quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Recado aos alunos

Olá Alunos das turnas de 2 e 3 ano do Comp. Manacéia José de Andrade
Espero que vocês estejam fazendo os exercícios propostos, pois valerão como nota do 3 °bimestre.
Quem já tiver trabalhos de música e exercícios prontos e quiserem me enviar por e-mal, pode fazer.
denisehis@gmail.com
Espero que a greve não se prolongue muito, mas vocês devem estar acompanhando pela Tv, que o governo ainda não cedeu o mais importante da luta, que é a volta da carga horária de 2004 e o nosso plano de carreira.
Até a volta!

28/08 e 01/09-Aula 2° ano E.M Primeiro Reinado

PRIMEIRO REINADO 1822-1831

Proclamada a independência o príncipe regente foi aclamado imperador do Brasil, passando a utilizar o título de D. Pedro II, restava agora a tarefa de organizar e administrar o país.

O Reconhecimento da Nova Nação

A independência do Brasil ocorreu sem muita participação popular, e o fato de ser uma monarquia com um rei português dificultou o reconhecimento do país pelos demais países da América.
A Argentina reconhece o Brasil em 1823, os E. U.A, em 1824 dentro da lógica da Doutrina Monroe, que pregada  o seguinte lema: “ A América é para os americanos.”O México em 1825, mesmo ano que com a intervenção da Inglaterra, Portugal aceita a independência do Brasil mediante ao pagamento  de uma indenização, paga pelos ingleses, trazendo mais endividamento  e menos autonomia ao Brasil.

A Constituição de 1824

A Assembléia Constituinte foi convocada em 1822, mas só começou os trabalhos em 1823. As divergências foram aflorando ao longo da elaboração da Constituição entre os monarquistas centralizadores, que desejavam mais poder ao imperador e os liberais, que queriam liberdade política e econômica. As principais reivindicações eram:
·        Anticolonialismo: o afastamento do Brasil de Portugal, para que não houvesse nenhuma chance de voltar o Pacto colonial.
·        Antiabsolutismo: diminuição do poder nas mãos do imperador para que os liberais tivessem mais espaço político.
·        Voto censitário: somente podia votar quem tivesse renda superior a 400 mil réis.
D. Pedro II não aceitou as normas impostas pela Constituição, e em 1824, fecha o Congresso e ele mesmo cria uma Constituição para o Brasil. Nela os poderes ficam assim divididos:
Imperador: Poder Moderador e Poder Executivo
Deputados e Senadores: Poder Legislativo
Juízes indicados pelo imperador: Poder Judiciário
As Rebeliões do Primeiro Império

A Confederação do Equador

As atitudes de D. Pedro II, não eram bem aceitas pelos liberais, e neste contexto a província de Pernambuco, que ainda não apagara a Revolução Pernambucana de 1817, levantou-se contra as medidas adotadas pelo imperador.
 Liderados pelo frei Caneca, religioso de grande aceitação popular, a Confederação do Equador recebe adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo de proclamar a República e abolir a escravidão, essa revolta toma um corpo muito importante, e só é sufocada  em 1824, com a ajuda do mercenário inglês Lorde Cocharne. Muitas execuções são efetuadas, inclusive a do frei Caneca.

A Guerra da Cisplatina

A região da Cisplatina (hoje Uruguai), sempre foi objeto de desejo dos brasileiros, sendo anexado ao Rio Grande do Sul em 1820 por Portugal. Porém em 1825, a população, que tinha cultura Própria se livra da Espanha e não aceita ficar subjugada à D. Pedro. O imperador não aceita perder o território e manda tropas para lá. Porém interessava a Inglaterra que todas as regiões na América do Sul fossem livres, para que ela pudesse dominar economicamente. Sendo assim, a Inglaterra reconhece a independência do Uruguai e manda D. Pedro retirar a tropas do território. É uma derrota vergonhosa para o todo poderoso imperador.

Abdicação de D. Pedro I

Os problemas enfrentados pelo imperador são muitos.
No campo econômico: inflação alta por conta da dívida externa coma Inglaterra, agravada ainda mais com a derrota vergonhosa na Guerra da Cisplatina e do desfecho da Confederação do Equador.
No campo político: insatisfação popular com o uso indiscriminado do Poder Moderador, e da centralização do poder.
No campo social: grande pobreza da população em contraste com o luxo da corte, sem falar nos escândalos provocados pela presença de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante assumida de D. Pedro.
D. Pedro I, conseguiu desagradar todos os setores da sociedade. Os jornais caiam de pau em cima do imperador, e o assassinato do jornalista Líbero Badaró só pioraram ainda mais a situação do imperador. Em 1831, uma grande manifestação popular se transforma em pancadaria: é à noite das garrafadas, entre portugueses e brasileiros. Sem condição de continuar a frente do país, D. Pedro abdica ao trono em favor do filho D. Pedro de Alcântara, que  só tinha cinco anos.


