stalinismo foi marcado pela violenta repressão a todos que discordassem do sistema, o esmagamento dos soviets e a total falta de liberdade política. A maioria dos revolucionários de 1917 foi presa, exilados ou assassinados pela KGB, Polícia Política Russa.



Revolução Industrial T.202 e 204


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A partir de 1750, iniciou-se na Europa um grande processo de transformação social e econômico. Este processo trouxe novas formas de relação de trabalho e no processo produtivo. Foi responsável pelo surgimento das ideias iluminista e da chegada efetiva da burguesia ao poder. Esse conjuntos de transformações ficou conhecido como Revolução Industrial.

Os Avanços Tecnológicos e  Industrialização

A Revolução Industrial é o conjunto de transformações que alteraram a vida da Europa Ocidental durante toda metade do Século XVIII e XIX.
Essa transformação está ligada diretamente à substituição do trabalho artesanal, que utilizava ferramentas, pelo trabalho assalariado, que utiliza máquinas.

O Desenvolvimento da Produção

O crescimento da produtividade econômica, durante a Idade Média, desenvolveu-se principalmente através do aperfeiçoamento da organização da produção e pelo avanço técnico. Essa transformação ocorreu em três fases distintas:
1º fase: Produção Artesanal 1750-1850
A princípio a produção era artesanal, dentro das Corporações de Ofício. Neste estágio, o produtor exercia pleno controle da produção, não havendo divisão do trabalho entre as pessoas. As oficinas eram prioritariamente familiares, e o artesão passava seus conhecimentos de pai para filho. O artesão também era dono das ferramentas, da matéria prima, do produto e controlava o lucro.

2º fase: Produção Manufatureira ou Maquinicista  1850- 1900
Neste estágio o artesão é engolido pelas grandes oficinas, que possuem máquinas rudimentares, movidas a carvão, essas oficinas dispunham de um grande número de trabalhadores e ferramentas, que seguiam as orientações dos gerentes de produção. Foi nesse estágio que se inaugurou a divisão do trabalho produtivo. Cada operário realizava uma etapa no processo produtivo.
* Modelo fordista → criado por Henry Ford em 1870, dividia o trabalho na montagem dos carros em várias etapas, aonde o trabalhador perdia o controle do que foi produzido e do lucro gerado. Esse modelo de produção vigorará  até a Segunda Guerra Mundial.

3º fase: Produção Mecanizada - Informatizada 1900/1980  até os dias atuais
Neste estágio da produção, a mão de obra humana vai sendo gradativamente substituída pela máquina, e após a Segunda Guerra, pelos computadores, o que ao longo do tempo vai gerar um vácuo no mercado de trabalho, e principalmente necessitará de mão de obra com altíssima qualificação.

*Modelo toiotista→ criado no Japão do pós guerra, nesse modelo um único trabalhador será capaz de dar conta de várias etapas da produção. Nesse modelo há uma real diminuição da mão de obra humana.

Pioneirismo Inglês
A Inglaterra será o berço da industrialização, um conjunto de fatores explica esse fenômeno.

·        Modelo de absolutismo: Desde o governo de Elizabeth I, a Inglaterra não utilizava o mercantilismo puro e simples. A rainha incentivava novas descobertas tecnológicas e dava espaço para a burguesia crescer.
·        Acúmulo de capitais: no plano econômico, a Inglaterra possuía uma importante zona de livre comércio, o governo Crowmeel alagou esse espaço, ao cercar os campos na Irlanda, Escócia e País de Gales. A burguesia fortaleceu e ampliou seus domínios, e é criado um sistema bancário por volta de 1640.
·        Controle de capitais no campo: com a burguesia controlando os campos dos países dominados pela Unificação Britânica, foi fácil desenvolver mecanismos agrícolas e os  centros urbanos ganharam mais espaço industrial.
·        Crescimento populacional: com os avanços tecnológicos, a mortalidade caiu, com isso teremos, mas mão de obra disponível para as fábricas.
·        Posição geográfica: a Inglaterra está localizada à margem da Europa Ocidental, com acesso rápido tanto pelo mar Mediterrâneo quanto pelo Oceano Atlântico, o que facilitava o escoamento da produção.
·        Jazidas de carvão: A Inglaterra também possuía grande minas de carvão, matriz energética da época, o que garantia uma produção continua nas fábricas.

