quinta-feira, 31 de outubro de 2013

29/19-06-13-27/11 Segundo Reinado 1840/1889

SEGUNDO REINADO – 1840/1889

D. Pedro II e a busca pela estabilidade

Não é a toa que o Segundo Império é permeado pela seguinte máxima: “Nada mais Conservador do que um liberal no poder”.
D. Pedro II compôs seu gabinete com políticos liberais e conservadores, na busca pelo equilíbrio alterna as duas frentes políticas no poder. Neste compasso conseguirá governar com uma certa tranqüilidade.

Revolução Praieira – PE 1848/1850
Novamente Pernambuco volta à cena política com mais uma tentativa de romper com o poder pré-estabelecido.
A Província, que foi grande produtora de açúcar no passado, porém com o declínio do produto no mercado internacional, a elite agrária pernambucana não consegue mais a atenção do governo para os seus interesses.
Em 1848, um grupo ligado aos produtores e a intelectuais, lançam mais um ato de rebeldia. É a Revolução Praieira, que se inicia no Recife e se estende pelo interior.
A revolta acaba saindo da mãos da elite e toma uma configuração mais social, com boiadeiros, escravos, mestiços e artesões. A reivindicação básica é a proclamação da República e o fim da escravidão. A elite abandona o movimento, e as tropas leais ao imperador sufocam o movimento, com a ajuda da Guarda Nacional.

Consolidação do Império

Sanada esta revolta, o país chega a década de 1850, na Europa desponta a segunda revolução Industrial, é a vez das máquinas substituindo o trabalho humano, e produzindo cada vez mais. A Inglaterra, principal país industrializado continua exercendo poder nas decisões da política brasileira. Por isso se faz necessário mudanças na política brasileira.
D.Pedro II, cria o Conselho de Ministros, é uma tentativa de introduzir o parlamentarismo no Brasil. Porém, através de jogadas políticas, D. Pedro II acaba controlando mais o poder do que seus ministros, já que é o imperador quem os indica, aos invés de eleição. É o Parlamentarismo às avessas.


Café e o Futuro da Nação

O Brasil modernizava-se, mas não deixava de ser um país tipicamente agrário. Na década de 1820, chega ao Brasil as primeira mudas de café.
Nas décadas de 1830 a 1850, o oeste paulista é tomado pelo novo produto e as safras batem todos os recordes. Em 1860, o Porto de Santos é o mais movimentado na região para a exportação do produto.
Entre os anos de 1850- 1870, uma nova mentalidade começa a surgir entre os cafeicultores, a do trabalho livre e assalariado.
O governo brasileiro faz campanhas para atrair imigrantes europeus para o trabalho nas fazendas, através da Sociedade Auxiliadora de Colonização e Imigração.
É por conta do café, que os ingleses começam a investir pesado na construção de ferrovias no Oeste paulista, para auxiliar no escoamento da produção.

O Alvorecer da Industrialização

Por imposição da Inglaterra, que não via mais interesse em manter a escravidão, em 1850 é editada a Lei Euzébio de Queiroz, proibindo o tráfico a entrada de escravos vindo d’África. O sucesso da expansão do café e a liberação de enormes somas de capital, vindas do tráfico negreiro iriam impulsionar a indústria.
Em 1844, uma alteração alfandegária estabeleceu alíquotas de imposto que tentavam proteger  a industrialização brasileira. É a Tarifa Alves Branco. Essa duas medidas vão ajudar o Brasil a entrar na era da industrialização, com efeito, entre 1850-1870, o Brasil irá conhecer um grande avanço tecnológico nos setores de navegação, iluminação, serviços de transporte e outros.
A Guerra do Paraguai (1865-1870), estimulou a indústria naval brasileira, e a Guerra de Secessão (E.U.A 1861-1865), estimularam a produção de algodão e a indústria têxtil.
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, soube aproveitar bem esse momento econômico, trazendo para o país um progresso nunca visto. Porém ao final da Guerra do Paraguai, a tarifa Alves Branco deixa de existir, e Mauá não consegue  concorrer com a Inglaterra. A maioria de suas empresas faliu ou são compradas por ingleses.