Exercícios:

1.     Por que as nações latino americanas tiveram problema em reconhecer a independência do Brasil?
2.     O que está embutido na lógica da Doutrina Monroe?
3.     Que pontos foram elaborados pela Assembléia Constituinte, que desagradou o imperador?
4.     Qual a função o poder Moderador?
5.     Que motivos levaram a revolta em Pernambuco?
6.     Que interesses motivaram a derrota do Brasil na guerra da Cisplatina?
7.     Quais os motivos que levaram D. Pedro I a abdicar do trono?


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Aula 22.08.13-2°ano E.M:Processo de Independência da América Espanhola

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
Como já vimos, as colônias européia na América, sofriam com o rígido pacto colonial e com o mercantilismo. Na medida em que o absolutismo vai perdendo terreno para o capitalismo, esse modelo ficará desgastado e com a ajuda das crises promovidas por Napoleão e a necessidade da Inglaterra buscar mais mercados consumidores para seus produtos, essas colônias serão induzidas a se libertarem de suas metrópoles.

A Luta Pela Independência da América Espanhola
Como vimos à sociedade colonial latino americana era formada por três classes sociais:
Chapetones: cidadãos nascidos na Espanha, que detinham as melhores terras e os postos políticos.
Crioullos: descendentes de espanhóis nascidos na América tinham terras, mas não tinham poder político.
Mestiços: índios e negros, normalmente escravos, não tinham nem terras e nem poder político.
Quando Napoleão derrubou o rei espanhol e colocou no trono da Espanha, seu irmão José, foi o momento para as colônias começarem a se separar.
Com a Espanha enfraquecida, lutando internamente para reaver seu trono, os crioullos iniciaram a luta pela independência.

·        1810- independência da Argentina – Simon Bolívar.
·        1817- independência do Chile- Bernando O’Higgins.
·        1821-independência do México – Augustin Itúrbie
·        1821-independência do Peru-San Martín.
·        1824 -independência da Venezuela e Colômbia- Simon Bolívar
·        1824-independência do Peru e Bolívia –Simon Bolívar e San Martin
Na verdade todo esse processo não levou a América espanhola a uma independência econômica, pois para cada novo país que ia surgindo, os problemas eram os mesmos:  compromisso econômico coma Inglaterra, grandes porções de terra nas mãos de poucos e uma massa enorme da população na miséria.
Durante todo século XIX e boa parte do século XX, essa região foi palco de ditadores ou caudilhos,que nada fizeram para desenvolver realmente a região.

       Exercícios:
1.     Com se deu o processo de emancipação da América espanhola?
2.     Que interesses estavam por trás deste movimento?
3.     Descreva as classes sociais que exerciam poder na América espanhola.
4.     Por que a independência da América espanhola não garantiu desenvolvimento para a região?


19-26/08, 02 e 09/09:Aula 3°ano E.M. CapitalismoXSocialismo:O Mundo em Guerra Fria



Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo assistirá a um longo conflito ideológico entre as duas maiores potências do pós-guerra: EUA e URSS.
O confronto de interesses e de ideologia política dessas duas nações entre 1945/1990 serão responsáveis por vários conflitos em todos os continentes do Planeta. Afinal, quem dominasse mais teria o melhor mercado consumidor.