Capitalismo, Progresso e Exploração

A partir da Revolução Industrial, o capitalismo se estabeleceu como principal modelo de produção europeu, a economia transformou-se, tendo  a indústria como atividade econômica principal. Porém essas indústrias competiam entre elas o que podia gerar os trustes e monopólios.
*Trustes → associação financeira que realiza a fusão de várias empresas em uma só.
* Monopólios→ quando um determinado serviço é oferecido por uma única empresa, o que gera dependência do  consumidor e nem sempre um melhor serviço.

Relação Capital X Trabalho

A partir da Revolução Industrial, o setor mais importante da burguesia passou a ser denominado capitalista. Para desenvolver seus interesses, esta classe passou a lutar pelo liberalismo econômico, ampliação de mercados consumidores e mão de obra.
As relações sociais despontam agora para duas classes sociais: a dos que capitalistas, que precisam explorar o trabalho para ter lucro; e a dos trabalhadores  explorados pelo capitalista,tornando-se proletários.
Nesse aspecto, os trabalhadores são os que mais sofrem a exploração dos patrões, pois necessitam vender sua força de trabalho, e como não possuem os meios de produção acabam trabalhando até 18 h diárias sem nenhum direito trabalhista.








As Lutas dos Explorados

Na Inglaterra, país mais industrializado do século XIX, com um número enorme de operários, será também o primeiro  a sofrer as reações da classe trabalhadora.
A máquina que ao mesmo tempo aumenta o lucro do patrão,causava desemprego, e foi neste sentido que vieram as primeiras resistências.
·        Ludismo: Ned Ludd, operário que perdeu o emprego por conta das máquinas, iniciou  em um ataque feroz, destruindo  uma oficina têxtil. Não tardou para que em outras fábricas os trabalhadores partissem para a prática de destruir as máquinas, aterrorizando os burgueses. Esse movimento se chamou ludismo.
·        Cartismo: em 1836, foi fundada “Associação dos Operários”, sua principal batalha era o voto sufrágio universal, em 1837, esta associação redigiu e enviou uma carta ao Parlamento exigindo não só o direito de voto a todos os cidadãos, mas também, igualdade nos distritos eleitorais e o voto secreto. Dentro deste movimento havia duas correntes opostas: a força moral, que pregava a luta por meios pacíficos; e a força física, que pregava a luta pelos direitos dos trabalhadores  por meio de armas.
Esse movimento obteve grandes vitórias, tais como: proibição do trabalho infantil (1833); lei de imprensa (1836), reforma no código penal (1837), regulamentação do trabalho feminino e infantil (1842),e  a lei da jornada de trabalho de 10 h (1847).







As Teorias Sócio Econômicas

Para justificar tal exploração, vários teóricos vão interpretar a nova realidade social.
·        Do lado capitalista teremos:
Adam Smithconsiderado o pai do Liberalismo Econômico, será o principal formulador da teoria do livre comercio e da livre produção. Segundo Smith, o Estado não deveria controlar a produção, apenas garantir a segurança e a ordem, deixando a propriedade privada controlar a economia.
·        Do lado socialista teremos:

Karl Marx→ principal  teórico socialista, pregava a luta das classes e a revolução proletária. Marx foi o único a mostrar como o capitalismo se apropria do trabalho, através da mais-valia.
*Mais Valia: trabalho realizado pelo empregado e não remunerado, gerando um grande lucro ao capitalismo.

Mikail Baukunin→ Principal teórico do anarquismo, pregava que a luta de classes deveria ser aprofundada, com o suprimento do Estado e suas forças de opressão. Para os anarquistas, a construção da sociedade deve ser horizontal, com a participação efetiva de todos.








Revolução Francesa T,202 e 204


REVOLUÃO FRANCESA


A Revolução Francesa é considerado o marco que assinala o fim da Idade Moderna e início da Idade Contemporânea.  O movimento foi o mais duro golpe no Antigo Regime na França.