Guerra do Paraguai 1865- 1870

O Paraguai ao se independer da Espanha, torna-se um país altamente industrializado, não dependendo de outros países para obter matéria prima. O ditador Solano Lopes expandiu as indústrias de ferro e têxtil, tornando-se o maior concorrente direto da Inglaterra na América do Sul. Porém o Paraguai não tinha saída para o mar, o que dificultava o escoamento da sua produção.
Em maio de 1865, insuflados pela Inglaterra, o Brasil, a Argentina e o Uruguai declaram guerra ao Paraguai, pois Solano Lopes havia invadido parte do território dos três paises.
A Guerra do Paraguai foi um genocídio, pois ao final do conflito 70% da população paraguaia tinha sido morta, tanto por batalhas quanto por doença como o cólera, disseminada no meio da população civil pelo então chefe militar brasileiro, Duque de Caxias.
Brasil, Argentina e Uruguai saíram vitoriosos da guerra, porém totalmente endividados com a Inglaterra, e esta acabou com a concorrência dos países sul americanos na corrida pela industrialização

Guerra de Secessão – E.U.A 1861-1865
O norte e o sul dos Estados Unidos tinha configurações sociais e econômicas bastantes distintas. No sul a colonização foi de exploração, com grandes latifúndios produzindo algodão para dar suporte as indústrias inglesas e o uso abundante da mão de obra negra.
Já o norte, por não ter atrativos comerciais para os ingleses, acabou se tornando colônia de povoamento, aonde os colonos tinham mais liberdade na produção. Com isso o norte se industrializou e o sul não.
Após 1850, já não cabia mais manter escravos, pois a ordem capitalista necessita de mão de obra assalariada.
No ano de 1860, chega ao poder o Democrata Abraão Lincoln. Claramente abolicionista, Lincoln decreta o fim do trabalho compulsório no país.
O sul reage e declara a separação do norte, formando assim um outro país. O presidente não aceita tal rebeldia,  e é declarada guerra contra o sul.
Norte industrializado levou a melhor na guerra, derrotado os estados do sul tiveram que acatar o fim da escravidão, porém isso não impediu que o racismo e a segregação racial continuasse a existir até o final dos anos de 1960.
A Escravidão e o Segundo Império

Desde dos tempos do Iluminismo, a escravidão africana vinha sendo questionada por aqui. A Conjuração Baiana e com exceção da Farroupilha, todos os levantes populares apontavam para o fim da escravidão.
Porém, as elites agrárias sempre acabavam impondo sua vontade de não dar liberdade aos negros, havia também um forte preconceito aos africanos, e nas cidades, por conta de não saberem ler eram sempre rejeitados como mão de obra.
A partir de 1850, por pressão dos ingleses ficou proibida a entrada de novos africanos no território brasileiro, e a partir de 1860 um forte movimento, oriundo dos liberais e intelectuais, apontava para a desumanidade da instituição escravista.
Entre 1860-1880, clubes abolicionistas passaram a comprar escravos e alforriá-los, ajudavam negros fugidos e promoviam fugas em massas na senzalas.

A Lei Áurea não minimizou os problemas gerados pela escravidão, pois os negros foram abandonados a sua sorte, já que não receberam terras para se fixarem, no que melhor sabiam fazer, agricultura. Não receberam indenização para recomeçarem a vida. Portanto,  a Lei Áurea tirou o negro da Senzala e o jogou nas favelas.


Fim do Império: A Queda de D. Pedro II

Após a Guerra do Paraguai, muita coisa mudou no Brasil. A nossa indústria entrou em decadência, a agricultura vivia em crise e a dívida com a Inglaterra triplicou, assim o imperador vê ruir os pilares que lhe davam sustentação.
Questão Militar
Questão Religiosa
Questão Abolicionista
Após a vitória na Guerra do Paraguai, o Exército passou a exigir mais atenção do imperador, pois sendo uma força que agregava muitos pobres e negros, não recebiam a mesma atenção da Marinha.
Como o Imperador não se posicionou, iniciou-se dentro do Exército uma nova lógica: o Positivismo.
A partir daí um grupo passou a questionar o imperador, e retirou o apoio ao seu governo.
A Igreja Católica estava ligada ao governo imperial. Vigorava o sistema do padroado, pelo qual os padres eram funcionários do governo. A crise inicia-se, quando o papa Pio XI editou a Bula Syllabus, que condenava a participação de católicos na maçonaria. Os bispos de Recife e Olinda expulsaram alguns maçons de suas paróquias.
O imperador, que também era maçom, condenou a atitude dos bispos.
Foi o suficiente para a Igreja retirar o apoio ao imperador.
Estava cada vez mais complicado manter a escravidão no país. O mundo inteiro já havia rompido com essa forma de trabalho, e a pressão inglesa cada vez mais forte, obrigou a princesa Isabel a assinar a lei que poria fim a esse tipo de exploração.
Os fazendeiros se sentiram traídos pelo imperador e passaram a apoiar o movimento republicano.
Sem os pilares que o sustentavam no poder, D.Pedro II sofre um golpe de estado aplicado pelo Exército, em 15 de novembro de 1889, era o fim de 49 anos de poder.
A república não trouxe avanços significativos para o país, que continuou agrário, latifundiário, monocultor. Nada mudará também na vida dos pobres, pos continuaram a viver na mesma miséria de sempre.

