terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Aos Alunos


Aos alunos que chegaram agora, 1003 e 1007, 2001 e 2002 e os que já estão construindo o saber juntos desde do ano passado ou retrasado, voltaremos a usar o blog como ferramenta de apoio as aulas.
Infelizmente, o governo do estado do Rio de Janeiro, mas uma vez nos empurra para a greve, e como não há outra saída para tanto desrespeito, tanto para nós professores quanto para vocês alunos, só nos resta o caminho da luta.
Durante todo período que a greve existir, estarei colocando os conteúdos no blog, a fim de não haver perdas para vocês. 
Conto com o apoio de vocês a essa nova etapa de luta, que não será facil e nem garante uma vitória, mas eu aprendi que SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
Então  só nos resta LUTAR!

Brasil República: Aula turmas 3001 e 3002

BRASIL REPÚBLICA

A partir de 1870, as ideias republicanas começaram a tomar corpo no meio intelectual brasileiro.
No Exército essas ideias, aliadas a insatisfações com a política do império e o Positivismo, linha de pensamento que vigorava na época vão dar corpo ao sonho republicano.
Por sua vez o imperador D. Pedro II, estava cada vez mais enfraquecido. Perdeu o apoio da Igreja, desde a Questão religiosa, e após a abolição perde também o apoio dos fazendeiros. É neste contexto que em 15 de novembro de 1889, é proclama a República no Brasil. A Família Real segue para o exílio no exterior, e o povo assiste bestializado à proclamação de uma República elitista e militar, sem ser convidado a participar dela.

A Política Econômica

Mal. Deodoro da Fonseca assume a tarefa de organizar a república, e monta os ministérios com representantes da aristocracia cafeeira paulista. Em linhas gerais, como era de se esperar, o poder estava nas mãos das elites econômicas do país.
A política econômica foi a principal preocupação do Min. Rui Barbosa, que em janeiro de 1890 dá aos bancos o poder de emitir dinheiro para empréstimos sem o controle estatal.
Entre 1890 e 1891, as linhas de crédito foram abertas sem nenhum controle. Houve uma enxurrada de novas empresas sendo abertas por conta dos empréstimos, o que provocou especulação na Bolsa de Valores.
Em menos de um ano toda essa ‘fartura’ de dinheiro se transformou na maior crise financeira da nossa república: a crise do Encilhamento. Além da inflação, o preço das ações despencou causando falências.

A Disputa Pelo Poder

Desde que assumiu o poder, Deodoro enfrentou uma forte oposição no Congresso, que o acusava de autoritário.
A idéia de Constituição focada na norte-americana estava pronta. O Brasil seria uma republica federativa, voto sufrágio universal, quer dizer, todos teriam direito de votar, desde que fossem homens, maiores de 21 anos e alfabetizados. Com isso a grande massa popular ficava fora do direito de opinar politicamente.
Após o vexame da crise do Encilhamento, o governo de Deodoro da Fonseca sofre severas críticas, e o presidente fecha o Congresso. É o suficiente para as forças de oposição derrubarem Deodoro,assumindo o seu vice Mal. Floriano Peixoto.
Empossado na presidência, Floriano esbarra num clima nada favorável: inflação galopante, descontentamento da população por conta da carestia e do desemprego e da elite agrária. Desta forma, duas grandes revoltas ocorrem.
Revolução Federalista – RS/ 1893: Ocorre no sul fortes confrontos entre os aliados de Floriano e antigos monarquistas que não aceitavam a política centralizadora de Floriano.  Sob forte repressão, os federalistas são derrotados, muitas execuções ocorreram ao longo do conflito.
Revolta da Armada – RJ /1893: Descontentes com a pouca atenção dispensada pelo Exército, a Marinha entra em choque com o governo, bombardeando a capital. As forças leais a Floriano, conseguem sufocar o levante, e novamente o uso da força se faz presente.

Em 1894, o Partido Republicano Paulista, aponta o nome de Prudente de Morais para a presidência. Seria o primeiro civil a ocupar o poder. Numa eleição aonde apenas 3% da população podia votar, Prudente de Morais se torna presidente, iniciando a segunda era republicana: a República Café com Leite.


Revolução Inglesa: Aula turmas 2001 e 2002

REVOLUÇÃO INGLESA

Durante o Século XVII, a Inglaterra viveu um período de turbulência revolucionária fruto do conflito entre as estruturas feudais, existentes no campo e as novas forças do capitalismo em expansão.

FATORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Situação econômica entre as regiões da Inglaterra variava bastante, o que causava conflito de interesses entre elas:
Região Norte: predominava a estrutura agrária do tipo feudal, com a manutenção do trabalho servil , a nobreza estava fechado nos seus direitos feudais.