A Guerra Fria

Durante a II Guerra, a URSS avançou e libertou todos os países do leste europeu, com isso o país emergia no pós-guerra como uma das maiores potências militares e políticas do mundo.
Os países de economia capitalista alarmados com esse crescimento, a tal ponto de Churchill declarar em 1945: “ A ameaça soviética, no meu entender, já tomou o lugar o inimigo nazista”.
Para os defensores do mundo capitalista, os temores de Churchill não eram infundados. O comunismo realmente avançara pela Europa, não só no Leste, mas também em países tradicionalmente capitalistas, tais como: França, Itália e Grécia. Era preciso conter esse avanço.
No caos econômico que a Europa estava ao final da II Guerra, os americanos avaliaram que só seria possível evitar o comunismo através de ajuda financeira. Neste aspecto, os americanos tinham razão, por isso foi elaborado um plano de ajuda para reerguer a Europa.
Em 1947, o economista Geoge Mashall, secretario de estado norte-americano, elaborou o Plano Mashall. Esse plano tinha como meta investimento na reconstrução das cidades e das economias dos países envolvidos no conflito.
Longe de ser um plano de ajuda desinteressada, o Plano Mashall, tinha claro o propósito de intervir diretamente na economia européia. Além de expandir a própria economia norte-americana.
No Japão, também foi aplicada ajuda para a reconstrução do país, afinal depois de duas BAs, era necessário deter o ódio dos japoneses pelos americanos.

 Os Conflitos Gerados Pela Guerra Fria

A Disputa por Berlin

A disputa por Berlin no final da II Guerra, a Alemanha ficou dividida em 4 zonas de influência. Berlin havia ficado com os Soviéticos, porém suas ferrovias e rodovias eram controladas pelos países capitalistas. Para forçar a saída desses países de Berlin, Stalin ordenou o bloqueio das estradas, mas o trafego aéreo funcionava normalmente o que fez com que o bloqueio não funcionasse.
Durante o bloqueio, as potências unificaram suas zonas de ocupação e formaram a República Federal da Alemanha (RFA), com capital em Bonn. Criaram ainda, em 1949, a OTAN ( Organização do Tratado do Atlântico Norte), que tinha como principal objetivo uma aliança militar para defender os povos da ameaça soviética. Essa aliança era liderada pelos EUA. Neste bloco estavam, Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Itália, Canadá, Grécia, Portugal, Noruega e outros.
A URSS, organizou sua área de comando formando a República Democrática Alemã (RDA), com capital em Berlin. Como resposta a OTAN, a URSS cria o Pacto de Varsóvia, em 1955, que tinha como principal objetivo ajuda mútua em caso de agressão armada, consulta sobre problemas de segurança e questões políticas. Neste bloco estavam: URSS, Techeslováquia, Iuguslávia, Polônia, Hungria, Romênia e Alemanha Oriental.
Berlin voltaria ao cenário Universal em 1961, quando a URSS constrói  o Muro de Berlin, fechando a fronteira entre a RDA e a RFA. O muro será o símbolo máximo da divisão do mundo.

A Guerra da Coréia

Outro confronto que envolveu os dois blocos econômicos foi a Guerra da Coréia. Durante a II Guerra, a Coréia esteve sob o domínio do Japão, e na divisão do pós guerra ficou dividida em duas. O norte com influencia Russa, e o sul sob influencia norte-americana.
Em 1950, o norte invadiu o sul, com o propósito de unificar o país. Forças da ONU, composta por soldados americanos rechaçaram a invasão e atacaram o norte.
O conflito durou três anos, e terminou empatado. A Coréia segue dividida em duas até hoje.
Revolução Cubana

Na década de 1950, Cuba dependia dos EUA inteiramente, toda sua produção de açúcar, principal produto de exportação da ilha ia para os americanos. Pouco industrializado Cuba importava tudo dos americanos. Os reflexos disso era miséria, analfabetismo, péssimas condições de higiene e saúde. Em 1952, através de um golpe de estado, Fulgênio Batista assume o poder, cancela a Constituição, e entrega de vez o país aos americanos.
Com graves problemas de corrupção, o jogo e a prostituição atraiam os turistas norte americanos, que fizeram da ilha seu balneário.
Em 1953, Fidel castro tenta derrubar o governo ditador, mas fracassa e é preso. Em 1956, anistiado Fidel segue para o México, aonde conhece Che Guevara.  Os dois organizam um grupo de 72 homens e seguem para Cuba. No desembarque são atacados e refugiam-se na floresta de Sierra Maestra. Apoiados por camponeses e militantes urbanos, o movimento guerrilheiro cresceu.
Em 1959, liderados por Fidel, os guerrilheiros chegam a Havana, derrubam Fulgêncio e instalam o primeiro governo socialista na América.
O governo desapropriou os grandes latifúndios e nacionalizou empresas, muitas delas norte-americanas.
Em 1962, um grupo de  exilados tentam retornar a Cuba, com o apoio da CIA, mas foram derrotados na Baía dos Porcos. Neste mesmo ano os EUA rompem relações diplomáticas coma Ilha, isolada no continente americano, Cuba se aproxima da URSS e da China, e recebe do governo Soviético mísseis de longo alcance para se protegerem de possíveis invasões dos americanos. O presidente Kennedy ameaçou invadir a ilha, e Fidel ameaçou mandar os mísseis direto para Miami. A URSS, retira os mísseis da Ilha e os americanos a expulsa da OEA (Organização dos Estados Americanos), decretando o bloqueio econômico a Cuba.

