segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Defendendo os Rios da Amazônia - Parte 1
Vídeo para o projeto Amazõnia para as turmas 2001,2002 e 2003
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
A Ditadura Militar- 1964/1985- T.3001 e 3002
BRASIL: O GOLPE MILITAR DE 1964
Como
já vimos anteriormente, o governo de João Goulart era frágil, pois não contava
com o apoio das elites e nem da confiança das massas populares. O momento
histórico também não era dos mais favoráveis, pois com a CIA infiltrada em
todos os governos da América Latina, faltava liberdade de ação.
É
neste contexto, que após o Ato Político de 13/03, na Central do Brasil, aonde o
presidente afirmava o compromisso com as reformas de base, e a resposta da ala
conservadora com a Marcha com Deus pela Família, Jango é derrubado pelos
militares com claro apoio da CIA, em 31 de março de 1964, as tropas do I
Exército em MG, organiza e entra no Rio de Janeiro, para depor o presidente. O
III Exército no RS, tenta reação, mas o presidente deixa o cargo para que não
ocorra uma guerra civil no país.
A
Ditadura Envergonhada 1964-1967
Logo
após o Golpe, a Constituição é ignorada e o país passa a ser governado por Atos
Institucionais, os Ais.
1964:
é editado o AI nº1, fecha o Congresso,
cassa os direitos políticos de JK, Jânio Quadros, todos os senadores e
deputados e João Goulart é exilado no Uruguai. Fecha grêmios estudantis,
organizações camponesas e sindicatos.
em abril o Congresso escolhe por eleição
indireta, o general Castelo Branco para
presidente do país. Já está instituída prisões arbitrárias, tortura e censura
aos meios de comunicação.
1965: são realizadas eleições para
governadores, a oposição ganha em quase todos os estados elegendo a maioria dos
cargos. O governo reage editando o AI nº 2, que acabava com os partidos
políticos, criando o bipartidarismo: MDB (Movimento Democrático Brasileiro –
oposição) e a ARENA ( Aliança Renovadora Nacional – situação). Na prática são
os partidos do sim, senhor e sim, sim, senhor.
1966: o grupo de militares denominados “linha
dura”, ganham mais espaço quando é editado o AI nº 3, que estabelece as
eleições indiretas para presidente da república, governadores de estado e
prefeitos. Castelo Branco endurece ainda mais ao editar o AI nº 4, que
promulgou a Lei de Imprensa, a censura prévia e cria a Lei de Segurança
Nacional, aonde caí o hábeas Corpus e qualquer pessoa poderia ser presa para
“averiguações”.
1967:
O Congresso é reaberto para que fosse promulgada a Constituição, neste ano novo
presidente é escolhido, desta vez a “linha dura” chegava ao poder na figura de
Costa e Silva. A oposição ao regime militar crescia, até mesmo antigos
apoiadores do golpe em 64, passaram a criticar o regime autoritário dos
militares, é criada a Frente Ampla que reúne todo tipo de gente, até mesmo
Carlos Lacerda que tinha apoiado o golpe.
A
Ditadura Escancarada: 1968-1977
O ano
de 1968, é marcado por vários acontecimentos pelo mundo a fora, a esquerda
vinha crescendo em muitos países.
Na
França: o Partido Comunista Francês, numa aliança estudante-operário-camponês,
marcaram presença por quase dois meses em Paris, com atritos severos entre os
manifestantes e as forças aliadas de De Gaulle. Foi o famoso maio de 68 em
Paris.
Na
techeslováquia, a juventude se opunha à força bruta do Partido Comunista Russo,
que impedia avanços na liberdade do país.
No
Vietnã, a batalha de Tiev era ganha pelos vitecongues, mostrando que a
supremacia americana não era nada, perto da criatividade e determinação de um
povo.
Nos
EUA, a guerra com o Vietnã, levava inúmeras passeatas quase que diárias contra
a guerra. Os Panteras Negras, grupo marxista que lutava pelo fim da segregação
racial, cresce cada dia. Martin Luter king, líder negro pacifista e Robert
Kennedy, senador branco são assassinados pelos agentes da Cia. King por ser
negro e liderar a campanha pelo fim da segregação e Kennedy por apoiá-lo.
