segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Defendendo os Rios da Amazônia - Parte 1
Vídeo para o projeto Amazõnia para as turmas 2001,2002 e 2003
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
A Ditadura Militar- 1964/1985- T.3001 e 3002
BRASIL: O GOLPE MILITAR DE 1964
Como
já vimos anteriormente, o governo de João Goulart era frágil, pois não contava
com o apoio das elites e nem da confiança das massas populares. O momento
histórico também não era dos mais favoráveis, pois com a CIA infiltrada em
todos os governos da América Latina, faltava liberdade de ação.
É
neste contexto, que após o Ato Político de 13/03, na Central do Brasil, aonde o
presidente afirmava o compromisso com as reformas de base, e a resposta da ala
conservadora com a Marcha com Deus pela Família, Jango é derrubado pelos
militares com claro apoio da CIA, em 31 de março de 1964, as tropas do I
Exército em MG, organiza e entra no Rio de Janeiro, para depor o presidente. O
III Exército no RS, tenta reação, mas o presidente deixa o cargo para que não
ocorra uma guerra civil no país.
A
Ditadura Envergonhada 1964-1967
Logo
após o Golpe, a Constituição é ignorada e o país passa a ser governado por Atos
Institucionais, os Ais.
1964:
é editado o AI nº1, fecha o Congresso,
cassa os direitos políticos de JK, Jânio Quadros, todos os senadores e
deputados e João Goulart é exilado no Uruguai. Fecha grêmios estudantis,
organizações camponesas e sindicatos.
em abril o Congresso escolhe por eleição
indireta, o general Castelo Branco para
presidente do país. Já está instituída prisões arbitrárias, tortura e censura
aos meios de comunicação.
1965: são realizadas eleições para
governadores, a oposição ganha em quase todos os estados elegendo a maioria dos
cargos. O governo reage editando o AI nº 2, que acabava com os partidos
políticos, criando o bipartidarismo: MDB (Movimento Democrático Brasileiro –
oposição) e a ARENA ( Aliança Renovadora Nacional – situação). Na prática são
os partidos do sim, senhor e sim, sim, senhor.
1966: o grupo de militares denominados “linha
dura”, ganham mais espaço quando é editado o AI nº 3, que estabelece as
eleições indiretas para presidente da república, governadores de estado e
prefeitos. Castelo Branco endurece ainda mais ao editar o AI nº 4, que
promulgou a Lei de Imprensa, a censura prévia e cria a Lei de Segurança
Nacional, aonde caí o hábeas Corpus e qualquer pessoa poderia ser presa para
“averiguações”.
1967:
O Congresso é reaberto para que fosse promulgada a Constituição, neste ano novo
presidente é escolhido, desta vez a “linha dura” chegava ao poder na figura de
Costa e Silva. A oposição ao regime militar crescia, até mesmo antigos
apoiadores do golpe em 64, passaram a criticar o regime autoritário dos
militares, é criada a Frente Ampla que reúne todo tipo de gente, até mesmo
Carlos Lacerda que tinha apoiado o golpe.
A
Ditadura Escancarada: 1968-1977
O ano
de 1968, é marcado por vários acontecimentos pelo mundo a fora, a esquerda
vinha crescendo em muitos países.
Na
França: o Partido Comunista Francês, numa aliança estudante-operário-camponês,
marcaram presença por quase dois meses em Paris, com atritos severos entre os
manifestantes e as forças aliadas de De Gaulle. Foi o famoso maio de 68 em
Paris.
Na
techeslováquia, a juventude se opunha à força bruta do Partido Comunista Russo,
que impedia avanços na liberdade do país.
No
Vietnã, a batalha de Tiev era ganha pelos vitecongues, mostrando que a
supremacia americana não era nada, perto da criatividade e determinação de um
povo.
Nos
EUA, a guerra com o Vietnã, levava inúmeras passeatas quase que diárias contra
a guerra. Os Panteras Negras, grupo marxista que lutava pelo fim da segregação
racial, cresce cada dia. Martin Luter king, líder negro pacifista e Robert
Kennedy, senador branco são assassinados pelos agentes da Cia. King por ser
negro e liderar a campanha pelo fim da segregação e Kennedy por apoiá-lo.
As
mulheres do mundo inteiro lutam por igualdade social, profissional e liberdade
de expressão e escolha. Esse foi um ano que marcou muitas mudanças.