Revolução Chinesa

A China era dominada pela Inglaterra desde 1860, quando saiu derrotada na Guerra do Ópio 1840-1860. Durante a II Guerra, foi invadida pelo Japão, porém sempre houve movimentos nacionalistas na China, que lutavam pela independência  total do país.
Em 1946, a Inglaterra se retira da China. Os americanos colocam no poder o ditador Chang Kai-Chek. O Exército de Libertação Nacional, liderados por Mao Tsé Tung, inicia-se uma batalha interna para derrubar o governo, com a ajuda da URSS, o governo de Kai-Chek é deposto. Nasce a República Popular na China.
Mao Tsé Tung promove a coletivização das terras, reunindo os camponeses em cooperativas, em 1958 lançou o programa Grande Salto Para Frente, que pretendia aumentar a produção agrícola, mas medidas erradas, como combater os pardais que se alimentavam dos grãos de arroz, mas também combatiam os gafanhotos, praga natural dos arrozais. O programa foi um fiasco, pois acabou acarretando escassez de alimentos, fome e morte no campo.
Enfraquecido politicamente, após o fracasso do grande Salto e do afastamento da URSS, por problemas políticos, Mao Tse Tung, deflagrou a Revolução Cultural, em 1966.
Entre 1966-1976, a China mobilizada pela juventude, perseguiu, prendeu e matou todos que se atrevessem a discordar do governo. Na prática Mao Tse Tung lançou à China em uma ditadura igual à Soviética dos tempos de Stálin. Economicamente frágil e politicamente confusa, a China segue sem liberdade até hoje.

Independência da Índia

Durante  todo século XIX e boa parte do século XX, a Inglaterra reinou absoluta na Ásia, e a Índia era a sua colônia mais rica. A partir de 1885, alguns hindus que haviam estudado na Europa iniciaram um longo e penoso processo de independência que só finalizaria em 1947.
Nos anos 20, Mahatma Gandhi, defensor de métodos pacíficos e da desobediência civil, começou sua luta através do boicote aos produtos ingleses e o não pagamento de impostos. A reação inglesa foi severa com o uso da violência, o que acarretou muitas mortes. Isso desmoralizava a Inglaterra no cenário mundial.
Com essa estratégia, e com o enfraquecimento inglês após a guerra, a Índia conseguiu sua independência em 1947, porém isso não garantiu crescimento e liberdade ao país.
Fechado em castas e com vários grupos étnicos e religiosos, a Índia não atingirá o desenvolvimento sócio-econômico, e muito menos industrial.
Hoje a índia vive problemas de território com o Paquistão, na região da Cachemirra. Bangladesh e o Sri Lanka não se reconhecem como territórios indianos, o que acirra ainda mais as disputas territoriais dentro da região.

Guerra do Vietnã

A Indochina, localizada no sudoeste da Ásia, foi dominada pelos franceses durante todo século XIX. Durante a Segunda Guerra, o Japão ocupou a região, e com o fim do conflito essa área seria disputada por todos os aliados.
Liderados por Ho Chi Min, os comunistas proclamaram a independência do país, no entanto a França não reconheceu a independência, e em 1946 teve início uma guerra entre a França e a Indochina, aonde a França sairia derrotada em 1954.
No mesmo ano a Conferência de Genebra, na Suíça, dividiu a região em três estados independentes: Laos, Camboja e Vietnã. O Vietnã ficou dividido em dois: norte, capital Hanói sob o comando dos comunistas e o sul capital Saigon, capitalista. Em Genebra ficou acertado que haveria eleições, e o povo decidiria o futuro do país.
Com medo da vitória comunista, os norte-americanos não permitiram que as eleições acontecessem. Os vietnamitas que viviam na parte sul, mas eram comunistas organizaram a Frente de Libertação Nacional, com o objetivo de unificar o país.
Os EUA intervieram militarmente para evitar a unificação, é neste contexto que entre 1963-1973, um longo e sangrento conflito ocorreu na região, e o primeiro com presença real dos americanos.
O Vietnã recebeu apoio da URSS, China, Coréia e Cuba, e mesmo tendo supremacia bélica, os americanos amargaram derrotas vergonhosas.
Esse foi o primeiro conflito armado, a ser mostrado na TV, o que gerou na opinião pública mundial grande desconforto, e a própria população americana se colocou contra a guerra.
Em 1973, esgotados os EUA saem do Vietnã derrotados, e o país se unifica sob a influência socialista.

