segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Porjeto Aquarela Brasileira, vídeo das turmas.
Infelizmente o meu canal you tube é de um endereço e o blog de outro. Sendo assim, não pude passar com a miniaturas, mas os endereços estão aí, vão se ver...Vão ver o trabalho bonito que vcs fizeram.
https://www.youtube.com/watch?v=fhwrrjlJ-4U
https://www.youtube.com/watch?v=IVItm6oXWSU
https://www.youtube.com/watch?v=5XdNZ2hThN8
https://www.youtube.com/watch?v=xDakSbFkS28
https://www.youtube.com/watch?v=wnMs866krXI
http://youtu.be/_4x4Vj6B5_o
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
29/19-06-13-27/11 Segundo Reinado 1840/1889
SEGUNDO REINADO – 1840/1889
D. Pedro II e a busca pela estabilidade
Não é a toa que o Segundo Império é permeado pela seguinte
máxima: “Nada mais Conservador do que um liberal no poder”.
D. Pedro II compôs seu gabinete com políticos liberais e
conservadores, na busca pelo equilíbrio alterna as duas frentes políticas no
poder. Neste compasso conseguirá governar com uma certa tranqüilidade.
Revolução Praieira – PE 1848/1850
Novamente Pernambuco volta à cena política com mais uma
tentativa de romper com o poder pré-estabelecido.
A Província, que foi grande produtora de açúcar no passado,
porém com o declínio do produto no mercado internacional, a elite agrária
pernambucana não consegue mais a atenção do governo para os seus interesses.
Em 1848, um grupo ligado aos produtores e a intelectuais, lançam
mais um ato de rebeldia. É a Revolução Praieira, que se inicia no Recife e se
estende pelo interior.
A revolta acaba saindo da mãos da elite e toma uma configuração
mais social, com boiadeiros, escravos, mestiços e artesões. A reivindicação
básica é a proclamação da República e o fim da escravidão. A elite abandona o
movimento, e as tropas leais ao imperador sufocam o movimento, com a ajuda da
Guarda Nacional.
Consolidação do Império
Sanada esta revolta, o país chega a década de 1850, na Europa
desponta a segunda revolução Industrial, é a vez das máquinas substituindo o
trabalho humano, e produzindo cada vez mais. A Inglaterra, principal país
industrializado continua exercendo poder nas decisões da política brasileira.
Por isso se faz necessário mudanças na política brasileira.
D.Pedro II, cria o Conselho de Ministros, é uma tentativa de
introduzir o parlamentarismo no Brasil. Porém, através de jogadas políticas, D.
Pedro II acaba controlando mais o poder do que seus ministros, já que é o
imperador quem os indica, aos invés de eleição. É o Parlamentarismo às avessas.
Café e o Futuro da Nação
O Brasil modernizava-se, mas não deixava de ser um país
tipicamente agrário. Na década de 1820, chega ao Brasil as primeira mudas de
café.
Nas décadas de 1830 a 1850, o oeste paulista é tomado pelo novo
produto e as safras batem todos os recordes. Em 1860, o Porto de Santos é o
mais movimentado na região para a exportação do produto.
Entre os anos de 1850- 1870, uma nova mentalidade começa a
surgir entre os cafeicultores, a do trabalho livre e assalariado.
O governo brasileiro faz campanhas para atrair imigrantes
europeus para o trabalho nas fazendas, através da Sociedade Auxiliadora de
Colonização e Imigração.
É por conta do café, que os ingleses começam a investir pesado
na construção de ferrovias no Oeste paulista, para auxiliar no escoamento da
produção.
O Alvorecer da Industrialização
Por imposição da Inglaterra, que não via mais interesse em
manter a escravidão, em 1850 é editada a Lei
Euzébio de Queiroz, proibindo o tráfico a entrada de escravos vindo
d’África. O sucesso da expansão do café e a liberação de enormes somas de
capital, vindas do tráfico negreiro iriam impulsionar a indústria.
Em 1844, uma alteração alfandegária estabeleceu alíquotas de
imposto que tentavam proteger a
industrialização brasileira. É a Tarifa
Alves Branco. Essa duas medidas vão ajudar o Brasil a entrar na era da
industrialização, com efeito, entre 1850-1870, o Brasil irá conhecer um grande
avanço tecnológico nos setores de navegação, iluminação, serviços de transporte
e outros.
A Guerra do Paraguai (1865-1870), estimulou a indústria naval
brasileira, e a Guerra de Secessão (E.U.A 1861-1865), estimularam a produção de
algodão e a indústria têxtil.
