segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Projeto Aquarela Brasileira Fotos




























Porjeto Aquarela Brasileira, vídeo das turmas.

Infelizmente o meu canal you tube é de um endereço e o blog de outro. Sendo assim, não pude passar com a miniaturas, mas os endereços estão aí, vão se ver...Vão ver o trabalho bonito que vcs fizeram.


https://www.youtube.com/watch?v=fhwrrjlJ-4U

https://www.youtube.com/watch?v=IVItm6oXWSU

https://www.youtube.com/watch?v=5XdNZ2hThN8

https://www.youtube.com/watch?v=xDakSbFkS28

https://www.youtube.com/watch?v=wnMs866krXI

http://youtu.be/_4x4Vj6B5_o

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

29/19-06-13-27/11 Segundo Reinado 1840/1889

SEGUNDO REINADO – 1840/1889

D. Pedro II e a busca pela estabilidade

Não é a toa que o Segundo Império é permeado pela seguinte máxima: “Nada mais Conservador do que um liberal no poder”.
D. Pedro II compôs seu gabinete com políticos liberais e conservadores, na busca pelo equilíbrio alterna as duas frentes políticas no poder. Neste compasso conseguirá governar com uma certa tranqüilidade.

Revolução Praieira – PE 1848/1850
Novamente Pernambuco volta à cena política com mais uma tentativa de romper com o poder pré-estabelecido.
A Província, que foi grande produtora de açúcar no passado, porém com o declínio do produto no mercado internacional, a elite agrária pernambucana não consegue mais a atenção do governo para os seus interesses.
Em 1848, um grupo ligado aos produtores e a intelectuais, lançam mais um ato de rebeldia. É a Revolução Praieira, que se inicia no Recife e se estende pelo interior.
A revolta acaba saindo da mãos da elite e toma uma configuração mais social, com boiadeiros, escravos, mestiços e artesões. A reivindicação básica é a proclamação da República e o fim da escravidão. A elite abandona o movimento, e as tropas leais ao imperador sufocam o movimento, com a ajuda da Guarda Nacional.

Consolidação do Império

Sanada esta revolta, o país chega a década de 1850, na Europa desponta a segunda revolução Industrial, é a vez das máquinas substituindo o trabalho humano, e produzindo cada vez mais. A Inglaterra, principal país industrializado continua exercendo poder nas decisões da política brasileira. Por isso se faz necessário mudanças na política brasileira.
D.Pedro II, cria o Conselho de Ministros, é uma tentativa de introduzir o parlamentarismo no Brasil. Porém, através de jogadas políticas, D. Pedro II acaba controlando mais o poder do que seus ministros, já que é o imperador quem os indica, aos invés de eleição. É o Parlamentarismo às avessas.


Café e o Futuro da Nação

O Brasil modernizava-se, mas não deixava de ser um país tipicamente agrário. Na década de 1820, chega ao Brasil as primeira mudas de café.
Nas décadas de 1830 a 1850, o oeste paulista é tomado pelo novo produto e as safras batem todos os recordes. Em 1860, o Porto de Santos é o mais movimentado na região para a exportação do produto.
Entre os anos de 1850- 1870, uma nova mentalidade começa a surgir entre os cafeicultores, a do trabalho livre e assalariado.
O governo brasileiro faz campanhas para atrair imigrantes europeus para o trabalho nas fazendas, através da Sociedade Auxiliadora de Colonização e Imigração.
É por conta do café, que os ingleses começam a investir pesado na construção de ferrovias no Oeste paulista, para auxiliar no escoamento da produção.

O Alvorecer da Industrialização

Por imposição da Inglaterra, que não via mais interesse em manter a escravidão, em 1850 é editada a Lei Euzébio de Queiroz, proibindo o tráfico a entrada de escravos vindo d’África. O sucesso da expansão do café e a liberação de enormes somas de capital, vindas do tráfico negreiro iriam impulsionar a indústria.
Em 1844, uma alteração alfandegária estabeleceu alíquotas de imposto que tentavam proteger  a industrialização brasileira. É a Tarifa Alves Branco. Essa duas medidas vão ajudar o Brasil a entrar na era da industrialização, com efeito, entre 1850-1870, o Brasil irá conhecer um grande avanço tecnológico nos setores de navegação, iluminação, serviços de transporte e outros.
A Guerra do Paraguai (1865-1870), estimulou a indústria naval brasileira, e a Guerra de Secessão (E.U.A 1861-1865), estimularam a produção de algodão e a indústria têxtil.
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, soube aproveitar bem esse momento econômico, trazendo para o país um progresso nunca visto. Porém ao final da Guerra do Paraguai, a tarifa Alves Branco deixa de existir, e Mauá não consegue  concorrer com a Inglaterra. A maioria de suas empresas faliu ou são compradas por ingleses.