Exercícios:
1.     Explique a máxima: “Nada mais Conservador do que um Liberal no poder”.
2.     Por que a Inglaterra era tão favorável ao fim da escravidão?
3.     Que elementos vão gerar a Guerra do Paraguai?
4.     Que diferenças havia entre as regiões sul e norte dos E.U.A,que geraram a Guerra de Secessão?
5.     Identifique a Tarifa Alves Branco e a Lei Euzébio de Queiroz, e onde essas duas medidas vão auxiliar a industrialização do Brasil.
6.     Que elementos vão colocar fim a monarquia no Brasil?



Período Regêncial-28/08 e 04/09-Segundo ano E.M

PERÍODO REGENCIAL 1831 - 1840

Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil viveu um período bastante turbulento, pois D. Pedro II era uma criança de 5 anos e não tinha como governar. Portanto foi organizado no país, dentro do que previa a Constituição, a Regência.
Neste período o país apontava com três blocos políticos distintos:

·        Liberais Moderados: eram fortes politicamente, representavam os interesses da elite rural, no RJ, MG e SP. Tinham como objetivo a maior centralização do poder.
·        Liberais Exaltados: formados por profissionais liberais, comerciantes e pequenos agricultores, queriam maior autonomia entre as províncias.
·        Restauradores: queriam a volta de D. Pedro I ao poder e tendiam ao absolutismo. Esta corrente ideológica desapareceu após a morte de D. Pedro I, em 1834.

Regência Trina 1831-1834

Composta por membros do partido Moderador, era bastante conservadora, se opunha aos  liberais exaltados e aos restauradores. Destaque para a atuação do padre Diego Feijó, que cria a Guarda Nacional. Esta regência não dá respostas aos interesses populares, e em 1834 é dissolvida através do Ato Adicional, que cria a Regência Uma.

Regência Uma 1834-1840

Apesar da mudança, os problemas continuam, grande parte deles gerados pela escravidão e pela pobreza do norte e nordeste do Brasil. Também pesava muito os compromissos do Brasil com a Inglaterra, o que impedia a burguesia brasileira de se expandir.
Deste modo, as tensões e crises agravavam, e o que veremos durante toda década de 1830 são rebeliões populares.




As Rebeliões do Período Regencial

   Cabanagem
PA / 1835-1840
Rev.dos Malês
    BA/1835
  Sabinada
BA/1835-1837
Farroupilha
RS/1835-1845
   Balaiada
MA/1838-1841
Liderada pelos cabanos, que viviam as margens dos rios e viviam da extração das drogas do sertão.
Liderada por escravos de origem árabes.
Liderada por  profissionais liberais e intelectuais.
Liderada por fazendeiros de gado, que sofriam com os altos impostos sobre o charque.
Liderada por vaqueiros, artesãos e quilombolas
Participação de mestiços e indígenas.
Escravos.
Brancos
Brancos
Mestiços
Objetivo: proclamação da república, fim da escravidão e melhoria nas condições de vida dos povos ribeirinhos.
Objetivo: fim da escravidão, proclamação da República.
Objetivo: proclamação da República nos moldes norte americano e abolição da escravidão.
Objetivo: proclamação da República e separação do sul do país do resto da federação.
Não tinha intenção de abolir a escravidão
Objetivo: proclamação da República e abolição da escravidão.
Repressão violentíssima por parte do exercíto. Tribos inteiras foram exterminadas, e alto número de execuções.
Repressão violentíssima, não há registros de sobreviventes.
Repressão violenta, com muitas prisões e algumas execuções.
Batalhas violentas, mas no fim da guerra, não houve prisões e execuções, e sim anistia aos rebeldes.
Repressão violenta com execuções, prisões e degredo.