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, soube aproveitar
bem esse momento econômico, trazendo para o país um progresso nunca visto.
Porém ao final da Guerra do Paraguai, a tarifa Alves Branco deixa de existir, e
Mauá não consegue concorrer com a
Inglaterra. A maioria de suas empresas faliu ou são compradas por ingleses.
Guerra do Paraguai 1865- 1870
O Paraguai ao se independer da Espanha, torna-se um país
altamente industrializado, não dependendo de outros países para obter matéria
prima. O ditador Solano Lopes expandiu as indústrias de ferro e têxtil,
tornando-se o maior concorrente direto da Inglaterra na América do Sul. Porém o
Paraguai não tinha saída para o mar, o que dificultava o escoamento da sua
produção.
Em maio de 1865, insuflados pela Inglaterra, o Brasil, a
Argentina e o Uruguai declaram guerra ao Paraguai, pois Solano Lopes havia
invadido parte do território dos três paises.
A Guerra do Paraguai foi um genocídio, pois ao final do conflito
70% da população paraguaia tinha sido morta, tanto por batalhas quanto por
doença como o cólera, disseminada no meio da população civil pelo então chefe
militar brasileiro, Duque de Caxias.
Brasil, Argentina e Uruguai saíram vitoriosos da guerra, porém
totalmente endividados com a Inglaterra, e esta acabou com a concorrência dos
países sul americanos na corrida pela industrialização
Guerra de Secessão – E.U.A 1861-1865
O norte e o sul dos Estados Unidos tinha configurações sociais e
econômicas bastantes distintas. No sul a colonização foi de exploração, com
grandes latifúndios produzindo algodão para dar suporte as indústrias inglesas
e o uso abundante da mão de obra negra.
Já o norte, por não ter atrativos comerciais para os ingleses,
acabou se tornando colônia de povoamento, aonde os colonos tinham mais
liberdade na produção. Com isso o norte se industrializou e o sul não.
Após 1850, já não cabia mais manter escravos, pois a ordem
capitalista necessita de mão de obra assalariada.
No ano de 1860, chega ao poder o Democrata Abraão Lincoln.
Claramente abolicionista, Lincoln decreta o fim do trabalho compulsório no
país.
O sul reage e declara a separação do norte, formando assim um
outro país. O presidente não aceita tal rebeldia, e é declarada guerra contra o sul.
Norte industrializado levou a melhor na guerra, derrotado os
estados do sul tiveram que acatar o fim da escravidão, porém isso não impediu
que o racismo e a segregação racial continuasse a existir até o final dos anos
de 1960.
A Escravidão e o Segundo Império
Desde dos tempos do Iluminismo, a escravidão africana vinha
sendo questionada por aqui. A Conjuração Baiana e com exceção da Farroupilha,
todos os levantes populares apontavam para o fim da escravidão.
Porém, as elites agrárias sempre acabavam impondo sua vontade de
não dar liberdade aos negros, havia também um forte preconceito aos africanos,
e nas cidades, por conta de não saberem ler eram sempre rejeitados como mão de
obra.
A partir de 1850, por pressão dos ingleses ficou proibida a
entrada de novos africanos no território brasileiro, e a partir de 1860 um
forte movimento, oriundo dos liberais e intelectuais, apontava para a
desumanidade da instituição escravista.
Entre 1860-1880, clubes abolicionistas passaram a comprar
escravos e alforriá-los, ajudavam negros fugidos e promoviam fugas em massas na
senzalas.
A Lei Áurea não minimizou os problemas gerados pela escravidão,
pois os negros foram abandonados a sua sorte, já que não receberam terras para
se fixarem, no que melhor sabiam fazer, agricultura. Não receberam indenização
para recomeçarem a vida. Portanto, a Lei
Áurea tirou o negro da Senzala e o jogou nas favelas.
Fim do Império: A Queda de D. Pedro II
Após a Guerra do Paraguai, muita coisa mudou no Brasil. A nossa
indústria entrou em decadência, a agricultura vivia em crise e a dívida com a
Inglaterra triplicou, assim o imperador vê ruir os pilares que lhe davam
sustentação.
Questão Militar
|
Questão Religiosa
|
Questão Abolicionista
|
Após a vitória na Guerra do Paraguai, o Exército passou a
exigir mais atenção do imperador, pois sendo uma força que agregava muitos
pobres e negros, não recebiam a mesma atenção da Marinha.