Guerra do Paraguai 1865- 1870

O Paraguai ao se independer da Espanha, torna-se um país altamente industrializado, não dependendo de outros países para obter matéria prima. O ditador Solano Lopes expandiu as indústrias de ferro e têxtil, tornando-se o maior concorrente direto da Inglaterra na América do Sul. Porém o Paraguai não tinha saída para o mar, o que dificultava o escoamento da sua produção.
Em maio de 1865, insuflados pela Inglaterra, o Brasil, a Argentina e o Uruguai declaram guerra ao Paraguai, pois Solano Lopes havia invadido parte do território dos três paises.
A Guerra do Paraguai foi um genocídio, pois ao final do conflito 70% da população paraguaia tinha sido morta, tanto por batalhas quanto por doença como o cólera, disseminada no meio da população civil pelo então chefe militar brasileiro, Duque de Caxias.
Brasil, Argentina e Uruguai saíram vitoriosos da guerra, porém totalmente endividados com a Inglaterra, e esta acabou com a concorrência dos países sul americanos na corrida pela industrialização

Guerra de Secessão – E.U.A 1861-1865
O norte e o sul dos Estados Unidos tinha configurações sociais e econômicas bastantes distintas. No sul a colonização foi de exploração, com grandes latifúndios produzindo algodão para dar suporte as indústrias inglesas e o uso abundante da mão de obra negra.
Já o norte, por não ter atrativos comerciais para os ingleses, acabou se tornando colônia de povoamento, aonde os colonos tinham mais liberdade na produção. Com isso o norte se industrializou e o sul não.
Após 1850, já não cabia mais manter escravos, pois a ordem capitalista necessita de mão de obra assalariada.
No ano de 1860, chega ao poder o Democrata Abraão Lincoln. Claramente abolicionista, Lincoln decreta o fim do trabalho compulsório no país.
O sul reage e declara a separação do norte, formando assim um outro país. O presidente não aceita tal rebeldia,  e é declarada guerra contra o sul.
Norte industrializado levou a melhor na guerra, derrotado os estados do sul tiveram que acatar o fim da escravidão, porém isso não impediu que o racismo e a segregação racial continuasse a existir até o final dos anos de 1960.
A Escravidão e o Segundo Império

Desde dos tempos do Iluminismo, a escravidão africana vinha sendo questionada por aqui. A Conjuração Baiana e com exceção da Farroupilha, todos os levantes populares apontavam para o fim da escravidão.
Porém, as elites agrárias sempre acabavam impondo sua vontade de não dar liberdade aos negros, havia também um forte preconceito aos africanos, e nas cidades, por conta de não saberem ler eram sempre rejeitados como mão de obra.
A partir de 1850, por pressão dos ingleses ficou proibida a entrada de novos africanos no território brasileiro, e a partir de 1860 um forte movimento, oriundo dos liberais e intelectuais, apontava para a desumanidade da instituição escravista.
Entre 1860-1880, clubes abolicionistas passaram a comprar escravos e alforriá-los, ajudavam negros fugidos e promoviam fugas em massas na senzalas.

A Lei Áurea não minimizou os problemas gerados pela escravidão, pois os negros foram abandonados a sua sorte, já que não receberam terras para se fixarem, no que melhor sabiam fazer, agricultura. Não receberam indenização para recomeçarem a vida. Portanto,  a Lei Áurea tirou o negro da Senzala e o jogou nas favelas.