A regência de Feijó não conseguiu resolver os atritos sociais, mesmo com a repressão, revoltas pipocavam em todo território nacional, em 1837 assume o regente Pedro Araújo,um conservador que formulou a Lei Interpretativa, com o objetivo de intervir nas províncias.
Porém, os liberais começaram a arquitetar uma forma de voltar ao poder, através do imperador. É o golpe da maioridade. Assim em 1840 D. Pedro II é aclamado imperador aos 15 anos de idade.

Exercícios:

1.     Aponte a configuração política do período regencial.
2.     Por que a década de 1830 foi marcada por inúmeras revoltas populares no Brasil?
3.     Por que motivo a Regência Trina foi substituída pela regência Uma?
4.     Escolha uma das revoltas do período regencial e a descreva.
5.     Por que os Liberais forçaram a coroação de D. Pedro II aos 15 anos de idade?







Golpe Militar de 1964-aula de 16-23-30/09 e 07-14/10 3° ano do E.M

BRASIL: O GOLPE MILITAR DE 1964

Como já vimos anteriormente, o governo de João Goulart era frágil, pois não contava com o apoio das elites e nem da confiança das massas populares. O momento histórico também não era dos mais favoráveis, pois com a CIA infiltrada em todos os governos da América Latina, faltava liberdade de ação.
É neste contexto, que após o Ato Político de 13/03, na Central do Brasil, aonde o presidente afirmava o compromisso com as reformas de base, e a resposta da ala conservadora com a Marcha com Deus pela Família, Jango é derrubado pelos militares com claro apoio da CIA, em 31 de março de 1964, as tropas do I Exército em MG, organiza e entra no Rio de Janeiro, para depor o presidente. O III Exército no RS, tenta reação, mas o presidente deixa o cargo para que não ocorra uma guerra civil no país.

A Ditadura Envergonhada 1964-1967

Logo após o Golpe, a Constituição é ignorada e o país passa a ser governado por Atos Institucionais, os Ais.
1964: é editado o AI nº1,  fecha o Congresso, cassa os direitos políticos de JK, Jânio Quadros, todos os senadores e deputados e João Goulart é exilado no Uruguai. Fecha grêmios estudantis, organizações camponesas e sindicatos.
 em abril o Congresso escolhe por eleição indireta, o  general Castelo Branco para presidente do país. Já está instituída prisões arbitrárias, tortura e censura aos meios de comunicação.
 1965: são realizadas eleições para governadores, a oposição ganha em quase todos os estados elegendo a maioria dos cargos. O governo reage editando o AI nº 2, que acabava com os partidos políticos, criando o bipartidarismo: MDB (Movimento Democrático Brasileiro – oposição) e a ARENA ( Aliança Renovadora Nacional – situação). Na prática são os partidos do sim, senhor e sim, sim, senhor.
 1966: o grupo de militares denominados “linha dura”, ganham mais espaço quando é editado o AI nº 3, que estabelece as eleições indiretas para presidente da república, governadores de estado e prefeitos. Castelo Branco endurece ainda mais ao editar o AI nº 4, que promulgou a Lei de Imprensa, a censura prévia e cria a Lei de Segurança Nacional, aonde caí o hábeas Corpus e qualquer pessoa poderia ser presa para “averiguações”.



1967: O Congresso é reaberto para que fosse promulgada a Constituição, neste ano novo presidente é escolhido, desta vez a “linha dura” chegava ao poder na figura de Costa e Silva. A oposição ao regime militar crescia, até mesmo antigos apoiadores do golpe em 64, passaram a criticar o regime autoritário dos militares, é criada a Frente Ampla que reúne todo tipo de gente, até mesmo Carlos Lacerda que tinha apoiado o golpe.