A França pré-revolucionária

No século XVIII, a França tinha sua economia baseada na agricultura, em 1778 um rigoroso inverno fez a produção de alimentos diminuir drasticamente, deixando a mostra toda precariedade das organizações políticas, econômicas e sociais do país.
As desigualdades sócias e políticas tinham origem em um único fator, a divisão social francesa, que ainda se encontrava fechada em estamentos:

1º Estado: Nobreza
2º Estado: Clero
3º Estado: burguesia, campesinato, setores urbanos e pobres em geral.
O clero e a nobreza mantinham vários privilégios do sistema feudal, além de não pagarem impostos. O povo arcava sozinho com uma alta taxa tributária, além de não terem direito a terra e eram vistos como seres inferiores pela nobreza. A agricultura era atrasada e a nobreza impedia os avanços industriais.
No auge da crise, o governo lança leis absurdas que penalizavam ainda mais o povo miserável, as contas da nobreza e do clero se confundiam com  os gastos públicos. Era uma roubalheira generalizada.

A Revolução em curso

Os Estados Gerais se reuniram no Palácio de Versalhes em maio de 1789, a fim de amenizar os problemas sociais. O terceiro estado representado na sua maioria pela burguesia exigia que as medidas fossem votadas de forma quantitativa e não por representatividade como sempre. O primeiro e segundo estado não aceitaram. Diante de tanta pressão Luiz XVI tenta acabar com a reunião, mas diante de tanta agitação popular teve que ceder e formar uma Assembléia Constituinte. Era o início da Revolução Francesa.
1º Fase: Assembléia Nacional Constituinte 1789-1791

As agitações estavam cada vez mais fortes, o rei tinha a intenção de dissolver a Assembléia com a ajuda do Exército, mas em 14 de julho de 1789, o povo invade a Bastilha, fortaleza utilizada como cadeia e depósito de armas, símbolo máximo do poder.
Nos meses seguintes foram travadas inúmeras batalhas, os nobres fugiam para o interior, porem os camponeses invadiam os palácios, matavam e roubavam tudo que podiam. Os países vizinhos como Áustria e Prússia tentaram mandar tropas para ajudar a nobreza francesa, mas o caos estava estabelecido.
As antigas estruturas feudais foram desarticuladas e é criada a Declaração dos Direitos do Homem.
Em 1790 é aprovada a Constituição civil, que separa o clero da Igreja. Os bens da Igreja são confiscados e os membros do clero passam a ser funcionários públicos.
Luiz XVI tenta fugir para a Áustria, mas é impedido e passa a ser vigiado pelos revolucionários. Em 1791, a Constituição fica pronta e passa a vigorar, é fundada a monarquia Parlamentar, com divisão entre os três poderes: Executivo, Legislativo e judiciário.

2º Fase: Monarquia Constitucional 1791-1792

A Constituição estabelece o voto censitário, ou seja, votava apenas quem tivesse uma certa renda. O poder executivo fica nas mãos do rei, o legislativo com os deputados e senadores e o judiciário com os juízes eleitos. A organização política ficou assim:

·        Girondinos (direita) →políticos moderados que defendiam a Constituição, a maioria oriunda da alta burguesia.
·        Jacobinos (esquerda) →grupo mais radical,lutavam pela implantação da república e queriam limitar atuação do rei,  a maioria oriunda de intelectuais e camponeses.
·        Cordiliers (centro) → tinham pouca representatividade e nenhuma posição política, ora fechavam com os girondinos, ora  com os jacobinos, composta em sua maioria por pequenos burgueses, agricultores e comerciantes.
Em abril de 1792, alguns nobres exilados no exterior, com apoio dos exércitos austríacos e prussianos declaram guerra aos revolucionários. A Assembléia convoca o povo para defender a França, orei é preso acusado de traição.

3º Fase: Época do Terror 1792-1795

É marcada pela chegada dos jacobinos ao poder. Os girondinos se colocam cada vez mais conservadores, e a ameaça estrangeira une mais ainda o povo. Neste contexto é criada a Lei dos Suspeito, aonde qualquer pessoa podia ser presa e executada pelo crime de traição.
Nesta fase, Luiz XVI e sua esposa Maria Antonieta são decapitados. Os jacobinos também passam a perseguir os girondinos. As figuras máximas deste período são: Robespierre e Danton.
Na economia, os preços são tabelados, mas a falta de alimentos é generalizada por causa da guerra. Politicamente há uma grande desorganização, já que qualquer pessoa pode ser presa e executada. Até mesmo Danton e Robespierre acabam guilhotinados.
Desta forma fica fácil para os girondinos arquitetarem sua volta ao poder, é a Reação Termitoriana, aonde a direita apoiada pelo chefe militar Napoleão Bonaparte tentam reorganizar a França.