Como o Imperador não se posicionou, iniciou-se dentro do
Exército uma nova lógica: o Positivismo.
A partir daí um grupo passou a questionar o imperador, e
retirou o apoio ao seu governo.
|
A Igreja Católica estava ligada ao governo imperial. Vigorava
o sistema do padroado, pelo qual os padres eram funcionários do governo. A
crise inicia-se, quando o papa Pio XI editou a Bula Syllabus, que condenava a
participação de católicos na maçonaria. Os bispos de Recife e Olinda
expulsaram alguns maçons de suas paróquias.
O imperador, que também era maçom, condenou a atitude dos
bispos.
Foi o suficiente para a Igreja retirar o apoio ao imperador.
|
Estava cada vez mais complicado manter a escravidão no país. O
mundo inteiro já havia rompido com essa forma de trabalho, e a pressão
inglesa cada vez mais forte, obrigou a princesa Isabel a assinar a lei que
poria fim a esse tipo de exploração.
Os fazendeiros se sentiram traídos pelo imperador e passaram a
apoiar o movimento republicano.
|
Sem os pilares que o sustentavam no poder, D.Pedro II sofre um
golpe de estado aplicado pelo Exército, em 15 de novembro de 1889, era o fim de
49 anos de poder.
A república não trouxe avanços significativos para o país, que
continuou agrário, latifundiário, monocultor. Nada mudará também na vida dos
pobres, pos continuaram a viver na mesma miséria de sempre.
Exercícios:
1.
Explique
a máxima: “Nada mais Conservador do que um Liberal no poder”.
2.
Por
que a Inglaterra era tão favorável ao fim da escravidão?
3.
Que
elementos vão gerar a Guerra do Paraguai?
4.
Que
diferenças havia entre as regiões sul e norte dos E.U.A,que geraram a Guerra de
Secessão?
5.
Identifique
a Tarifa Alves Branco e a Lei Euzébio de Queiroz, e onde essas duas medidas vão
auxiliar a industrialização do Brasil.
6.
Que
elementos vão colocar fim a monarquia no Brasil?
Período Regêncial-28/08 e 04/09-Segundo ano E.M
PERÍODO REGENCIAL 1831 - 1840
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil viveu um período
bastante turbulento, pois D. Pedro II era uma criança de 5 anos e não tinha
como governar. Portanto foi organizado no país, dentro do que previa a
Constituição, a Regência.
Neste período o país apontava com três blocos políticos
distintos:
·
Liberais
Moderados: eram fortes politicamente, representavam os interesses da elite
rural, no RJ, MG e SP. Tinham como objetivo a maior centralização do poder.
·
Liberais
Exaltados: formados por profissionais liberais, comerciantes e pequenos agricultores,
queriam maior autonomia entre as províncias.
·
Restauradores:
queriam a volta de D. Pedro I ao poder e tendiam ao absolutismo. Esta corrente
ideológica desapareceu após a morte de D. Pedro I, em 1834.
Regência Trina 1831-1834
Composta por membros do partido Moderador, era bastante
conservadora, se opunha aos liberais
exaltados e aos restauradores. Destaque para a atuação do padre Diego Feijó,
que cria a Guarda Nacional. Esta regência não dá respostas aos interesses
populares, e em 1834 é dissolvida através do Ato Adicional, que cria a Regência
Uma.
Regência Uma 1834-1840
Apesar da mudança, os problemas continuam, grande parte deles
gerados pela escravidão e pela pobreza do norte e nordeste do Brasil. Também
pesava muito os compromissos do Brasil com a Inglaterra, o que impedia a
burguesia brasileira de se expandir.
Deste modo, as tensões e crises agravavam, e o que veremos
durante toda década de 1830 são rebeliões populares.
As Rebeliões do Período Regencial
Cabanagem
PA / 1835-1840
|
Rev.dos Malês
BA/1835
|
Sabinada
BA/1835-1837
|
Farroupilha
RS/1835-1845
|
Balaiada
MA/1838-1841
|
Liderada pelos cabanos, que viviam as margens dos rios e
viviam da extração das drogas do sertão.
|
Liderada por escravos de origem árabes.
|
Liderada por profissionais
liberais e intelectuais.
|
Liderada por fazendeiros de gado, que sofriam com os altos
impostos sobre o charque.
|
Liderada por vaqueiros, artesãos e quilombolas
|
Participação de mestiços e indígenas.
|
Escravos.
|
Brancos
|
Brancos
|
Mestiços
|
Objetivo: proclamação da república, fim da escravidão e
melhoria nas condições de vida dos povos ribeirinhos.
|
Objetivo: fim da escravidão, proclamação da República.
|
Objetivo: proclamação da República nos moldes norte americano
e abolição da escravidão.
|
Objetivo: proclamação da República e separação do sul do país
do resto da federação.