A Ditadura Escancarada: 1968-1977

O ano de 1968, é marcado por vários acontecimentos pelo mundo a fora, a esquerda vinha crescendo em muitos países.
Na França: o Partido Comunista Francês, numa aliança estudante-operário-camponês, marcaram presença por quase dois meses em Paris, com atritos severos entre os manifestantes e as forças aliadas de De Gaulle. Foi o famoso maio de 68 em Paris.
Na techeslováquia, a juventude se opunha à força bruta do Partido Comunista Russo, que impedia avanços na liberdade do país.
No Vietnã, a batalha de Tiev era ganha pelos vitecongues, mostrando que a supremacia americana não era nada, perto da criatividade e determinação de um povo.
Nos EUA, a guerra com o Vietnã, levava inúmeras passeatas quase que diárias contra a guerra. Os Panteras Negras, grupo marxista que lutava pelo fim da segregação racial, cresce cada dia. Martin Luter king, líder negro pacifista e Robert Kennedy, senador branco são assassinados pelos agentes da Cia. King por ser negro e liderar a campanha pelo fim da segregação e Kennedy por apoiá-lo.
As mulheres do mundo inteiro lutam por igualdade social, profissional e liberdade de expressão e escolha. Esse foi um ano que marcou muitas mudanças.
No Brasil, a resistência ao regime militar crescia de forma assustadora. Em março, estudantes protestam pela melhoria da comida servida no restaurante calabouço, bandejão da UFRJ, a polícia invade o local e o estudante secundarista, Edson Luis é morto. O enterro do rapaz foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas. No dia da missa de 7º dia, a polícia invade a Igreja da Candelária, prendendo e batendo em todos que lá estavam.
Em junho, acontece a Passeata dos Cem Mil, com a presença de líderes políticos, intelectuais e artistas. O Rio de Janeiro estava neste movimento.
Em outubro, desafiando a ditadura a UNE (União Nacional dos Estudantes), proibida desde 64, organizou o seu 30º Congresso em Ibiúna (SP), em MG e SP, os trabalhadores fizeram uma grande greve com a participação de 25 mil operários. O Brasil se levantava contra o Golpe.
Diante de tanta organização , Costa e Silva edita o pior dos Ais, o AI nº 5, em 13 de dezembro de 1968.
O AI5, foi considerado o Golpe dentro do Golpe, pois por meio dele, o presidente fechou o Congresso, a justiça foi amordaçada, já que não havia hábeas corpus e muito menos julgamento para crimes políticos, a tortura foi institucionalizada causando inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas.
A juventude deixa de protestar pacificamente e vai para luta armada, assaltos a banco e seqüestros de personalidades estrangeiras, forçando os generais a negociar.
1969: Costa e Silva vem a falecer, subindo ao poder Ernesto Garrastazu Médici, também ligado a “linha dura”. Neste período o DOPS ( Departamento de Ordem Pública e Social) e o Doi-Codi (Departamento de Operações Internas e Centro de Operações de defesa Interna) prendem, torturam e matam qualquer pessoas que se opusesse ao regime militar.

O Milagre Econômico

Enquanto a ditadura matava os dissidentes, o governo maquiava a economia. Nos anos de 1967-1974, a inflação ficou controlada e o PIB cresceu. Na verdade, o que se fez foi aplicar recursos em obras públicas, muitas delas desnecessárias, tais como: a Transamazônica, seria uma via expressa, que ligaria o extremo norte do país ao Centro sul. Nunca foi concluída. A Hidrelétrica  de Itaipu, que gera energia para o Paraguai , a Ponte Costa e Silva(Rio Niterói) e a Construção da Via Dutra, ligando o Rio à SP. Essas  obras foram financiadas pelo capital estrangeiro, gerando uma imensa dívida externa.
A partir de 1973, o milagre vai virando pesadelo, pois com a crise do Petróleo no Oriente Médio, o milagre econômico brasileiro foi se transformando em pesadelo nacional, pois o país não conseguia arcar com os custos de suas obras faraônicas.

 Da Ditadura à Abertura: 1974-1979

1974: Nova eleição indireta elege o gen. Ernesto Geisel, este tinha um perfil diferente dos antecessores era autoritário e centralizador, porém fazia parte da ala moderada do exército.
Pretendia avançar na redemocratização do país, e o primeiro passo foram as eleições parlamentares diretas, aonde a oposição ganhou a maioria dos cargos.
1975: o diretor da TV Cultura, Wladimir Herzog é assassinado sob tortura e alguns meses depois o operário Manuel Fiel Filho tem o mesmo destino.
1976: eleições municipais deram ampla vitória a oposição, o governo reagiu utilizando mecanismos do AI5, fechou novamente o Congresso.
1977: é editado o Pacote de Abril, pelas normas regras, as eleições de senadores deveriam ser feitas pela Assembléia e não mais de forma direta. São os  senadores biônicos.
1978: é revogado o AI5, a partir de agora o Congresso não mais poderia ser fechado e não podiam prender pessoas sem provas concretas. Neste ano no ABC paulista estoura a  greve dos metalúrgicos, que não só paralisou o país como fez aparecer um novo líder político: Luís Inácio Lula da Silva.
Inicia a transição de abertura, lenta, gradual e segura.