Fim do Império: A Queda de D. Pedro II

Após a Guerra do Paraguai, muita coisa mudou no Brasil. A nossa indústria entrou em decadência, a agricultura vivia em crise e a dívida com a Inglaterra triplicou, assim o imperador vê ruir os pilares que lhe davam sustentação.
Questão Militar
Questão Religiosa
Questão Abolicionista
Após a vitória na Guerra do Paraguai, o Exército passou a exigir mais atenção do imperador, pois sendo uma força que agregava muitos pobres e negros, não recebiam a mesma atenção da Marinha.
Como o Imperador não se posicionou, iniciou-se dentro do Exército uma nova lógica: o Positivismo.
A partir daí um grupo passou a questionar o imperador, e retirou o apoio ao seu governo.
A Igreja Católica estava ligada ao governo imperial. Vigorava o sistema do padroado, pelo qual os padres eram funcionários do governo. A crise inicia-se, quando o papa Pio XI editou a Bula Syllabus, que condenava a participação de católicos na maçonaria. Os bispos de Recife e Olinda expulsaram alguns maçons de suas paróquias.
O imperador, que também era maçom, condenou a atitude dos bispos.
Foi o suficiente para a Igreja retirar o apoio ao imperador.
Estava cada vez mais complicado manter a escravidão no país. O mundo inteiro já havia rompido com essa forma de trabalho, e a pressão inglesa cada vez mais forte, obrigou a princesa Isabel a assinar a lei que poria fim a esse tipo de exploração.
Os fazendeiros se sentiram traídos pelo imperador e passaram a apoiar o movimento republicano.
Sem os pilares que o sustentavam no poder, D.Pedro II sofre um golpe de estado aplicado pelo Exército, em 15 de novembro de 1889, era o fim de 49 anos de poder.
A república não trouxe avanços significativos para o país, que continuou agrário, latifundiário, monocultor. Nada mudará também na vida dos pobres, pos continuaram a viver na mesma miséria de sempre.

Exercícios:
1.     Explique a máxima: “Nada mais Conservador do que um Liberal no poder”.
2.     Por que a Inglaterra era tão favorável ao fim da escravidão?
3.     Que elementos vão gerar a Guerra do Paraguai?
4.     Que diferenças havia entre as regiões sul e norte dos E.U.A,que geraram a Guerra de Secessão?
5.     Identifique a Tarifa Alves Branco e a Lei Euzébio de Queiroz, e onde essas duas medidas vão auxiliar a industrialização do Brasil.
6.     Que elementos vão colocar fim a monarquia no Brasil?



Período Regêncial-28/08 e 04/09-Segundo ano E.M

PERÍODO REGENCIAL 1831 - 1840

Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil viveu um período bastante turbulento, pois D. Pedro II era uma criança de 5 anos e não tinha como governar. Portanto foi organizado no país, dentro do que previa a Constituição, a Regência.
Neste período o país apontava com três blocos políticos distintos:

·        Liberais Moderados: eram fortes politicamente, representavam os interesses da elite rural, no RJ, MG e SP. Tinham como objetivo a maior centralização do poder.
·        Liberais Exaltados: formados por profissionais liberais, comerciantes e pequenos agricultores, queriam maior autonomia entre as províncias.
·        Restauradores: queriam a volta de D. Pedro I ao poder e tendiam ao absolutismo. Esta corrente ideológica desapareceu após a morte de D. Pedro I, em 1834.

Regência Trina 1831-1834

Composta por membros do partido Moderador, era bastante conservadora, se opunha aos  liberais exaltados e aos restauradores. Destaque para a atuação do padre Diego Feijó, que cria a Guarda Nacional. Esta regência não dá respostas aos interesses populares, e em 1834 é dissolvida através do Ato Adicional, que cria a Regência Uma.

Regência Uma 1834-1840

Apesar da mudança, os problemas continuam, grande parte deles gerados pela escravidão e pela pobreza do norte e nordeste do Brasil. Também pesava muito os compromissos do Brasil com a Inglaterra, o que impedia a burguesia brasileira de se expandir.
Deste modo, as tensões e crises agravavam, e o que veremos durante toda década de 1830 são rebeliões populares.