Não tinha intenção de abolir a escravidão
|
Objetivo: proclamação da República e abolição da escravidão.
|
Repressão violentíssima por parte do exercíto. Tribos inteiras
foram exterminadas, e alto número de execuções.
|
Repressão violentíssima, não há registros de sobreviventes.
|
Repressão violenta, com muitas prisões e algumas execuções.
|
Batalhas violentas, mas no fim da guerra, não houve prisões e
execuções, e sim anistia aos rebeldes.
|
Repressão violenta com execuções, prisões e degredo.
|
A regência de Feijó não conseguiu resolver os atritos sociais,
mesmo com a repressão, revoltas pipocavam em todo território nacional, em 1837
assume o regente Pedro Araújo,um conservador que formulou a Lei Interpretativa,
com o objetivo de intervir nas províncias.
Porém, os liberais começaram a arquitetar uma forma de voltar ao
poder, através do imperador. É o golpe da maioridade. Assim em 1840 D. Pedro II
é aclamado imperador aos 15 anos de idade.
Exercícios:
1.
Aponte
a configuração política do período regencial.
2.
Por
que a década de 1830 foi marcada por inúmeras revoltas populares no Brasil?
3.
Por
que motivo a Regência Trina foi substituída pela regência Uma?
4.
Escolha
uma das revoltas do período regencial e a descreva.
5.
Por
que os Liberais forçaram a coroação de D. Pedro II aos 15 anos de idade?
Golpe Militar de 1964-aula de 16-23-30/09 e 07-14/10 3° ano do E.M
BRASIL: O GOLPE MILITAR DE 1964
Como
já vimos anteriormente, o governo de João Goulart era frágil, pois não contava
com o apoio das elites e nem da confiança das massas populares. O momento
histórico também não era dos mais favoráveis, pois com a CIA infiltrada em
todos os governos da América Latina, faltava liberdade de ação.
É
neste contexto, que após o Ato Político de 13/03, na Central do Brasil, aonde o
presidente afirmava o compromisso com as reformas de base, e a resposta da ala
conservadora com a Marcha com Deus pela Família, Jango é derrubado pelos
militares com claro apoio da CIA, em 31 de março de 1964, as tropas do I
Exército em MG, organiza e entra no Rio de Janeiro, para depor o presidente. O
III Exército no RS, tenta reação, mas o presidente deixa o cargo para que não
ocorra uma guerra civil no país.
A
Ditadura Envergonhada 1964-1967
Logo
após o Golpe, a Constituição é ignorada e o país passa a ser governado por Atos
Institucionais, os Ais.
1964:
é editado o AI nº1, fecha o Congresso,
cassa os direitos políticos de JK, Jânio Quadros, todos os senadores e
deputados e João Goulart é exilado no Uruguai. Fecha grêmios estudantis,
organizações camponesas e sindicatos.
em abril o Congresso escolhe por eleição
indireta, o general Castelo Branco para
presidente do país. Já está instituída prisões arbitrárias, tortura e censura
aos meios de comunicação.
1965: são realizadas eleições para
governadores, a oposição ganha em quase todos os estados elegendo a maioria dos
cargos. O governo reage editando o AI nº 2, que acabava com os partidos
políticos, criando o bipartidarismo: MDB (Movimento Democrático Brasileiro –
oposição) e a ARENA ( Aliança Renovadora Nacional – situação). Na prática são
os partidos do sim, senhor e sim, sim, senhor.
1966: o grupo de militares denominados “linha
dura”, ganham mais espaço quando é editado o AI nº 3, que estabelece as
eleições indiretas para presidente da república, governadores de estado e
prefeitos. Castelo Branco endurece ainda mais ao editar o AI nº 4, que
promulgou a Lei de Imprensa, a censura prévia e cria a Lei de Segurança
Nacional, aonde caí o hábeas Corpus e qualquer pessoa poderia ser presa para
“averiguações”.
1967:
O Congresso é reaberto para que fosse promulgada a Constituição, neste ano novo
presidente é escolhido, desta vez a “linha dura” chegava ao poder na figura de
Costa e Silva. A oposição ao regime militar crescia, até mesmo antigos
apoiadores do golpe em 64, passaram a criticar o regime autoritário dos
militares, é criada a Frente Ampla que reúne todo tipo de gente, até mesmo
Carlos Lacerda que tinha apoiado o golpe.