No
Brasil, a resistência ao regime militar crescia de forma assustadora. Em março,
estudantes protestam pela melhoria da comida servida no restaurante calabouço,
bandejão da UFRJ, a polícia invade o local e o estudante secundarista, Edson
Luis é morto. O enterro do rapaz foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas. No
dia da missa de 7º dia, a polícia invade a Igreja da Candelária, prendendo e
batendo em todos que lá estavam.
Em
junho, acontece a Passeata dos Cem Mil, com a presença de líderes políticos,
intelectuais e artistas. O Rio de Janeiro estava neste movimento.
Em
outubro, desafiando a ditadura a UNE (União Nacional dos Estudantes), proibida
desde 64, organizou o seu 30º Congresso em Ibiúna (SP), em MG e SP, os
trabalhadores fizeram uma grande greve com a participação de 25 mil operários.
O Brasil se levantava contra o Golpe.
Diante
de tanta organização , Costa e Silva edita o pior dos Ais, o AI nº 5, em 13 de
dezembro de 1968.
O
AI5, foi considerado o Golpe dentro do Golpe, pois por meio dele, o presidente
fechou o Congresso, a justiça foi amordaçada, já que não havia hábeas corpus e
muito menos julgamento para crimes políticos, a tortura foi institucionalizada
causando inúmeras mortes e desaparecimentos de pessoas.
A
juventude deixa de protestar pacificamente e vai para luta armada, assaltos a
banco e seqüestros de personalidades estrangeiras, forçando os generais a
negociar.
1969:
Costa e Silva vem a falecer, subindo ao poder Ernesto Garrastazu Médici, também
ligado a “linha dura”. Neste período o DOPS ( Departamento de Ordem Pública e
Social) e o Doi-Codi (Departamento de Operações Internas e Centro de Operações
de defesa Interna) prendem, torturam e matam qualquer pessoas que se opusesse
ao regime militar.
O
Milagre Econômico
Enquanto
a ditadura matava os dissidentes, o governo maquiava a economia. Nos anos de
1967-1974, a inflação ficou controlada e o PIB cresceu. Na verdade, o que se
fez foi aplicar recursos em obras públicas, muitas delas desnecessárias, tais
como: a Transamazônica, seria uma via expressa, que ligaria o extremo norte do
país ao Centro sul. Nunca foi concluída. A Hidrelétrica de Itaipu, que gera energia para o Paraguai ,
a Ponte Costa e Silva(Rio Niterói) e a Construção da Via Dutra, ligando o Rio à
SP. Essas obras foram financiadas pelo
capital estrangeiro, gerando uma imensa dívida externa.
A
partir de 1973, o milagre vai virando pesadelo, pois com a crise do Petróleo no
Oriente Médio, o milagre econômico brasileiro foi se transformando em pesadelo
nacional, pois o país não conseguia arcar com os custos de suas obras
faraônicas.
Da Ditadura à Abertura: 1974-1979
1974:
Nova eleição indireta elege o gen. Ernesto Geisel, este tinha um perfil
diferente dos antecessores era autoritário e centralizador, porém fazia parte
da ala moderada do exército.
Pretendia
avançar na redemocratização do país, e o primeiro passo foram as eleições
parlamentares diretas, aonde a oposição ganhou a maioria dos cargos.
1975:
o diretor da TV Cultura, Wladimir Herzog é assassinado sob tortura e alguns
meses depois o operário Manuel Fiel Filho tem o mesmo destino.
1976:
eleições municipais deram ampla vitória a oposição, o governo reagiu utilizando
mecanismos do AI5, fechou novamente o Congresso.
1977:
é editado o Pacote de Abril, pelas normas regras, as eleições de senadores
deveriam ser feitas pela Assembléia e não mais de forma direta. São os senadores biônicos.
1978:
é revogado o AI5, a partir de agora o Congresso não mais poderia ser fechado e
não podiam prender pessoas sem provas concretas. Neste ano no ABC paulista
estoura a greve dos metalúrgicos, que
não só paralisou o país como fez aparecer um novo líder político: Luís Inácio
Lula da Silva.
Inicia
a transição de abertura, lenta, gradual e segura.
Redemocratização:
1979-1985
1979:
novo presidente eleito,ainda de forma indireta, o gen. João Baptista de
Figueiredo conclui o processo de abertura concedendo a anistia aos presos e exilados políticos.
Retorna ao país políticos e intelectuais
expulsos pela ditadura, músicas peças teatrais e programas de tv sofrem menos
cortes dos censores.