Conflito Árabe-Israelense

No Oriente Médio, o processo de descolonização foi um dos mais longos. A principal causa foi à criação do estado de Israel dentro do território da Palestina em 1947.
Após a Primeira Guerra, com o desmembramento do Império Otomano, o Oriente Médio ficou sob o controle da França e Inglaterra e após a Segunda Guerra, dentro do acordo de desocupação, os países foram conquistando suas independências: Líbano 1941, Síria e Jordânia 1946 e o Kuwait 1961.
A Palestina continuou sob a influência inglesa, tanto que em 1918 a Declaração de Balfour, um compromisso do governo inglês em criar um estado judaico.
As primeiras décadas do Século XX, foram marcadas por um fluxo imigratório cada vez maior de judeus na região, que se assentaram em territórios da Palestina. Essas pessoas eram estimuladas e financiadas pelo movimento sionista, cujo principal objetivo era a criação do Estado de Israel.
Após a II Guerra, e os horrores dos campos de concentração nazistas, a ONU conseguiu com a autorização dos americanos e soviéticos, dividir a Palestina para formação do Estado de Israel. Assim, em 1948, é criado o Estado de Israel, com capital em Telavive.
As tensões nunca diminuíram na região, Israel, financiado pelos EUA, que até hoje tem muito interesse na região, partiu para expansão territorial, fugindo em muito, do traçado original da ONU, não só expandindo-se dentro das terras palestinas, mas também ocupando territórios da Síria, Jordânia e Egito, na Guerra dos Seis Dias em 1967.
Nas décadas de 1960 e 1970, a região foi palco de várias ações bélicas. Em 1964, Yasser Araf cria a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Vários acordos foram tentados na década de 1990.
Em 2004, Araf morre sem ter conseguido legitimar o Estado da Palestina.





África Portuguesa

Um dos últimos impérios coloniais a ruir dentro da Guerra Fria foi o português na África.
Desde 1950, havia movimentos separatistas em Moçambique, Angola e Guiné. Porém somente em 1974, o regime salazarista foi derrubado em Portugal pela Revolução dos Cravos, iniciando uma nova política para as colônias africanas portuguesas.
Neste ano, Portugal reconheceu a independência da Guiné Bissau, em 1975 de Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
Porém, os estragos sociais e econômicos levaram esses países a atritos internos. Angola mergulhou numa guerra civil entre forças socialistas e capitalistas, que durou até 2002.


A Guerra Fria na América Latina

Os ingleses dominaram o cenário internacional desde o início do século XIX até a II Guerra. Ao final da Guerra, a Inglaterra perde sua hegemonia política e econômica, o espaço agora é dominado pelos EUA.  A Doutrina Monroe será aplicada na íntegra dentro do continente americano.

Construção do Canal do Panamá

Os EUA tinham interesse em abrir um canal marítimo que facilitasse o escoamento de produtos para Europa através do Oceano Atlântico. O lugar escolhido foi a América Central, mas precisamente o Panamá, aonde a Colômbia já havia iniciado obras. Os americanos provocaram a falência da empresa construtora e compraram os direitos da obra da Colômbia, que impôs várias restrições aos americanos. Para acabar com os problemas, os americanos insuflaram a independência do Panamá em 1903. Liberto o novo país não só permitiu a construção do canal que ficou pronto em 1914, como também sua exploração perpétua pelos americanos.
Em 1977, iniciaram as negociações pela devolução do canal ao Panamá, porém o Canal só foi devolvido em 2000.

A Guerra Fria e as Ditaduras Militares na América Latina

Entre 1950 e 1960, a Guerra Fria provocou o acirramento das tensões em várias regiões do mundo. Na América latina, esse clima beligerante chegaria após a Revolução Cubana de 1959, pois os EUA passaram a intervir em todo e qualquer país que se aproximasse dos ideias marxistas.