A
Ditadura Escancarada: 1968-1977
O ano
de 1968, é marcado por vários acontecimentos pelo mundo a fora, a esquerda
vinha crescendo em muitos países.
Na
França: o Partido Comunista Francês, numa aliança estudante-operário-camponês,
marcaram presença por quase dois meses em Paris, com atritos severos entre os
manifestantes e as forças aliadas de De Gaulle. Foi o famoso maio de 68 em
Paris.
Na
techeslováquia, a juventude se opunha à força bruta do Partido Comunista Russo,
que impedia avanços na liberdade do país.
No
Vietnã, a batalha de Tiev era ganha pelos vitecongues, mostrando que a
supremacia americana não era nada, perto da criatividade e determinação de um povo.
Nos
EUA, a guerra com o Vietnã, levava inúmeras passeatas quase que diárias contra
a guerra. Os Panteras Negras, grupo marxista que lutava pelo fim da segregação
racial, cresce cada dia. Martin Luter king, líder negro pacifista e Robert
Kennedy, senador branco são assassinados pelos agentes da Cia. King por ser
negro e liderar a campanha pelo fim da segregação e Kennedy por apoiá-lo.
As
mulheres do mundo inteiro lutam por igualdade social, profissional e liberdade
de expressão e escolha. Esse foi um ano que marcou muitas mudanças.
No
Brasil, a resistência ao regime militar crescia de forma assustadora. Em março,
estudantes protestam pela melhoria da comida servida no restaurante calabouço,
bandejão da UFRJ, a polícia invade o local e o estudante secundarista, Edson
Luis é morto. O enterro do rapaz foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas. No
dia da missa de 7º dia, a polícia invade a Igreja da Candelária, prendendo e
batendo em todos que lá estavam.
Em
junho, acontece a Passeata dos Cem Mil, com a presença de líderes políticos,
intelectuais e artistas. O Rio de Janeiro estava neste movimento.
Em
outubro, desafiando a ditadura a UNE (União Nacional dos Estudantes), proibida
desde 64, organizou o seu 30º Congresso em Ibiúna (SP), em MG e SP, os
trabalhadores fizeram uma grande greve com a participação de 25 mil operários.
O Brasil se levantava contra o Golpe.
Diante
de tanta organização , Costa e Silva edita o pior dos Ais, o AI nº 5, em 13 de
dezembro de 1968.
O
AI5, foi considerado o Golpe dentro do Golpe, pois por meio dele, o presidente
fechou o Congresso, a justiça foi amordaçada, já que não havia hábeas corpus e
muito menos julgamento para crimes políticos, a tortura foi institucionalizada
causando inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas.
A juventude
deixa de protestar pacificamente e vai para luta armada, assaltos a banco e
seqüestros de personalidades estrangeiras, forçando os generais a negociar.
1969:
Costa e Silva vem a falecer, subindo ao poder Ernesto Garrastazu Médici, também
ligado a “linha dura”. Neste período o DOPS ( Departamento de Ordem Pública e
Social) e o Doi-Codi (Departamento de Operações Internas e Centro de Operações
de defesa Interna) prendem, torturam e matam qualquer pessoas que se opusesse
ao regime militar.
O
Milagre Econômico
Enquanto
a ditadura matava os dissidentes, o governo maquiava a economia. Nos anos de
1967-1974, a inflação ficou controlada e o PIB cresceu. Na verdade, o que se
fez foi aplicar recursos em obras públicas, muitas delas desnecessárias, tais
como: a Transamazônica, seria uma via expressa, que ligaria o extremo norte do
país ao Centro sul. Nunca foi concluída. A Hidrelétrica de Itaipu, que gera energia para o Paraguai ,
a Ponte Costa e Silva(Rio Niterói) e a Construção da Via Dutra, ligando o Rio à
SP. Essas obras foram financiadas pelo
capital estrangeiro, gerando uma imensa dívida externa.
A
partir de 1973, o milagre vai virando pesadelo, pois com a crise do Petróleo no
Oriente Médio, o milagre econômico brasileiro foi se transformando em pesadelo
nacional, pois o país não conseguia arcar com os custos de suas obras
faraônicas.