Região Sul: predominava uma aristocracia em transformação para o capitalismo. No campo as relações eram de trabalho assalariado. Existiam indústrias manufatureiras voltadas para a produção de mercado. Não recebiam regalias da nobreza, e estarão à frente do processo revolucionário inglês.

Regiões Urbanas: predominava a burguesia mercantil, financeira e industrial com os mestres de ofício e pobres em geral.

É neste contexto social que em 1603, a rainha Elizabeth I morre sem deixar herdeiros. Quem assume o trono é seu primo Jaime Stuart, rei da Escócia.
Ao assumir o poder, Jaime I impõe a restauração do absolutismo através da vontade divina. Elizabeth I tinha abolido essa forma de governar, já que se tornara protestante, e havia dado maiores poderes econômicos à burguesia.
Porém Jaime I, insensível as nuances sociais ingleses provoca a ira das regiões contra suas imposições, além de criar novos impostos.
Em 1625, Jaime I morre, assume o trono seu filho Carlos I, este além de manter a política do seu pai, ainda tenta restabelecer o catolicismo na Inglaterra, foi o caos.

 A Revolução Inglesa

Os conflitos que compõe o movimento revolucionário inglês se dividem em quatro períodos:

Guerra Civil 1462/1648: inicia-se com a invasão das tropas leais ao Parlamento. Os latifundiários do norte se posicionam a favor do rei, a burguesia mercantil e financeira e os pobres contra o rei.
As tropas lideradas por Olivier  Crowmell, um sulista membro da aristocracia acaba vencendo, iniciando assim a segunda fase da revolução.

República Crowmell 1649/1658: nessa fase a monarquia inglesa é substituída por uma república, sob o comando de Olivier Crowmell, este dá um embasamento forte à burguesia, e os principais acontecimentos são:

·        Unificação Britânica: Crowmell anexa à Escócia, País de Gales e a Irlanda à Inglaterra. Os camponeses dos países anexados são expulsos de suas terras, que passam a dar suporte à industrialização inglesa.
·        Atos de Navegação: determina que somente os navios mercantes ingleses poderiam aportar nos territórios anexados, o que causa grande prejuízo à Holanda, que sempre navegou pelo Atlântico.
·        Guerra contra a Holanda: por conta dos Atos de Navegação, a  Holanda e a Inglaterra se envolvem numa guerra, novamente Crowmell vence,  e a  Inglaterra passa a dominar todo Atlântico.
·        Ditadura Crowmell: em 1653, Crowmell fecha o Parlamento e passa a governar de forma absoluta, porém é dado à burguesia inúmeras vantagens, e esta apóia o governo.

Restauração Monárquica 1680

Com a morte de Olivier Crowmell, sobe ao poder seu filho Ricardo Crowmell, este sem o mesmo manejo político do pai, acaba derrubado pela burguesia, é à volta da monarquia na figura de Carlos II.

 Revolução Gloriosa 1688

Carlos II reina sem maiores problemas, pois apóia os interesses da burguesia, porém em 1687, com a morte sobe ao trono seu filho Jaime II. Este tenta a mesma besteira que seu bisavô, restaurar o catolicismo e penalizar com impostos a burguesia.
Entre 1688 e 1689, ocorre um novo conflito, o rei é deposto e quem assume o trono é Guilherme de Orange, de origem holandesa, o novo rei assina a Declaração dos Direitos, uma espécie de Constituição que previa:
Liberdade de imprensa;
Exército Permanente;
Garantia de livre exercício da justiça.

No plano político, a Revolução Inglesa marca o fim do absolutismo na Inglaterra, e ameaça o absolutismo em toda Europa.
No plano econômico abre as portas para a industrialização da Inglaterra, pois a burguesia cada vez se fortalecerá e com os campos liberados para produzir matéria prima, logo as fábricas surgiram, o que levará a Inglaterra a ser a pioneira na Revolução Industrial.



Feudalismo: Aula turmas 1003 e 1007

O FEUDALISMO


Como surgiu o Feudalismo

O Feudalismo foi à forma de organização social, política e econômica dominante na Europa ocidental durante a Idade Média. Suas características fundamentais são:

·        Tinha na agricultura sua principal atividade produtiva;
·        Baseava-se numa sociedade rigidamente hierarquizada, na qual os indivíduos estavam subordinados uns aos outros por laços de dependência pessoal;
·        Uma pequena elite formada pelos senhores de terras e o clero ocupavam o topo da sociedade;
·        Poder político fragmentado entre senhores feudais e o rei;
·        A grande massa  era formada por camponeses presos a terra, eram os servos da gleba, que viviam sob o domínio do senhor e garantindo-lhes o  seu sustento.