EL Salvador: é um pequeno país da América Central, cuja  base econômica é a agricultura.
Em 1932, um levante popular liderado por Farabuto Martí tentou implantar o comunismo no país mais foi sufocado. Nos anos seguintes o país viveu períodos de democracia e ditaduras.
Na década de 1970, grupos de extrema direita e guerrilheiros marxistas travaram uma guerra civil no país.
Nos anos 80, a guerra tomou proporções de genocídio, e a ONU interviu, os EUA financiavam os contra-revolucionários. Somente em 1990, a ONU consegue um cessar fogo pondo fim a uma guerra civil que deixou um saldo de 75 mil mortos.

Nicarágua: nos anos 70, com apoio dos militares e dos americanos, a família Somoza governa o país. Mergulhado em corrupção e miséria a Nicarágua parecia o quintal dos americanos. No interior do país a frente sandinista de Libertação nacional, travava pequenas lutas de guerrilha. Em 1990, a guerrilha depôs o presidente Somoza, mas a presença americana prejudicava o desenvolvimento do país. Somente em 1990, a Nicarágua pode organizar uma eleição livre, quando sobe ao poder Daniel Ortega, líder da guerrilha sandinista.

Chile: O Chile sempre foi governado pelas elites agrária, que com governos populistas levavam a população dentro de um padrão social, melhor do que os demais países da América Latina.
As eleições de 1970 levam ao poder o presidente Salvador Allende, que não chegava a ser um comunista, mas defendia a autonomia chilena. Algumas medidas adotadas por Allende, tais como: nacionalização das minas de minério de ferro e reforma agrária, desagradaram os americanos. A CIA infiltrada no país apóia o golpe de estado comandado pelo gen. Augusto Pinochet.
Allende é assassinado e o país mergulha numa das mais ferozes ditaduras da América do Sul.
Somente em 1988, Pinochet é deposto e acusado pelos crimes de assassinato, desaparecimento e atentados dentro e fora do país a dissidentes.

Argentina: governada por Juan Domingos Perón, um populista que se dizia acima do capitalismo e do comunismo. A Argentina mergulhará numa ditadura militar em 1973, ano da morte de Perón. Financiados pelos americanos, os militares argentinos sufocam qualquer tipo de esquerda no país.
Somente em 1983, com o fiasco da Guerra das Malvinas é que os militares são depostos no país.


























sábado, 10 de agosto de 2013

Atividade para as turma :2001,2002,2003, 2004, 3001 e 3002.
Clipe e letra da música publicados.
Após ver o clipe, descrever o papel da burguesia na vida das pessoas comuns.



Cotidiano de um Casal Feliz
(Jay Vaquer)

Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural

Ele manda em tudo, em todos
Curte seu poder
E deixa a esposa em casa
Pra brincar no treco
De qualquer traveco
Em troca de prazer
Vai saber porque...
E a esposa anda malhada
Fez lipoescultura
E a falta de cultura
Nunca foi problema
Ela tem dinheiro
Pra dar e vender
Lê Paulo Coelho e seicho-no-iê
Vai saber porqUê... iê

E eles têm escravos
Disfarçados de assalariados
Diariamente humilhados
Se levantam cedo, se arrumam apressados
Têm hora marcada pra falar com Deus

Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural

Ele guarda no H.D.
Fotos de crianças nuas, pra tirar um lazer
Curte ver aquilo quando fica só
Ela conta os passos que dá no trajeto
Entre a terapia e a boca do pó
E até pensa em adotar alguma criatura,
Pode ser uma criança ou um labrador
Só depende da raça, depende é da cor
Quem pintar primeiro...
Ele faz como ninguém a cara de quem não sabe mentir
Pode admitir pra ocupar o vazio da relação
Mas com uma condição
Não quer dar banho, nem limpar merda o dia inteiro

Eles foram ver o show da Diana Krall
Que alguém falou que era genial
Gritaram uhuuu do camarote
Enchendo a cara de scotch

E eles têm escravos
Disfarçados de assalariados
Diariamente humilhados
Se levantam cedo, se arrumam apressados
Têm hora marcada pra falar com Deus

Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural

Aula de 07 e 14.08.2013 2°ano E.M

A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL

Como vimos Napoleão Bonaparte ocupou vários países da Europa, e Portugal não foi poupando pelas tropas napoleônicas.
Em 1806, com a decretação do Bloqueio Continental, todos os países europeus,estavam proibidos  de comercializar com a Inglaterra sob o risco de serem invadidos pelas tropas francesas.
Portugal estava comprometido com a Inglaterra através do Tratado de Methuen, e não podia respeitar o Bloqueio. Assim, Portugal foi invadido por Napoleão e D. João VI, auxiliado pela Inglaterra foge para o Brasil.