As
mulheres do mundo inteiro lutam por igualdade social, profissional e liberdade
de expressão e escolha. Esse foi um ano que marcou muitas mudanças.
No
Brasil, a resistência ao regime militar crescia de forma assustadora. Em março,
estudantes protestam pela melhoria da comida servida no restaurante calabouço,
bandejão da UFRJ, a polícia invade o local e o estudante secundarista, Edson
Luis é morto. O enterro do rapaz foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas. No
dia da missa de 7º dia, a polícia invade a Igreja da Candelária, prendendo e
batendo em todos que lá estavam.
Em
junho, acontece a Passeata dos Cem Mil, com a presença de líderes políticos,
intelectuais e artistas. O Rio de Janeiro estava neste movimento.
Em
outubro, desafiando a ditadura a UNE (União Nacional dos Estudantes), proibida
desde 64, organizou o seu 30º Congresso em Ibiúna (SP), em MG e SP, os
trabalhadores fizeram uma grande greve com a participação de 25 mil operários.
O Brasil se levantava contra o Golpe.
Diante
de tanta organização , Costa e Silva edita o pior dos Ais, o AI nº 5, em 13 de
dezembro de 1968.
O
AI5, foi considerado o Golpe dentro do Golpe, pois por meio dele, o presidente
fechou o Congresso, a justiça foi amordaçada, já que não havia hábeas corpus e
muito menos julgamento para crimes políticos, a tortura foi institucionalizada
causando inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas.
A
juventude deixa de protestar pacificamente e vai para luta armada, assaltos a
banco e seqüestros de personalidades estrangeiras, forçando os generais a
negociar.
1969:
Costa e Silva vem a falecer, subindo ao poder Ernesto Garrastazu Médici, também
ligado a “linha dura”. Neste período o DOPS ( Departamento de Ordem Pública e
Social) e o Doi-Codi (Departamento de Operações Internas e Centro de Operações
de defesa Interna) prendem, torturam e matam qualquer pessoas que se opusesse
ao regime militar.
O
Milagre Econômico
Enquanto
a ditadura matava os dissidentes, o governo maquiava a economia. Nos anos de
1967-1974, a inflação ficou controlada e o PIB cresceu. Na verdade, o que se
fez foi aplicar recursos em obras públicas, muitas delas desnecessárias, tais
como: a Transamazônica, seria uma via expressa, que ligaria o extremo norte do
país ao Centro sul. Nunca foi concluída. A Hidrelétrica de Itaipu, que gera energia para o Paraguai ,
a Ponte Costa e Silva(Rio Niterói) e a Construção da Via Dutra, ligando o Rio à
SP. Essas obras foram financiadas pelo
capital estrangeiro, gerando uma imensa dívida externa.
A
partir de 1973, o milagre vai virando pesadelo, pois com a crise do Petróleo no
Oriente Médio, o milagre econômico brasileiro foi se transformando em pesadelo
nacional, pois o país não conseguia arcar com os custos de suas obras
faraônicas.
Da Ditadura à Abertura: 1974-1979
1974:
Nova eleição indireta elege o gen. Ernesto Geisel, este tinha um perfil
diferente dos antecessores era autoritário e centralizador, porém fazia parte
da ala moderada do exército.
Pretendia
avançar na redemocratização do país, e o primeiro passo foram as eleições
parlamentares diretas, aonde a oposição ganhou a maioria dos cargos.
1975:
o diretor da TV Cultura, Wladimir Herzog é assassinado sob tortura e alguns
meses depois o operário Manuel Fiel Filho tem o mesmo destino.
1976:
eleições municipais deram ampla vitória a oposição, o governo reagiu utilizando
mecanismos do AI5, fechou novamente o Congresso.
1977:
é editado o Pacote de Abril, pelas normas regras, as eleições de senadores
deveriam ser feitas pela Assembléia e não mais de forma direta. São os senadores biônicos.
1978:
é revogado o AI5, a partir de agora o Congresso não mais poderia ser fechado e
não podiam prender pessoas sem provas concretas. Neste ano no ABC paulista
estoura a greve dos metalúrgicos, que
não só paralisou o país como fez aparecer um novo líder político: Luís Inácio
Lula da Silva.