4º Fase: O Diretório 1795-1799

Em 1795, a Convenção finalmente conclui a nova Constituição, os girondinos passam a controlar o governo e muitas das conquistas da 1º e 2º fases são eliminadas, cria-se o voto  Sufrágio Universal masculino. Mais a crise interna e a ameaça estrangeira continuam.
A burguesia apóia Bonaparte, e este chega ao poder através do Golpe do 18 Brumário.  Com este golpe, Napoleão se coloca no poder como imperador da França, e põe fim a mais de dez anos de revolução. É o início do Período Napoleônico.




Formação dos Estados Nacionais/Antigo Regime T.102 e 1003


A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS

Com tantas mudanças acontecendo na Europa, já não havia mais espaço para o fechamento social imposto pelos senhores feudais. O comércio e as cidades crescendo trazia problemas na manutenção do servo no campo, arcando com pesados tributos e  a burguesia enriquecendo e aumentando sua participação no jogo político.
Por todos esses motivos, o sistema feudal começa apresentar esgotamento e sua dissolução não tardará. No decorrer do Século XIV novos eventos irão desgastar  de vez a  força dos senhores feudais, são “As Crises do Século XIV”, que  são: a fome, a peste e a guerra.

·        Decadência na produção de alimentos foi agravada por fenômenos naturais. Em 1315, uma forte chuva arrasou as plantações e 1317, uma longa estiagem também causa problemas nas colheitas.
·        A Peste Negra ou Bubônica, epidemia que se deu através da pulga de rato ocorreu entre 1348-1350, matando 1/3 da população européia, piorando ainda mais a escassez de mão de obra no campo.
·        A Guerra dos Cem Anos 1337-1453, entre Inglaterra e França, além de enfraquecer o poder dos senhores destes dois territórios, causa ainda mais mortes e problemas na agricultura.
Sob a  ação das Crises do Século XIV fome, peste, guerra e escassez de mão de obra o poder dos senhores feudais diminuem e o sistema entra em colapso, apontando para a centralização do poder.
Foi neste contexto, que a burguesia se une ao rei, dando origem a Formação dos Estados Nacionais, ou Antigo Regime.

Aliança Rei-Burguesia

·        Burguesia comercial e financeira: objetivo era acabar com as diferentes moedas e os diversos impostos cobrados em cada feudo, que atrapalhavam os lucros desta classe.
·        Formação de Exércitos permanentes: a burguesia financiou a formação de soldados profissionais, que passam a acatar as ordens do rei, e não mais de um senhor local e passam a dar segurança a todo território.
·        Igreja: percebendo a decadência dos senhores, a Igreja passa a legitimar o poder do rei, através da teoria da “vontade divina”, aonde o rei é o escolhido por Deus para guiar aquele território e seu povo. Na prática o Estado passa a ser controlado pela Igreja, e esta se beneficia dos impostos pagos pela burguesia.
·        Idioma oficial: com uma única língua o poder real se firma e garante assim a identidade nacional.
·        Monopólio Estatal: é usado para impor a autoridade do real dentro dos novos territórios, o rei passou a exercer os monopólios da força legitima e da arrecadação de impostos.

Os primeiros países a se unificarem e formar as nações foram: Portugal, Espanha, França e Ingla

                                                O ANTIGO REGIME

Chamamos de Antigo Regime, o período de transição entre o Feudalismo para o Capitalismo.
Como já vimos a Europa está em plena transformação, mas nem tudo que existia na Idade Média desapareceu por completo na Idade Moderna. Portanto, o Antigo Regime será uma mistura de novo e antigo dentro de uma  sociedade em transformação.
Os principais aspectos deste período são:

·        O Absolutismo
Na formação dos Estados Nacionais, verificou-se a necessidade de centralizar nas mãos do rei todo o poder, ao contrário  do feudalismo aonde o poder estava dividido entre os vários senhores feudais.
Nessa nova atmosfera o rei Luis XIV, que governou a França entre 1661 a 1715, afirmou “ O Estado sou eu”. De fato, o absolutismo monárquico era isso, à vontade do rei sobrepunha a todos. Alguns teóricos derem sustentação a este Regime. Os principais são:

Jean Bodin(1530-1595): para quem o rei  detinha a soberania, isto é, o poder de criar ou revogar leis e no exercício dessa soberania tinha o poder supremo sobre os súditos.