Abertura dos Portos

A chegada da Família Real trouxe para o Brasil um novo status: o de vice-reino de Portugal e Algarves. A primeira medida tomada pelo príncipe regente foi à abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra), como isso à colônia passou a comercializar livremente com os ingleses afrouxando assim o Pacto Colonial. Porém, com as tarifas mais baixas, os ingleses inundaram a colônia com seus produtos, atrasando ainda mais o processo industrial brasileiro.

Outras Medidas tomadas por D. João foram:
·        Fundação do Banco do Brasil;
·        Criação do Jardim Botânico;
·        Criação da imprensa régia;
·        Autorização para a impressão de livros, jornais na corte, até então proibidas;
·        Missão artística encabeçada por Debret;
·        Abertura de escolas e universidades;
·        Confisco de muitas casas e expulsão dos proprietários para a acomodação da corte;
·        Racionamento de alimentos por parte da população para alimentar melhor a corte.




As Rebeliões do Período

Revolução Pernambucana 1817

Descontentes com a atenção da Corte apenas para o Rio de Janeiro, em 1817 eclode a Revolução Pernambucana. Esta visava à separação do Brasil de Portugal e a implantação da República nos moldes norte-americano, ou seja, um estado liberal.
O movimento contou com a participação maciça da população, mas foi sufocado em 74 dias. Seus principais líderes foram executados.

Revolução Liberal do Porto 1820

Após a expulsão dos franceses do território português, e com o rei no Brasil, Portugal estava sem liderança política, o que foi um prato cheio para os liberais, que desejavam acabar com o absolutismo.
Os revoltosos queriam uma monarquia parlamentar e exigiam a re-colonização do Brasil, e é claro à volta do rei ao país. Sem mais motivos para continuar por aqui, e temendo perdera coroa, D. João VI retorna a Portugal, deixando aqui seu filho, o príncipe regente D.Pedro.


A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Após a volta de D. João VI para Lisboa, D. Pedro assuma as rédeas da colônia. Por sua vez a aristocracia rural e os comerciantes temendo perder sua liberdade de comércio, começam a pressionar D. Pedro a romper com Portugal.

Dia do Fico

Os liberais portugueses não admitem perder seus lucros com o fim do Pacto Colonial e passam a pressionar D. Pedro a voltar para Portugal. Entretanto, D. Pedro tinha planos de ficar e se tornar o novo imperador do Brasil. Assim, em 09 de janeiro de 1822, sob forte pressão popular D. Pedro se recusa a voltar a Portugal. É o famoso Dia do Fico.


Sete de Setembro

No final de agosto de 1822, D. Pedro viaja para São Paulo, nas margens do rio Ipiranga, recebe uma carta vinda de Portugal exigindo sua volta imediata ao país, sob risco das tropas portuguesas de invadirem o Brasil, e criando novas normas a serem adotadas pela colônia. D. Pedro não aceita e proclama a independência do Brasil.
A guerra de independência brasileira,é bem mais curta do que da América espanhola. O imperador sendo português e com a mediação da Inglaterra o processo de transição foi bem mais fácil.
A construção da nação brasileira, veio através do império, o que evitou que o  país se esfacelasse em vários territórios como aconteceu com a América espanhola. Mas a nação brasileira nasce comprometida até os ossos com o capital inglês, e dele será dependente até o final da Segunda Guerra Mundial.






Aula de 12.08.1013-3°ano E.M

O BRASIL NO PÓS GUERRA

Após a deposição de Getúlio Vargas em 1945, o Brasil passará por um curto período de suposta democracia, já que dentro da lógica da guerra fria, o Partido Comunista ficará na clandestinidade a partir de 1947.
Este período será marcado pelo populismo, não só no Brasil mas, em toda América Latina.
* Populismo: fenômeno político que marcará a América Latina por quase todo século XX. Consiste no aliciamento das classes mais baixas, com programas  de ajuda imediata, que não são capazes de fornecer o crescimento dessas classes e sua saída da eterna dependência de programas “sociais”.
No Brasil, os governos que se seguiram foram todos populistas.

1946/1950- Eurico Gaspar Dutra: governa no início da guerra fria, em 1947 rompe relações diplomáticas com a URSS, e coloca o PCB na clandestinidade. Dutra intervém diretamente nos sindicatos, proibindo greves, não atende as necessidades do trabalhador rural, que como forma de luta cria as Ligas Camponesas, brigando pela reforma agrária.