Inicia
a transição de abertura, lenta, gradual e segura.
Redemocratização:
1979-1985
1979:
novo presidente eleito,ainda de forma indireta, o gen. João Baptista de
Figueiredo conclui o processo de abertura concedendo a anistia aos presos e exilados políticos.
Retorna ao país políticos e intelectuais
expulsos pela ditadura, músicas peças teatrais e programas de tv sofrem menos
cortes dos censores.
1980:
inconformados com a abertura, a linha dura do exército tenta prejudicar o retorno a democracia. Um
atentado frustrado a bomba no Riocentro,
aonde ocorria um festival de música no feriado de 1º de maio. A bomba explodiu
antes do tempo matando o militar que a carregava. E outro atentado a OAB(Ordem
dos Advogados do Brasil) matou uma secretária.
1981/82/83:
marcados por grande recessão econômica, desemprego, dívidas com o FMI e
inflação galopante.
1984:
Seria hora de novas eleições, nas grandes capitais inicia o movimento pelas
diretas já, o deputado Dante de Oliveira enviou uma emenda ao Congresso que
previa eleições livres em 1984. Grandes comícios ocorreram em todo país, mas a
emenda foi derrotada no Congresso.
1985-1990:
nova eleição, ainda pelo Colégio eleitoral reunia Paulo Maluf apoiado pelos
militares e Tancredo Neves, apoiado pela esquerda. Tancredo vence as eleições,
porém morre antes de assumir o governo.
Toma
posse Jose Sarney, vice de Tancredo . Inicia-se a nova República.
Nos
próximos cinco anos, o Brasil viverá sua pior crise econômica, greves pipocam
no país inteiro. Sarney é um presidente frágil, pois não conta com o apoio dos
militares e muito menos do povo.
1989:
ocorrem as primeira eleições livres desde 1960. Presidente, governadores e
senadores disputavam a maior eleição realizada em 29 anos.
No
segundo turno a disputa entre Luis
Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, através de fraudes Collor é
eleito presidente. Collor havia sido senador biônico por Alagoas, durante a
ditadura.
Brasil democrático 1990-2010
1990-1992: Fernando Collor
protagoniza os maiores escândalos de corrupção já vistos no país. Recessão,
desemprego,confisco de bens e salários marcam seu governo. Em 1992, um grande
escândalo de corrupção leva o Congresso a
votar o impeachment do presidente.
1992-1994: Itamar fraco, vive de
Collor leva o país até as próximas eleições. O min. Da fazenda Fernando
Henrique Cardoso, lança o Plano Real em 1993, que congelava salários e tentava
combater a inflação através da correção pela URV. Em 1994 é lançado o Real, que
deveria ser uma moeda forte e equivaleria a um dólar.
1994-2002:Fernando Henrique
Cardoso é eleito presidente da República no primeiro mandato 1994-98, é
implantado o Real, a euforia da nova moeda dá a sensação de poder de compra,
porém a inflação não esta controlada e sim maquiada.
1998-2002: segundo mandato de
FHC, a inflação retorna com força total, neste período são privatizadas as
ultimas empresas lucrativas do governo, tais como Vale do Rio Doce, Ligth e
Setor telefônico. A dívida com o FMI aumenta em 100%.
2002-2006: novas eleições, levam
em fim Luís Inácio Lula da Silva ao poder. Entre 2002-2006, seu governo paga a dívida como FMI, porém é marcado com
casos gritantes de corrupção.
2006-2010: segundo mandato de
Lula é marcado por obras assistencialistas como PAC, projetos como Bolsa Escola
e Cheque Cidadão. Não podemos afirmar que não houve crescimento econômico,
porém não reduziu a miséria.
2010-2012: o PT continua no
poder, com a eleição da Primeira mulher presidente no país: Dilma Roussef. Num
governo que pouco se viu mudanças na ordem social e política do país.
Manutenção dos projetos assistencialista e muita corrupção.
Primeiro Reinado-1822/1831- turmas de 2° ano
PRIMEIRO REINADO 1822-1831
Proclamada a independência o príncipe regente foi aclamado imperador
do Brasil, passando a utilizar o título de D. Pedro II, restava agora a tarefa
de organizar e administrar o país.