Essa sociedade irá se formar no Século V, quando o Império Romano se esfacela através das invasões dos povos bárbaros e da desorganização política, motivada pela corrupção dos últimos imperadores romanos.
Dentre esses estão os germânicos que ao combinar costumes, tradições, crenças e estrutura social formaram uma nova forma de organização na Europa. Esse período é denominado Idade Média.

Organização social no feudalismo

Para formar uma sociedade, houve uma fusão dos costumes germânicos e romanos.
Ao longo deste processo de desagregação do Império Romano, que durou cerca de dois séculos, as cidades foram perdendo habitantes, já que os imperadores não conseguiam manter a integridade do território nem a segurança dos habitantes.
Ao mesmo tempo, os escravos que sustentavam a economia romana fugiam ou se aliavam aos bárbaros, criando uma grave crise de mão de obra, com isso os grandes latifúndios perderam a importância econômica, desta forma começam a surgir às vilas. Nessas vilas, a mão de obra utilizada era do colono, este por sua vez, entregava parte da produção ao dono da terra em troca da permissão de nela viver.
Dessas vilas e das relações nelas estabelecidas irá surgir à economia feudal.
Dos germânicos foi absorvida a questão da justiça e dos laços de fidelidade entre senhor de terras e seus guerreiros, a noção de honra e lealdade a seu senhor. Outra prática levada para o feudalismo, era a concessão de terras entre senhor e seus melhores guerreiros. Desta prática se dava os Laços de Fidelidade.

·        Suserania e Vassalagem
Os laços de fidelidade eram exercidos dentro  do feudo, o senhor feudal, podia doar terras aos seus melhores guerreiros, quem recebia as terras eram os vassalos e quem as doava eram os suseranos. Quanto maior a terra, e quanto mais vassalos um suserano tinha, mais poder e importância esse senhor teria na sua região.

·        Sociedade Feudal
A sociedade era fechada em castas, e não havia possibilidade de mudança no status social, sendo assim:

Senhor: chefe da nobreza, dono das terras e seus guerreiros constituíam a classe dominante, sua tarefa na sociedade era dar proteção ao feudo através das guerras. Eram os guerreiros.

Clero: constituído através da Igreja, dava sustentação aos senhores e seus guerreiros. Sua tarefa era rezar.

Camponeses ou servos da gleba: constituíam a classe mais baixa da sociedade, não tinham muitos direitos, deveriam trabalhar para sustentar o senhor e o clero. Sua função trabalhar.

 Os impostos feudais:

Aos camponeses era cobrada uma carga tributária bastante alta, que consistia nos seguintes impostos:

 Corvéia: prestação de trabalho gratuito nas terras do senhor por dois dias na semana.

Talha: entrega de parte da colheita ao senhor

Banalidades: taxa paga pelo servo para o uso do forno, moinho e demais dependências  do feudo.

Censo: cobrado aos vilões, que viviam entre os feudos, já que eram livres e não precisavam trabalhar nas terras do senhor.

Capitação: cobrado pelo número de  pessoas que compunham as famílias servas.

Mão-morta: cobrado aos familiares do servo, quando este morria, para que a família permanecesse no lote de terras.

Prestação: consistia em receber, hospedar e alimentar o senhor e sai comitiva quando este visitava os arredores do feudo.

·        A Economia feudal
O feudo era a principal unidade de produção na Idade Média, não se produzia em larga escala, apenas  para o consumo interno do feudo. Tudo era produzido dentro dos feudos, roupas, alimentos, ferramentas e armas.

Escala de produção e uso da terra
Campo       
 1 ano
2 ano
3 ano
 I
Cultiva  trigo
Cultiva cevada
repouso
II
Cultiva cevada
repouso
Cultiva trigo
III
repouso
Cultiva trigo
Cultiva cevada

   Divisão do Feudo:
Manso Senhorial:
Terras do senhor.  Tudo que nele fosse produzido era de uso exclusivo do senhor e sua família.
Manso Servil:
Lote de terras do usadas pelos servos para produzir seu sustento e pagar os impostos ao senhor.
Terras comunais:
Terras de uso comum entre senhor e servo: bosques, pastos e rios.

Neste período da História, o intercâmbio comercial sofreu um atrofiamento na Europa, sendo efetuado apenas pelos árabes, judeus e sírios. Era mal visto pela Igreja, pois o lucro era considerado usura.