As Rebeliões do Período Regencial

   Cabanagem
PA / 1835-1840
Rev.dos Malês
    BA/1835
  Sabinada
BA/1835-1837
Farroupilha
RS/1835-1845
   Balaiada
MA/1838-1841
Liderada pelos cabanos, que viviam as margens dos rios e viviam da extração das drogas do sertão.
Liderada por escravos de origem árabes.
Liderada por  profissionais liberais e intelectuais.
Liderada por fazendeiros de gado, que sofriam com os altos impostos sobre o charque.
Liderada por vaqueiros, artesãos e quilombolas
Participação de mestiços e indígenas.
Escravos.
Brancos
Brancos
Mestiços
Objetivo: proclamação da república, fim da escravidão e melhoria nas condições de vida dos povos ribeirinhos.
Objetivo: fim da escravidão, proclamação da República.
Objetivo: proclamação da República nos moldes norte americano e abolição da escravidão.
Objetivo: proclamação da República e separação do sul do país do resto da federação.
Não tinha intenção de abolir a escravidão
Objetivo: proclamação da República e abolição da escravidão.
Repressão violentíssima por parte do exercíto. Tribos inteiras foram exterminadas, e alto número de execuções.
Repressão violentíssima, não há registros de sobreviventes.
Repressão violenta, com muitas prisões e algumas execuções.
Batalhas violentas, mas no fim da guerra, não houve prisões e execuções, e sim anistia aos rebeldes.
Repressão violenta com execuções, prisões e degredo.




A regência de Feijó não conseguiu resolver os atritos sociais, mesmo com a repressão, revoltas pipocavam em todo território nacional, em 1837 assume o regente Pedro Araújo,um conservador que formulou a Lei Interpretativa, com o objetivo de intervir nas províncias.
Porém, os liberais começaram a arquitetar uma forma de voltar ao poder, através do imperador. É o golpe da maioridade. Assim em 1840 D. Pedro II é aclamado imperador aos 15 anos de idade.

Exercícios:

1.     Aponte a configuração política do período regencial.
2.     Por que a década de 1830 foi marcada por inúmeras revoltas populares no Brasil?
3.     Por que motivo a Regência Trina foi substituída pela regência Uma?
4.     Escolha uma das revoltas do período regencial e a descreva.
5.     Por que os Liberais forçaram a coroação de D. Pedro II aos 15 anos de idade?







Golpe Militar de 1964-aula de 16-23-30/09 e 07-14/10 3° ano do E.M

BRASIL: O GOLPE MILITAR DE 1964

Como já vimos anteriormente, o governo de João Goulart era frágil, pois não contava com o apoio das elites e nem da confiança das massas populares. O momento histórico também não era dos mais favoráveis, pois com a CIA infiltrada em todos os governos da América Latina, faltava liberdade de ação.
É neste contexto, que após o Ato Político de 13/03, na Central do Brasil, aonde o presidente afirmava o compromisso com as reformas de base, e a resposta da ala conservadora com a Marcha com Deus pela Família, Jango é derrubado pelos militares com claro apoio da CIA, em 31 de março de 1964, as tropas do I Exército em MG, organiza e entra no Rio de Janeiro, para depor o presidente. O III Exército no RS, tenta reação, mas o presidente deixa o cargo para que não ocorra uma guerra civil no país.

A Ditadura Envergonhada 1964-1967

Logo após o Golpe, a Constituição é ignorada e o país passa a ser governado por Atos Institucionais, os Ais.
1964: é editado o AI nº1,  fecha o Congresso, cassa os direitos políticos de JK, Jânio Quadros, todos os senadores e deputados e João Goulart é exilado no Uruguai. Fecha grêmios estudantis, organizações camponesas e sindicatos.
 em abril o Congresso escolhe por eleição indireta, o  general Castelo Branco para presidente do país. Já está instituída prisões arbitrárias, tortura e censura aos meios de comunicação.
 1965: são realizadas eleições para governadores, a oposição ganha em quase todos os estados elegendo a maioria dos cargos. O governo reage editando o AI nº 2, que acabava com os partidos políticos, criando o bipartidarismo: MDB (Movimento Democrático Brasileiro – oposição) e a ARENA ( Aliança Renovadora Nacional – situação). Na prática são os partidos do sim, senhor e sim, sim, senhor.
 1966: o grupo de militares denominados “linha dura”, ganham mais espaço quando é editado o AI nº 3, que estabelece as eleições indiretas para presidente da república, governadores de estado e prefeitos. Castelo Branco endurece ainda mais ao editar o AI nº 4, que promulgou a Lei de Imprensa, a censura prévia e cria a Lei de Segurança Nacional, aonde caí o hábeas Corpus e qualquer pessoa poderia ser presa para “averiguações”.