Da Ditadura à Abertura: 1974-1979
1974:
Nova eleição indireta elege o gen. Ernesto Geisel, este tinha um perfil
diferente dos antecessores era autoritário e centralizador, porém fazia parte
da ala moderada do exército.
Pretendia
avançar na redemocratização do país, e o primeiro passo foram as eleições
parlamentares diretas, aonde a oposição ganhou a maioria dos cargos.
1975:
o diretor da TV Cultura, Wladimir Herzog é assassinado sob tortura e alguns
meses depois o operário Manuel Fiel Filho tem o mesmo destino.
1976:
eleições municipais deram ampla vitória a oposição, o governo reagiu utilizando
mecanismos do AI5, fechou novamente o Congresso.
1977:
é editado o Pacote de Abril, pelas normas regras, as eleições de senadores
deveriam ser feitas pela Assembléia e não mais de forma direta. São os senadores biônicos.
1978:
é revogado o AI5, a partir de agora o Congresso não mais poderia ser fechado e
não podiam prender pessoas sem provas concretas. Neste ano no ABC paulista
estoura a greve dos metalúrgicos, que
não só paralisou o país como fez aparecer um novo líder político: Luís Inácio
Lula da Silva.
Inicia
a transição de abertura, lenta, gradual e segura.
Redemocratização:
1979-1985
1979:
novo presidente eleito,ainda de forma indireta, o gen. João Baptista de
Figueiredo conclui o processo de abertura concedendo a anistia aos presos e exilados políticos.
Retorna ao país políticos e intelectuais
expulsos pela ditadura, músicas peças teatrais e programas de tv sofrem menos
cortes dos censores.
1980:
inconformados com a abertura, a linha dura do exército tenta prejudicar o retorno a democracia. Um
atentado frustrado a bomba no Riocentro,
aonde ocorria um festival de música no feriado de 1º de maio. A bomba explodiu
antes do tempo matando o militar que a carregava. E outro atentado a OAB(Ordem
dos Advogados do Brasil) matou uma secretária.
1981/82/83:
marcados por grande recessão econômica, desemprego, dívidas com o FMI e inflação
galopante.
1984:
Seria hora de novas eleições, nas grandes capitais inicia o movimento pelas
diretas já, o deputado Dante de Oliveira enviou uma emenda ao Congresso que
previa eleições livres em 1984. Grandes comícios ocorreram em todo país, mas a
emenda foi derrotada no Congresso.
1985-1990:
nova eleição, ainda pelo Colégio eleitoral reunia Paulo Maluf apoiado pelos
militares e Tancredo Neves, apoiado pela esquerda. Tancredo vence as eleições,
porém morre antes de assumir o governo.
Toma
posse Jose Sarney, vice de Tancredo . Inicia-se a nova República.
Nos
próximos cinco anos, o Brasil viverá sua pior crise econômica, greves pipocam
no país inteiro. Sarney é um presidente frágil, pois não conta com o apoio dos
militares e muito menos do povo.
1989:
ocorrem as primeira eleições livres desde 1960. Presidente, governadores e
senadores disputavam a maior eleição realizada em 29 anos.
No
segundo turno a disputa entre Luis
Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, através de fraudes Collor é
eleito presidente. Collor havia sido senador biônico por Alagoas, durante a
ditadura.
Brasil democrático 1990-2010
1990-1992: Fernando Collor
protagoniza os maiores escândalos de corrupção já vistos no país. Recessão,
desemprego,confisco de bens e salários marcam seu governo. Em 1992, um grande
escândalo de corrupção leva o Congresso a
votar o impeachment do presidente.
1992-1994: Itamar fraco, vive de
Collor leva o país até as próximas eleições. O min. Da fazenda Fernando
Henrique Cardoso, lança o Plano Real em 1993, que congelava salários e tentava
combater a inflação através da correção pela URV. Em 1994 é lançado o Real, que
deveria ser uma moeda forte e equivaleria a um dólar.
1994-2002:Fernando Henrique
Cardoso é eleito presidente da República no primeiro mandato 1994-98, é
implantado o Real, a euforia da nova moeda dá a sensação de poder de compra,
porém a inflação não esta controlada e sim maquiada.
1998-2002: segundo mandato de
FHC, a inflação retorna com força total, neste período são privatizadas as
ultimas empresas lucrativas do governo, tais como Vale do Rio Doce, Ligth e
Setor telefônico. A dívida com o FMI aumenta em 100%.
2002-2006: novas eleições, levam
em fim Luís Inácio Lula da Silva ao poder. Entre 2002-2006, seu governo paga a dívida como FMI, porém é marcado com
casos gritantes de corrupção.