O Reconhecimento da Nova Nação
A independência do Brasil ocorreu sem muita participação
popular, e o fato de ser uma monarquia com um rei português dificultou o
reconhecimento do país pelos demais países da América.
A Argentina reconhece o Brasil em 1823, os E. U.A, em 1824
dentro da lógica da Doutrina Monroe, que pregada o seguinte lema: “ A América é para os
americanos.”O México em 1825, mesmo ano que com a intervenção da Inglaterra,
Portugal aceita a independência do Brasil mediante ao pagamento de uma indenização, paga pelos ingleses,
trazendo mais endividamento e menos
autonomia ao Brasil.
A Constituição de 1824
A Assembléia Constituinte foi convocada em 1822, mas só começou
os trabalhos em 1823. As divergências foram aflorando ao longo da elaboração da
Constituição entre os monarquistas centralizadores, que desejavam mais poder ao
imperador e os liberais, que queriam liberdade política e econômica. As
principais reivindicações eram:
·
Anticolonialismo:
o afastamento do Brasil de Portugal, para que não houvesse nenhuma chance de
voltar o Pacto colonial.
·
Antiabsolutismo:
diminuição do poder nas mãos do imperador para que os liberais tivessem mais
espaço político.
·
Voto
censitário: somente podia votar quem tivesse renda superior a 400 mil réis.
D. Pedro II não aceitou as normas impostas pela Constituição, e
em 1824, fecha o Congresso e ele mesmo cria uma Constituição para o Brasil. Nela
os poderes ficam assim divididos:
Imperador: Poder Moderador e Poder
Executivo
Deputados e Senadores: Poder Legislativo
Juízes indicados pelo imperador: Poder
Judiciário
As Rebeliões do Primeiro Império
A Confederação do Equador
As atitudes de D. Pedro II, não eram bem
aceitas pelos liberais, e neste contexto a província de Pernambuco, que ainda
não apagara a Revolução Pernambucana de 1817, levantou-se contra as medidas
adotadas pelo imperador.
Liderados
pelo frei Caneca, religioso de grande aceitação popular, a Confederação do
Equador recebe adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo
de proclamar a República e abolir a escravidão, essa revolta toma um corpo
muito importante, e só é sufocada em
1824, com a ajuda do mercenário inglês Lorde Cocharne. Muitas execuções são
efetuadas, inclusive a do frei Caneca.
A Guerra da Cisplatina
A região da Cisplatina (hoje Uruguai),
sempre foi objeto de desejo dos brasileiros, sendo anexado ao Rio Grande do Sul
em 1820 por Portugal. Porém em 1825, a população, que tinha cultura Própria se
livra da Espanha e não aceita ficar subjugada à D. Pedro. O imperador não
aceita perder o território e manda tropas para lá. Porém interessava a
Inglaterra que todas as regiões na América do Sul fossem livres, para que ela
pudesse dominar economicamente. Sendo assim, a Inglaterra reconhece a
independência do Uruguai e manda D. Pedro retirar a tropas do território. É uma
derrota vergonhosa para o todo poderoso imperador.
Abdicação de D. Pedro I
Os problemas enfrentados pelo imperador
são muitos.
No campo econômico: inflação alta por
conta da dívida externa coma Inglaterra, agravada ainda mais com a derrota
vergonhosa na Guerra da Cisplatina e do desfecho da Confederação do Equador.
No campo político: insatisfação popular
com o uso indiscriminado do Poder Moderador, e da centralização do poder.
No campo social: grande pobreza da
população em contraste com o luxo da corte, sem falar nos escândalos provocados
pela presença de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante assumida de
D. Pedro.
D. Pedro I, conseguiu desagradar todos
os setores da sociedade. Os jornais caiam de pau em cima do imperador, e o
assassinato do jornalista Líbero Badaró só pioraram ainda mais a situação do
imperador. Em 1831, uma grande manifestação popular se transforma em
pancadaria: é à noite das garrafadas, entre portugueses e brasileiros. Sem
condição de continuar a frente do país, D. Pedro abdica ao trono em favor do
filho D. Pedro de Alcântara, que só
tinha cinco anos.
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