1967: O Congresso é reaberto para que fosse promulgada a Constituição, neste ano novo presidente é escolhido, desta vez a “linha dura” chegava ao poder na figura de Costa e Silva. A oposição ao regime militar crescia, até mesmo antigos apoiadores do golpe em 64, passaram a criticar o regime autoritário dos militares, é criada a Frente Ampla que reúne todo tipo de gente, até mesmo Carlos Lacerda que tinha apoiado o golpe.

A Ditadura Escancarada: 1968-1977

O ano de 1968, é marcado por vários acontecimentos pelo mundo a fora, a esquerda vinha crescendo em muitos países.
Na França: o Partido Comunista Francês, numa aliança estudante-operário-camponês, marcaram presença por quase dois meses em Paris, com atritos severos entre os manifestantes e as forças aliadas de De Gaulle. Foi o famoso maio de 68 em Paris.
Na techeslováquia, a juventude se opunha à força bruta do Partido Comunista Russo, que impedia avanços na liberdade do país.
No Vietnã, a batalha de Tiev era ganha pelos vitecongues, mostrando que a supremacia americana não era nada, perto da criatividade e determinação de um povo.
Nos EUA, a guerra com o Vietnã, levava inúmeras passeatas quase que diárias contra a guerra. Os Panteras Negras, grupo marxista que lutava pelo fim da segregação racial, cresce cada dia. Martin Luter king, líder negro pacifista e Robert Kennedy, senador branco são assassinados pelos agentes da Cia. King por ser negro e liderar a campanha pelo fim da segregação e Kennedy por apoiá-lo.
As mulheres do mundo inteiro lutam por igualdade social, profissional e liberdade de expressão e escolha. Esse foi um ano que marcou muitas mudanças.
No Brasil, a resistência ao regime militar crescia de forma assustadora. Em março, estudantes protestam pela melhoria da comida servida no restaurante calabouço, bandejão da UFRJ, a polícia invade o local e o estudante secundarista, Edson Luis é morto. O enterro do rapaz foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas. No dia da missa de 7º dia, a polícia invade a Igreja da Candelária, prendendo e batendo em todos que lá estavam.
Em junho, acontece a Passeata dos Cem Mil, com a presença de líderes políticos, intelectuais e artistas. O Rio de Janeiro estava neste movimento.
Em outubro, desafiando a ditadura a UNE (União Nacional dos Estudantes), proibida desde 64, organizou o seu 30º Congresso em Ibiúna (SP), em MG e SP, os trabalhadores fizeram uma grande greve com a participação de 25 mil operários. O Brasil se levantava contra o Golpe.
Diante de tanta organização , Costa e Silva edita o pior dos Ais, o AI nº 5, em 13 de dezembro de 1968.
O AI5, foi considerado o Golpe dentro do Golpe, pois por meio dele, o presidente fechou o Congresso, a justiça foi amordaçada, já que não havia hábeas corpus e muito menos julgamento para crimes políticos, a tortura foi institucionalizada causando inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas.
A juventude deixa de protestar pacificamente e vai para luta armada, assaltos a banco e seqüestros de personalidades estrangeiras, forçando os generais a negociar.
1969: Costa e Silva vem a falecer, subindo ao poder Ernesto Garrastazu Médici, também ligado a “linha dura”. Neste período o DOPS ( Departamento de Ordem Pública e Social) e o Doi-Codi (Departamento de Operações Internas e Centro de Operações de defesa Interna) prendem, torturam e matam qualquer pessoas que se opusesse ao regime militar.

O Milagre Econômico

Enquanto a ditadura matava os dissidentes, o governo maquiava a economia. Nos anos de 1967-1974, a inflação ficou controlada e o PIB cresceu. Na verdade, o que se fez foi aplicar recursos em obras públicas, muitas delas desnecessárias, tais como: a Transamazônica, seria uma via expressa, que ligaria o extremo norte do país ao Centro sul. Nunca foi concluída. A Hidrelétrica  de Itaipu, que gera energia para o Paraguai , a Ponte Costa e Silva(Rio Niterói) e a Construção da Via Dutra, ligando o Rio à SP. Essas  obras foram financiadas pelo capital estrangeiro, gerando uma imensa dívida externa.
A partir de 1973, o milagre vai virando pesadelo, pois com a crise do Petróleo no Oriente Médio, o milagre econômico brasileiro foi se transformando em pesadelo nacional, pois o país não conseguia arcar com os custos de suas obras faraônicas.