2006-2010: segundo mandato de
Lula é marcado por obras assistencialistas como PAC, projetos como Bolsa Escola
e Cheque Cidadão. Não podemos afirmar que não houve crescimento econômico,
porém não reduziu a miséria.
2010-2012: o PT continua no
poder, com a eleição da Primeira mulher presidente no país: Dilma Roussef. Num
governo que pouco se viu mudanças na ordem social e política do país.
Manutenção dos projetos assistencialista e muita corrupção.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Recado aos alunos
Olá Alunos das turnas de 2 e 3 ano do Comp. Manacéia José de Andrade
Espero que vocês estejam fazendo os exercícios propostos, pois valerão como nota do 3 °bimestre.
Quem já tiver trabalhos de música e exercícios prontos e quiserem me enviar por e-mal, pode fazer.
denisehis@gmail.com
Espero que a greve não se prolongue muito, mas vocês devem estar acompanhando pela Tv, que o governo ainda não cedeu o mais importante da luta, que é a volta da carga horária de 2004 e o nosso plano de carreira.
Até a volta!
Espero que vocês estejam fazendo os exercícios propostos, pois valerão como nota do 3 °bimestre.
Quem já tiver trabalhos de música e exercícios prontos e quiserem me enviar por e-mal, pode fazer.
denisehis@gmail.com
Espero que a greve não se prolongue muito, mas vocês devem estar acompanhando pela Tv, que o governo ainda não cedeu o mais importante da luta, que é a volta da carga horária de 2004 e o nosso plano de carreira.
Até a volta!
28/08 e 01/09-Aula 2° ano E.M Primeiro Reinado
PRIMEIRO REINADO 1822-1831
Proclamada a independência o príncipe regente foi aclamado imperador
do Brasil, passando a utilizar o título de D. Pedro II, restava agora a tarefa
de organizar e administrar o país.
O Reconhecimento da Nova Nação
A independência do Brasil ocorreu sem muita participação
popular, e o fato de ser uma monarquia com um rei português dificultou o
reconhecimento do país pelos demais países da América.
A Argentina reconhece o Brasil em 1823, os E. U.A, em 1824
dentro da lógica da Doutrina Monroe, que pregada o seguinte lema: “ A América é para os
americanos.”O México em 1825, mesmo ano que com a intervenção da Inglaterra,
Portugal aceita a independência do Brasil mediante ao pagamento de uma indenização, paga pelos ingleses,
trazendo mais endividamento e menos
autonomia ao Brasil.
A Constituição de 1824
A Assembléia Constituinte foi convocada em 1822, mas só começou
os trabalhos em 1823. As divergências foram aflorando ao longo da elaboração da
Constituição entre os monarquistas centralizadores, que desejavam mais poder ao
imperador e os liberais, que queriam liberdade política e econômica. As
principais reivindicações eram:
·
Anticolonialismo:
o afastamento do Brasil de Portugal, para que não houvesse nenhuma chance de
voltar o Pacto colonial.
·
Antiabsolutismo:
diminuição do poder nas mãos do imperador para que os liberais tivessem mais
espaço político.
·
Voto
censitário: somente podia votar quem tivesse renda superior a 400 mil réis.
D. Pedro II não aceitou as normas impostas pela Constituição, e
em 1824, fecha o Congresso e ele mesmo cria uma Constituição para o Brasil. Nela
os poderes ficam assim divididos:
Imperador: Poder Moderador e Poder
Executivo
Deputados e Senadores: Poder Legislativo
Juízes indicados pelo imperador: Poder
Judiciário
As Rebeliões do Primeiro Império
A Confederação do Equador
As atitudes de D. Pedro II, não eram bem
aceitas pelos liberais, e neste contexto a província de Pernambuco, que ainda
não apagara a Revolução Pernambucana de 1817, levantou-se contra as medidas
adotadas pelo imperador.
Liderados
pelo frei Caneca, religioso de grande aceitação popular, a Confederação do
Equador recebe adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo
de proclamar a República e abolir a escravidão, essa revolta toma um corpo
muito importante, e só é sufocada em
1824, com a ajuda do mercenário inglês Lorde Cocharne. Muitas execuções são
efetuadas, inclusive a do frei Caneca.