Redemocratização: 1979-1985

1979: novo presidente eleito,ainda de forma indireta, o gen. João Baptista de Figueiredo conclui o processo de abertura concedendo a  anistia aos presos e exilados políticos. Retorna ao país  políticos e intelectuais expulsos pela ditadura, músicas peças teatrais e programas de tv sofrem menos cortes dos censores.
1980: inconformados com a abertura, a linha dura do exército  tenta prejudicar o retorno a democracia. Um atentado  frustrado a bomba no Riocentro, aonde ocorria um festival de música no feriado de 1º de maio. A bomba explodiu antes do tempo matando o militar que a carregava. E outro atentado a OAB(Ordem dos Advogados do Brasil) matou uma secretária.
1981/82/83: marcados por grande recessão econômica, desemprego, dívidas com o FMI e inflação galopante.
1984: Seria hora de novas eleições, nas grandes capitais inicia o movimento pelas diretas já, o deputado Dante de Oliveira enviou uma emenda ao Congresso que previa eleições livres em 1984. Grandes comícios ocorreram em todo país, mas a emenda foi derrotada no Congresso.





1985-1990: nova eleição, ainda pelo Colégio eleitoral reunia Paulo Maluf apoiado pelos militares e Tancredo Neves, apoiado pela esquerda. Tancredo vence as eleições, porém morre antes de assumir o governo.
Toma posse Jose Sarney, vice de Tancredo . Inicia-se a nova República.
Nos próximos cinco anos, o Brasil viverá sua pior crise econômica, greves pipocam no país inteiro. Sarney é um presidente frágil, pois não conta com o apoio dos militares e muito menos do  povo.
1989: ocorrem as primeira eleições livres desde 1960. Presidente, governadores e senadores disputavam a maior eleição realizada em 29 anos.
No segundo turno a disputa  entre Luis Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, através de fraudes Collor é eleito presidente. Collor havia sido senador biônico por Alagoas, durante a ditadura.

Brasil  democrático 1990-2010

1990-1992: Fernando Collor protagoniza os maiores escândalos de corrupção já vistos no país. Recessão, desemprego,confisco de bens e salários marcam seu governo. Em 1992, um grande escândalo de corrupção leva o Congresso a  votar o impeachment do presidente.
1992-1994: Itamar fraco, vive de Collor leva o país até as próximas eleições. O min. Da fazenda Fernando Henrique Cardoso, lança o Plano Real em 1993, que congelava salários e tentava combater a inflação através da correção pela URV. Em 1994 é lançado o Real, que deveria ser uma moeda forte e equivaleria a um dólar.
1994-2002:Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente da República no primeiro mandato 1994-98, é implantado o Real, a euforia da nova moeda dá a sensação de poder de compra, porém a inflação não esta controlada e sim maquiada.
1998-2002: segundo mandato de FHC, a inflação retorna com força total, neste período são privatizadas as ultimas empresas lucrativas do governo, tais como Vale do Rio Doce, Ligth e Setor telefônico. A dívida com o FMI aumenta em 100%.
2002-2006: novas eleições, levam em fim Luís Inácio Lula da Silva ao poder. Entre 2002-2006, seu governo  paga a dívida como FMI, porém é marcado com casos gritantes de corrupção.
2006-2010: segundo mandato de Lula é marcado por obras assistencialistas como PAC, projetos como Bolsa Escola e Cheque Cidadão. Não podemos afirmar que não houve crescimento econômico, porém não reduziu a miséria.

2010-2012: o PT continua no poder, com a eleição da Primeira mulher presidente no país: Dilma Roussef. Num governo que pouco se viu mudanças na ordem social e política do país. Manutenção dos projetos assistencialista e muita corrupção.