BRASIL REPÚBLICA
A
partir de 1870, as ideias republicanas começaram a tomar corpo no meio intelectual
brasileiro.
No
Exército essas ideias, aliadas a insatisfações com a política do império e o
Positivismo, linha de pensamento que vigorava na época vão dar corpo ao sonho
republicano.
Por
sua vez o imperador D. Pedro II, estava cada vez mais enfraquecido. Perdeu o
apoio da Igreja, desde a Questão religiosa, e após a abolição perde também o
apoio dos fazendeiros. É neste contexto que em 15 de novembro de 1889, é
proclama a República no Brasil. A Família Real segue para o exílio no exterior,
e o povo assiste bestializado à proclamação de uma República elitista e
militar, sem ser convidado a participar dela.
A
Política Econômica
Mal.
Deodoro da Fonseca assume a tarefa de organizar a república, e monta os
ministérios com representantes da aristocracia cafeeira paulista. Em linhas
gerais, como era de se esperar, o poder estava nas mãos das elites econômicas
do país.
A
política econômica foi a principal preocupação do Min. Rui Barbosa, que em
janeiro de 1890 dá aos bancos o poder de emitir dinheiro para empréstimos sem o
controle estatal.
Entre
1890 e 1891, as linhas de crédito foram abertas sem nenhum controle. Houve uma
enxurrada de novas empresas sendo abertas por conta dos empréstimos, o que
provocou especulação na Bolsa de Valores.
Em
menos de um ano toda essa ‘fartura’ de dinheiro se transformou na maior crise
financeira da nossa república: a crise do Encilhamento. Além da inflação, o
preço das ações despencou causando falências.
A
Disputa Pelo Poder
Desde
que assumiu o poder, Deodoro enfrentou uma forte oposição no Congresso, que o
acusava de autoritário.
A
idéia de Constituição focada na norte-americana estava pronta. O Brasil seria
uma republica federativa, voto sufrágio universal, quer dizer, todos teriam
direito de votar, desde que fossem homens, maiores de 21 anos e alfabetizados.
Com isso a grande massa popular ficava fora do direito de opinar politicamente.
Após
o vexame da crise do Encilhamento, o governo de Deodoro da Fonseca sofre
severas críticas, e o presidente fecha o Congresso. É o suficiente para as
forças de oposição derrubarem Deodoro,assumindo o seu vice Mal. Floriano
Peixoto.
Empossado
na presidência, Floriano esbarra num clima nada favorável: inflação galopante,
descontentamento da população por conta da carestia e do desemprego e da elite
agrária. Desta forma, duas grandes revoltas ocorrem.
Revolução
Federalista – RS/ 1893: Ocorre no sul fortes confrontos entre os aliados de
Floriano e antigos monarquistas que não aceitavam a política centralizadora de
Floriano. Sob forte repressão, os
federalistas são derrotados, muitas execuções ocorreram ao longo do conflito.
Revolta
da Armada – RJ /1893: Descontentes com a pouca atenção dispensada pelo
Exército, a Marinha entra em choque com o governo, bombardeando a capital. As
forças leais a Floriano, conseguem sufocar o levante, e novamente o uso da
força se faz presente.
Em
1894, o Partido Republicano Paulista, aponta o nome de Prudente de Morais para
a presidência. Seria o primeiro civil a ocupar o poder. Numa eleição aonde
apenas 3% da população podia votar, Prudente de Morais se torna presidente,
iniciando a segunda era republicana: a República Café com Leite.
Exercícios:
Valendo como prova, para as turmas 3001 e 3002 Entregar entre 17 e 19/03/2014
1. Que mecanismos políticos levaram a queda da monarquia?
2. Explique a seguinte frase “E o povo assistiu bestializado a Proclamação da República”.
3. O que foi a Crise do Encilhamento?
4. Aponte as duas revoltas ocorridas no governo Floriano Peixoto.
5. A eleição de Prudente de Morais pode ser considerada democrática? Justifique.