A Guerra da Cisplatina
A região da Cisplatina (hoje Uruguai),
sempre foi objeto de desejo dos brasileiros, sendo anexado ao Rio Grande do Sul
em 1820 por Portugal. Porém em 1825, a população, que tinha cultura Própria se
livra da Espanha e não aceita ficar subjugada à D. Pedro. O imperador não
aceita perder o território e manda tropas para lá. Porém interessava a
Inglaterra que todas as regiões na América do Sul fossem livres, para que ela
pudesse dominar economicamente. Sendo assim, a Inglaterra reconhece a
independência do Uruguai e manda D. Pedro retirar a tropas do território. É uma
derrota vergonhosa para o todo poderoso imperador.
Abdicação de D. Pedro I
Os problemas enfrentados pelo imperador
são muitos.
No campo econômico: inflação alta por
conta da dívida externa coma Inglaterra, agravada ainda mais com a derrota
vergonhosa na Guerra da Cisplatina e do desfecho da Confederação do Equador.
No campo político: insatisfação popular
com o uso indiscriminado do Poder Moderador, e da centralização do poder.
No campo social: grande pobreza da
população em contraste com o luxo da corte, sem falar nos escândalos provocados
pela presença de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante assumida de
D. Pedro.
D. Pedro I, conseguiu desagradar todos
os setores da sociedade. Os jornais caiam de pau em cima do imperador, e o
assassinato do jornalista Líbero Badaró só pioraram ainda mais a situação do
imperador. Em 1831, uma grande manifestação popular se transforma em
pancadaria: é à noite das garrafadas, entre portugueses e brasileiros. Sem
condição de continuar a frente do país, D. Pedro abdica ao trono em favor do
filho D. Pedro de Alcântara, que só
tinha cinco anos.
Exercícios:
1.
Por
que as nações latino americanas tiveram problema em reconhecer a independência
do Brasil?
2.
O
que está embutido na lógica da Doutrina Monroe?
3.
Que
pontos foram elaborados pela Assembléia Constituinte, que desagradou o
imperador?
4.
Qual
a função o poder Moderador?
5.
Que
motivos levaram a revolta em Pernambuco?
6.
Que
interesses motivaram a derrota do Brasil na guerra da Cisplatina?
7.
Quais
os motivos que levaram D. Pedro I a abdicar do trono?
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Aula 22.08.13-2°ano E.M:Processo de Independência da América Espanhola
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA
ESPANHOLA
Como já vimos, as colônias européia na América, sofriam com o
rígido pacto colonial e com o mercantilismo. Na medida em que o absolutismo vai
perdendo terreno para o capitalismo, esse modelo ficará desgastado e com a
ajuda das crises promovidas por Napoleão e a necessidade da Inglaterra buscar
mais mercados consumidores para seus produtos, essas colônias serão induzidas a
se libertarem de suas metrópoles.
A Luta Pela Independência da América Espanhola
Como vimos à sociedade colonial latino americana era formada por
três classes sociais:
Chapetones: cidadãos nascidos na Espanha, que detinham as
melhores terras e os postos políticos.
Crioullos: descendentes de espanhóis nascidos na América tinham
terras, mas não tinham poder político.
Mestiços: índios e negros, normalmente escravos, não tinham nem
terras e nem poder político.
Quando Napoleão derrubou o rei espanhol e colocou no trono da
Espanha, seu irmão José, foi o momento para as colônias começarem a se separar.
Com a Espanha enfraquecida, lutando internamente para reaver seu
trono, os crioullos iniciaram a luta pela independência.
·
1810-
independência da Argentina – Simon Bolívar.
·
1817-
independência do Chile- Bernando O’Higgins.
·
1821-independência
do México – Augustin Itúrbie
·
1821-independência
do Peru-San Martín.
·
1824
-independência da Venezuela e Colômbia- Simon Bolívar
·
1824-independência
do Peru e Bolívia –Simon Bolívar e San Martin
Na verdade todo esse processo não levou
a América espanhola a uma independência econômica, pois para cada novo país que
ia surgindo, os problemas eram os mesmos:
compromisso econômico coma Inglaterra, grandes porções de terra nas mãos
de poucos e uma massa enorme da população na miséria.
Durante todo século XIX e boa parte do
século XX, essa região foi palco de ditadores ou caudilhos,que nada fizeram
para desenvolver realmente a região.
Exercícios:
1.
Com
se deu o processo de emancipação da América espanhola?
2.
Que
interesses estavam por trás deste movimento?
3.
Descreva
as classes sociais que exerciam poder na América espanhola.
4.
Por
que a independência da América espanhola não garantiu desenvolvimento para a
região?
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