1950/1954- Getúlio Vargas: a volta triunfal de Vargas ao poder, como presidente eleito pelo maior número de votos até hoje da história brasileira. Entre 1950 e 1951, Vargas adota inúmeras medidas para o país crescer. Para tanto cria o BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico), com o objetivo de aplicar os recursos públicos na pequena e média empresa.
Entre 1952 e 1953, descobrem-se às primeiras reservas de petróleo no Brasil, os americanos tentam se apoderar dessa fonte de riqueza, mas a campanha pelo petróleo é nosso, ganha força e Vargas funda a Petrobrás. Desagrada os americanos, que iniciam então uma campanha para derrubá-lo do poder.
O ano de 1953, é marcado por forte oposição da UDN (União Democrática Nacional), partido ultraconservador, que apóia os interesses americanos no Brasil, ao governo Vargas. Além disso, a oposição acusa Vargas de dar grande apoio à classe trabalhadora, o que faz crescer a influencia do PCB no campo trabalhista. O principal opositor é o jornalista Carlos Lacerda, que sofre um atentado em Copacabana. Todas as evidências do atentado recaem sobre Getúlio Vargas Não vendo outra alternativa,Vargas suicida-se em 24 de agosto de 1954.

1954/1956- Café Filho: vice de Getúlio teve grandes problemas para governar, inclusive de saúde, afastando-se inúmeras vezes do cargo, sendo substituído pelo pres. da Câmara. Em 1956, respeitando a Constituição é realizada nova eleição.

1956/1960- Juscelino Kubitschek: JK chega ao poder depois do frágil governo de café Filho, as forças da UDN tentaram um golpe para impedir a posse de JK, mas  o gen. Henrique Lott, ocupou a cidade com tanques de guerra garantindo a posse do presidente eleito.
O governo JK é marcado pelo Plano de Metas, que acelerou a industrialização no Brasil, mas também entregou abertamente a economia ao capital estrangeiro. JK é o autêntico populista. No seu Plano de Metas está incluído setores de energia e transporte, porém no campo nenhuma alteração, a situação é de penúria com os grandes latifundiários dando as cartas. As Ligas camponesas continuam sua luta pela reforma agrária.
A marca do governo JK é a construção da cidade de Brasília, a nova capital federal.

1960/1961- Jânio Quadros: Jânio chega à presidência  com a campanha da vassoura, que visava limpar toda a corrupção do país. Porém, Jânio se aproxima da URSS, e de Cuba, que tinha se tornado socialista em 1959, após a revolução liderada por Fidel Castro e Che Guevara. Guevara é condecorado com a medalha  Ordem do Cruzeiro do Sul, e João Goulart, seu vice, é enviado à China, também comunista, em missão diplomática. Nada disso agradava aos americanos, estávamos em plena guerra fria.
Na política interna, desvalorizou a moeda e congelou salários para conter a inflação.
Com forte oposição no Congresso, Jânio renunciou, sete meses após as eleições.

1961/1964- João Goulart: Goulart estava na China, quando Jânio renunciou. Numa manobra da UDN em conjunto com as forças Armadas, tentaram impedir a volta do vice ao país e sua subida ao poder. No Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, governador do estado e as tropas do Terceiro Exército ameaçou resistir caso  a constituição não fosse respeitada. Desta forma João Goulart pode voltar ao país e assumir a presidência. Porém, o Congresso aprovou a emenda que transformava o país em Parlamentarista.
A idéia não vingou e em 1963, um plebiscito trouxe de volta o presidencialismo ao Brasil.
Jango, não consegue a confiança nem das elites e nem do povo, seu governo é frágil, além de não realizar a tão sonhada reforma de base.
As reformas de base era um conjunto de mudanças que Jango queria impor ao Brasil, tais como: nacionalização de empresas, reforma agrária, reforma na educação, voto aos analfabetos e militares de baixa patente e imposto progressivo sobre a renda. Essas reformas abalariam o poder das elites e nada interessavam aos norte americanos.
No dia 13 de março de 1964, Jango realizou um comício na Central do Brasil, aonde prometeu realizar tais mudanças, em 19 de março, as forças reacionárias promoveram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Estava lançada as bases para o golpe militar.
Em 31 de março, apoiado pela CIA, o Exército toma a capital do país, depondo o presidente João Goulart, prendendo todos os membros do governo. Estava iniciada a Ditadura Militar no Brasil.