Thomas Hobbes(1588-1679): autor de Levita, no qual desenvolveu a teoria de que os seres humanos, em troca de segurança, haviam conferido ao rei toda autoridade, por isso o poder real era absoluto.

Nicolau Maquiavel(1469-1527): autor de o Príncipe, obra primordial na estrutura dos Estados Absolutos, sedimenta a ideia do poder divino, o que deu aos soberanos da época, todo o suporte necessário para o absolutismo real.


Jacques Bousset (1627-1704): desenvolveu a teoria da Vontade Divina do poder real. Segundo essa teoria o poder do rei era absoluto por que vinha de Deus, e só ao criador deveria dar satisfações.


·        Sociedade Estamental

O Estado nação se formou através da união rei-burguesia, porém ao se legitimar no poder, os reis afastaram a burguesia do poder, conferido aos antigos senhores feudais, os previlégios da nobreza.
Desta forma, a sociedade em si não sofreu grandes mudanças na sua estratificação. A nobreza continuou a ser a classe privilegiada, o clero continuou a dar as cartas religiosas e os pobres amargando a miséria nos campos ou cidades. A burguesia enriquecia, porém continuava sem poder político.

·        A Economia feudal  e capitalista

A economia  européia reunia os apectos feudais e capitalistas dentro de si.

Dos vínculos feudais mantinha:
a. O sistema de corporação de ofício, responsável pela produção artesanal nas cidades.
b. Trabalho servil no campo, e mantinha a corvéia (trabalho gratuito nas terras do senhor), a talha (entrega de parte da colheita) e o dízimo (contribuição dada a Igreja).

Da forma capitalista:
a. Produção realizada de forma doméstica, com o artesão utilizando suas próprias ferramentas, porém  realizando suas tarefas através de encomenda de um comerciante, primeiras manufaturas.
b.  Difusão do trabalho assalariado nas cidades.
c. Surgimento de novas organizações econômicas, tais como: bancos sociedades anônimas e títulos de créditos.
Essa fase é conhecida como  capitalismo comercial, aonde se  deu a acumulação primitiva de capitais.

·        O Mercantilismo

Principal braço do Antigo Regime, o mercantilismo era a forma que os reis encontraram de fortalecer o Estado e as atividades econômicas.
Segundo a ordem mercantilista, um Estado só era forte e seu rei respeitado se possuísse um acúmulo gigantesco de riqueza. Desta forma, os reis vão centralizar todas as riquezas encontradas nas novas terras dentro do pacto colonial. Toda a economia do estado estava fechada nas mãos dos reis, e o principal produto a ser encontrado eram os metais preciosos.


·        Pacto Colonial

Estrutura de controle que o Estado fazia em suas colônias. Logo após as grandes descobertas de terras na América, Ásia e África, tudo que tivesse valor, só poderia ser comercializado diretamente com a metrópole, ajustando assim o acúmulo de riqueza previsto pelo mercantilismo.





Reforma e Contra Reforma- T.102 e 1003


A REFORMA E CONTRA-REFORMA

Durante a Idade Média, a vida espiritual na Europa foi dominada pela Igreja Católica. Não era admitida nenhuma divergência ao monopólio católico, os dissidentes eram considerados hereges, e a pena era a fogueira da Santa Inquisição.
No decorrer do Século XV, os Humanistas vão questionar  os excessos cometidos pelas  autoridades católicas, entre eles:
·        Venda de indulgência(perdão): a Igreja costumava perdoar os pecados dos fies através de doações, os nobres e burgueses conseguiam  perdão dos seus pecados construindo ou auxiliando na reforma de igrejas ou através de doações a Roma.
·        Venda de Relíquias Sagradas: a Igreja vendia  pedaços de ossos, restos de trapos e outras quinquilharias, alegando ser restos mortais de santos.
·        Intervenção da Igreja nos assuntos políticos: a Igreja interferia nos assuntos de Estado, impondo regras, normas e até leis, que eram acatadas pelos reis.

A Igreja Luterana

É neste contexto que Martim Lutero(1483-1546), então padre católico do Sacro Império Germânico(Alemanha), se opõe a essas práticas.
Em 1517, Lutero lança um texto conhecido como as 95 teses no qual aponta o que considera errado na prática católica. Esse texto acaba culminando na sua expulsão e excomunhão  dos quadros eclesiásticos.
Parte da nobreza e a burguesia apóiam Lutero que então funda uma nova religião: o Protestantismo.