 Da Ditadura à Abertura: 1974-1979

1974: Nova eleição indireta elege o gen. Ernesto Geisel, este tinha um perfil diferente dos antecessores era autoritário e centralizador, porém fazia parte da ala moderada do exército.
Pretendia avançar na redemocratização do país, e o primeiro passo foram as eleições parlamentares diretas, aonde a oposição ganhou a maioria dos cargos.
1975: o diretor da TV Cultura, Wladimir Herzog é assassinado sob tortura e alguns meses depois o operário Manuel Fiel Filho tem o mesmo destino.
1976: eleições municipais deram ampla vitória a oposição, o governo reagiu utilizando mecanismos do AI5, fechou novamente o Congresso.
1977: é editado o Pacote de Abril, pelas normas regras, as eleições de senadores deveriam ser feitas pela Assembléia e não mais de forma direta. São os  senadores biônicos.
1978: é revogado o AI5, a partir de agora o Congresso não mais poderia ser fechado e não podiam prender pessoas sem provas concretas. Neste ano no ABC paulista estoura a  greve dos metalúrgicos, que não só paralisou o país como fez aparecer um novo líder político: Luís Inácio Lula da Silva.
Inicia a transição de abertura, lenta, gradual e segura.

Redemocratização: 1979-1985

1979: novo presidente eleito,ainda de forma indireta, o gen. João Baptista de Figueiredo conclui o processo de abertura concedendo a  anistia aos presos e exilados políticos. Retorna ao país  políticos e intelectuais expulsos pela ditadura, músicas peças teatrais e programas de tv sofrem menos cortes dos censores.
1980: inconformados com a abertura, a linha dura do exército  tenta prejudicar o retorno a democracia. Um atentado  frustrado a bomba no Riocentro, aonde ocorria um festival de música no feriado de 1º de maio. A bomba explodiu antes do tempo matando o militar que a carregava. E outro atentado a OAB(Ordem dos Advogados do Brasil) matou uma secretária.
1981/82/83: marcados por grande recessão econômica, desemprego, dívidas com o FMI e inflação galopante.
1984: Seria hora de novas eleições, nas grandes capitais inicia o movimento pelas diretas já, o deputado Dante de Oliveira enviou uma emenda ao Congresso que previa eleições livres em 1984. Grandes comícios ocorreram em todo país, mas a emenda foi derrotada no Congresso.





1985-1990: nova eleição, ainda pelo Colégio eleitoral reunia Paulo Maluf apoiado pelos militares e Tancredo Neves, apoiado pela esquerda. Tancredo vence as eleições, porém morre antes de assumir o governo.
Toma posse Jose Sarney, vice de Tancredo . Inicia-se a nova República.
Nos próximos cinco anos, o Brasil viverá sua pior crise econômica, greves pipocam no país inteiro. Sarney é um presidente frágil, pois não conta com o apoio dos militares e muito menos do  povo.
1989: ocorrem as primeira eleições livres desde 1960. Presidente, governadores e senadores disputavam a maior eleição realizada em 29 anos.
No segundo turno a disputa  entre Luis Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, através de fraudes Collor é eleito presidente. Collor havia sido senador biônico por Alagoas, durante a ditadura.

Brasil  democrático 1990-2010

1990-1992: Fernando Collor protagoniza os maiores escândalos de corrupção já vistos no país. Recessão, desemprego,confisco de bens e salários marcam seu governo. Em 1992, um grande escândalo de corrupção leva o Congresso a  votar o impeachment do presidente.
1992-1994: Itamar fraco, vive de Collor leva o país até as próximas eleições. O min. Da fazenda Fernando Henrique Cardoso, lança o Plano Real em 1993, que congelava salários e tentava combater a inflação através da correção pela URV. Em 1994 é lançado o Real, que deveria ser uma moeda forte e equivaleria a um dólar.
1994-2002:Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente da República no primeiro mandato 1994-98, é implantado o Real, a euforia da nova moeda dá a sensação de poder de compra, porém a inflação não esta controlada e sim maquiada.
1998-2002: segundo mandato de FHC, a inflação retorna com força total, neste período são privatizadas as ultimas empresas lucrativas do governo, tais como Vale do Rio Doce, Ligth e Setor telefônico. A dívida com o FMI aumenta em 100%.
2002-2006: novas eleições, levam em fim Luís Inácio Lula da Silva ao poder. Entre 2002-2006, seu governo  paga a dívida como FMI, porém é marcado com casos gritantes de corrupção.
2006-2010: segundo mandato de Lula é marcado por obras assistencialistas como PAC, projetos como Bolsa Escola e Cheque Cidadão. Não podemos afirmar que não houve crescimento econômico, porém não reduziu a miséria.