Principais pontos fundados por Lutero na nova religião:
·        Sacerdócio Universal: qualquer pessoal poderia interpretar livremente os textos bíblicos, transformando-se em “sacerdote de si mesmo”.
·        Qualquer pessoa poderia pregar a palavra, desde que fosse íntegro e temente a Deus.
·        Salvação pela fé: o Homem só seria salvo de seus pecados, através da fé e não mais por sua condição financeira.
·        Abolição do celibato: o pastor poderia ter sua própria família.
·        Eliminação de vários ritos sacros, com exceção do batismo, matrimônio e eucaristia.


A Igreja Calvinista

Na França, em 1536, João Calvino, também padre católico adere aos ideias de Lutero, fundando  o protestantismo na França. Como não havia condenação ao lucro e nem ao enriquecimento, desde que seja através do trabalho, os ideais Calvinistas acabaram se espalhando por toda Europa.
Na França: Calvinistas ou Hugnotes
Na Irlanda, Escócia e País de Gales: Puritanos.
Na Holanda: Hugnotes

Principais pontos fundados por Calvino:
·        Aceitação exclusiva das Escrituras Sagradas.
·        Teoria da Predestinação: O Homem tem seu destino traçado por Deus, a quem deve a salvação ou a condenação.
·        Eliminação de imagens e das cerimônias pomposas em latim, segundo Calvino as cerimônias deveriam ser executadas no idioma local, para que todos pudessem entender e participar do culto.
·        Manutenção do matrimônio e da eucaristia, porém o batismo só deveria acontecer depois que o membro completasse 14 anos.
Tanto Calvino como Lutero respondiam aos anseios da burguesia, que enriquecia cada vez mais com o comércio, porém continuava a ser mal vista pelos sacerdotes católicos.

A Igreja Anglicana

Na Inglaterra, o rompimento com o catolicismo se deu de forma peculiar, pois foi o próprio rei, Henrique VIII, que  movido por interesses pessoais e financeiros funda uma nova religião.
·        Motivos Pessoais: Henrique VIII desejava se separar da rainha Catarina de Médice, alegando que está não lhe dava um herdeiro. Na verdade o rei tinha outra pretendente, Anna Bolena, com quem teve uma única filha, Elizabeth I.O Papa negou o divórcio.
·        Motivos Financeiros: a Inglaterra atravessava uma grave crise financeira, e o rei tinha interesse nas terras e riquezas da Igreja para sanar suas dificuldades financeiras.

Com dois fortes motivos, e dentro da nova ordem social e religiosa do período, Henrique VIII declara guerra a Igreja. Expulsa e mata padres, arcebispos, bispos e cardeais. Funda sua própria Igreja, aonde ele passa a ser o chefe religioso.

                                             A CONTRA REFORMA


A reação da Igreja ao avanço do protestantismo não tardou, pois nessa onda de nova religião, a Igreja viu seu poder abalado. A reação veio através do Concílio de Trento, que deu novas bases ao catolicismo, e se denominou Contra Reforma.

Principais pontos do Concílio de Trento:
·        Nenhuma concessão à doutrina protestante, o que culminou com perseguições  e massacres aos protestantes, como o episódio da Noite de São Bartolomeu, na França, onde mais de três mil pessoas foram assassinadas numa única noite.
·        Criação da Cia de Jesus ou Jesuítas como passaram a ser conhecidos nas novas terras descobertas por Portugal e Espanha, na América, Ásia e África.
·        Moralização do clero, através de Seminários Teológicos para a formação de  novos padres.
·        Fortalecimento do Tribunal do Santo Ofício, que investigava, prendia e tortura os suspeitos de outras práticas religiosas e da Santa Inquisição, que queimava os hereges.

As conseqüências da Contra Reforma:

·        Intolerância religiosa na Europa e nas novas terras descobertas, pois os cultos dos  africanos, indígenas e asiáticos foram duramente perseguidos.
·        Fim do monopólio católico, pois o protestantismo cresceu e ganhou muitos territórios dentro da própria Europa.
·        Grande adesão da burguesia ao protestantismo, pois o enriquecimento não era visto como pecado.