2010-2012: o PT continua no poder, com a eleição da Primeira mulher presidente no país: Dilma Roussef. Num governo que pouco se viu mudanças na ordem social e política do país. Manutenção dos projetos assistencialista e muita corrupção. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Recado aos alunos

Olá Alunos das turnas de 2 e 3 ano do Comp. Manacéia José de Andrade
Espero que vocês estejam fazendo os exercícios propostos, pois valerão como nota do 3 °bimestre.
Quem já tiver trabalhos de música e exercícios prontos e quiserem me enviar por e-mal, pode fazer.
denisehis@gmail.com
Espero que a greve não se prolongue muito, mas vocês devem estar acompanhando pela Tv, que o governo ainda não cedeu o mais importante da luta, que é a volta da carga horária de 2004 e o nosso plano de carreira.
Até a volta!

28/08 e 01/09-Aula 2° ano E.M Primeiro Reinado

PRIMEIRO REINADO 1822-1831

Proclamada a independência o príncipe regente foi aclamado imperador do Brasil, passando a utilizar o título de D. Pedro II, restava agora a tarefa de organizar e administrar o país.

O Reconhecimento da Nova Nação

A independência do Brasil ocorreu sem muita participação popular, e o fato de ser uma monarquia com um rei português dificultou o reconhecimento do país pelos demais países da América.
A Argentina reconhece o Brasil em 1823, os E. U.A, em 1824 dentro da lógica da Doutrina Monroe, que pregada  o seguinte lema: “ A América é para os americanos.”O México em 1825, mesmo ano que com a intervenção da Inglaterra, Portugal aceita a independência do Brasil mediante ao pagamento  de uma indenização, paga pelos ingleses, trazendo mais endividamento  e menos autonomia ao Brasil.

A Constituição de 1824

A Assembléia Constituinte foi convocada em 1822, mas só começou os trabalhos em 1823. As divergências foram aflorando ao longo da elaboração da Constituição entre os monarquistas centralizadores, que desejavam mais poder ao imperador e os liberais, que queriam liberdade política e econômica. As principais reivindicações eram:
·        Anticolonialismo: o afastamento do Brasil de Portugal, para que não houvesse nenhuma chance de voltar o Pacto colonial.
·        Antiabsolutismo: diminuição do poder nas mãos do imperador para que os liberais tivessem mais espaço político.
·        Voto censitário: somente podia votar quem tivesse renda superior a 400 mil réis.
D. Pedro II não aceitou as normas impostas pela Constituição, e em 1824, fecha o Congresso e ele mesmo cria uma Constituição para o Brasil. Nela os poderes ficam assim divididos:
Imperador: Poder Moderador e Poder Executivo
Deputados e Senadores: Poder Legislativo
Juízes indicados pelo imperador: Poder Judiciário
As Rebeliões do Primeiro Império

A Confederação do Equador

As atitudes de D. Pedro II, não eram bem aceitas pelos liberais, e neste contexto a província de Pernambuco, que ainda não apagara a Revolução Pernambucana de 1817, levantou-se contra as medidas adotadas pelo imperador.
 Liderados pelo frei Caneca, religioso de grande aceitação popular, a Confederação do Equador recebe adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo de proclamar a República e abolir a escravidão, essa revolta toma um corpo muito importante, e só é sufocada  em 1824, com a ajuda do mercenário inglês Lorde Cocharne. Muitas execuções são efetuadas, inclusive a do frei Caneca.

A Guerra da Cisplatina

A região da Cisplatina (hoje Uruguai), sempre foi objeto de desejo dos brasileiros, sendo anexado ao Rio Grande do Sul em 1820 por Portugal. Porém em 1825, a população, que tinha cultura Própria se livra da Espanha e não aceita ficar subjugada à D. Pedro. O imperador não aceita perder o território e manda tropas para lá. Porém interessava a Inglaterra que todas as regiões na América do Sul fossem livres, para que ela pudesse dominar economicamente. Sendo assim, a Inglaterra reconhece a independência do Uruguai e manda D. Pedro retirar a tropas do território. É uma derrota vergonhosa para o todo poderoso imperador.

Abdicação de D. Pedro I

Os problemas enfrentados pelo imperador são muitos.
No campo econômico: inflação alta por conta da dívida externa coma Inglaterra, agravada ainda mais com a derrota vergonhosa na Guerra da Cisplatina e do desfecho da Confederação do Equador.
No campo político: insatisfação popular com o uso indiscriminado do Poder Moderador, e da centralização do poder.
No campo social: grande pobreza da população em contraste com o luxo da corte, sem falar nos escândalos provocados pela presença de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante assumida de D. Pedro.
D. Pedro I, conseguiu desagradar todos os setores da sociedade. Os jornais caiam de pau em cima do imperador, e o assassinato do jornalista Líbero Badaró só pioraram ainda mais a situação do imperador. Em 1831, uma grande manifestação popular se transforma em pancadaria: é à noite das garrafadas, entre portugueses e brasileiros. Sem condição de continuar a frente do país, D. Pedro abdica ao trono em favor do filho D. Pedro de Alcântara, que  só tinha cinco anos.


Exercícios:

1.     Por que as nações latino americanas tiveram problema em reconhecer a independência do Brasil?
2.     O que está embutido na lógica da Doutrina Monroe?
3.     Que pontos foram elaborados pela Assembléia Constituinte, que desagradou o imperador?
4.     Qual a função o poder Moderador?
5.     Que motivos levaram a revolta em Pernambuco?
6.     Que interesses motivaram a derrota do Brasil na guerra da Cisplatina?
7.     Quais os motivos que levaram D. Pedro I a abdicar do trono?


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Aula 22.08.13-2°ano E.M:Processo de Independência da América Espanhola

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
Como já vimos, as colônias européia na América, sofriam com o rígido pacto colonial e com o mercantilismo. Na medida em que o absolutismo vai perdendo terreno para o capitalismo, esse modelo ficará desgastado e com a ajuda das crises promovidas por Napoleão e a necessidade da Inglaterra buscar mais mercados consumidores para seus produtos, essas colônias serão induzidas a se libertarem de suas metrópoles.

A Luta Pela Independência da América Espanhola
Como vimos à sociedade colonial latino americana era formada por três classes sociais:
Chapetones: cidadãos nascidos na Espanha, que detinham as melhores terras e os postos políticos.
Crioullos: descendentes de espanhóis nascidos na América tinham terras, mas não tinham poder político.
Mestiços: índios e negros, normalmente escravos, não tinham nem terras e nem poder político.
Quando Napoleão derrubou o rei espanhol e colocou no trono da Espanha, seu irmão José, foi o momento para as colônias começarem a se separar.
Com a Espanha enfraquecida, lutando internamente para reaver seu trono, os crioullos iniciaram a luta pela independência.

·        1810- independência da Argentina – Simon Bolívar.
·        1817- independência do Chile- Bernando O’Higgins.
·        1821-independência do México – Augustin Itúrbie
·        1821-independência do Peru-San Martín.
·        1824 -independência da Venezuela e Colômbia- Simon Bolívar
·        1824-independência do Peru e Bolívia –Simon Bolívar e San Martin
Na verdade todo esse processo não levou a América espanhola a uma independência econômica, pois para cada novo país que ia surgindo, os problemas eram os mesmos:  compromisso econômico coma Inglaterra, grandes porções de terra nas mãos de poucos e uma massa enorme da população na miséria.
Durante todo século XIX e boa parte do século XX, essa região foi palco de ditadores ou caudilhos,que nada fizeram para desenvolver realmente a região.

       Exercícios:
1.     Com se deu o processo de emancipação da América espanhola?
2.     Que interesses estavam por trás deste movimento?
3.     Descreva as classes sociais que exerciam poder na América espanhola.
4.     Por que a independência da América espanhola não garantiu desenvolvimento para a região?