1980:
inconformados com a abertura, a linha dura do exército tenta prejudicar o retorno a democracia. Um
atentado frustrado a bomba no Riocentro,
aonde ocorria um festival de música no feriado de 1º de maio. A bomba explodiu
antes do tempo matando o militar que a carregava. E outro atentado a OAB(Ordem
dos Advogados do Brasil) matou uma secretária.
1981/82/83:
marcados por grande recessão econômica, desemprego, dívidas com o FMI e
inflação galopante.
1984:
Seria hora de novas eleições, nas grandes capitais inicia o movimento pelas
diretas já, o deputado Dante de Oliveira enviou uma emenda ao Congresso que
previa eleições livres em 1984. Grandes comícios ocorreram em todo país, mas a
emenda foi derrotada no Congresso.
1985-1990:
nova eleição, ainda pelo Colégio eleitoral reunia Paulo Maluf apoiado pelos
militares e Tancredo Neves, apoiado pela esquerda. Tancredo vence as eleições,
porém morre antes de assumir o governo.
Toma
posse Jose Sarney, vice de Tancredo . Inicia-se a nova República.
Nos
próximos cinco anos, o Brasil viverá sua pior crise econômica, greves pipocam
no país inteiro. Sarney é um presidente frágil, pois não conta com o apoio dos
militares e muito menos do povo.
1989:
ocorrem as primeira eleições livres desde 1960. Presidente, governadores e
senadores disputavam a maior eleição realizada em 29 anos.
No
segundo turno a disputa entre Luis
Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, através de fraudes Collor é
eleito presidente. Collor havia sido senador biônico por Alagoas, durante a
ditadura.
Brasil democrático 1990-2010
1990-1992: Fernando Collor
protagoniza os maiores escândalos de corrupção já vistos no país. Recessão,
desemprego,confisco de bens e salários marcam seu governo. Em 1992, um grande
escândalo de corrupção leva o Congresso a
votar o impeachment do presidente.
1992-1994: Itamar fraco, vive de
Collor leva o país até as próximas eleições. O min. Da fazenda Fernando
Henrique Cardoso, lança o Plano Real em 1993, que congelava salários e tentava
combater a inflação através da correção pela URV. Em 1994 é lançado o Real, que
deveria ser uma moeda forte e equivaleria a um dólar.
1994-2002:Fernando Henrique
Cardoso é eleito presidente da República no primeiro mandato 1994-98, é
implantado o Real, a euforia da nova moeda dá a sensação de poder de compra,
porém a inflação não esta controlada e sim maquiada.
1998-2002: segundo mandato de
FHC, a inflação retorna com força total, neste período são privatizadas as
ultimas empresas lucrativas do governo, tais como Vale do Rio Doce, Ligth e
Setor telefônico. A dívida com o FMI aumenta em 100%.
2002-2006: novas eleições, levam
em fim Luís Inácio Lula da Silva ao poder. Entre 2002-2006, seu governo paga a dívida como FMI, porém é marcado com
casos gritantes de corrupção.
2006-2010: segundo mandato de
Lula é marcado por obras assistencialistas como PAC, projetos como Bolsa Escola
e Cheque Cidadão. Não podemos afirmar que não houve crescimento econômico,
porém não reduziu a miséria.
2010-2012: o PT continua no
poder, com a eleição da Primeira mulher presidente no país: Dilma Roussef. Num
governo que pouco se viu mudanças na ordem social e política do país.
Manutenção dos projetos assistencialista e muita corrupção.
Primeiro Reinado-1822/1831- turmas de 2° ano
PRIMEIRO REINADO 1822-1831
Proclamada a independência o príncipe regente foi aclamado imperador
do Brasil, passando a utilizar o título de D. Pedro II, restava agora a tarefa
de organizar e administrar o país.
O Reconhecimento da Nova Nação
A independência do Brasil ocorreu sem muita participação
popular, e o fato de ser uma monarquia com um rei português dificultou o
reconhecimento do país pelos demais países da América.
A Argentina reconhece o Brasil em 1823, os E. U.A, em 1824
dentro da lógica da Doutrina Monroe, que pregada o seguinte lema: “ A América é para os
americanos.”O México em 1825, mesmo ano que com a intervenção da Inglaterra,
Portugal aceita a independência do Brasil mediante ao pagamento de uma indenização, paga pelos ingleses,
trazendo mais endividamento e menos
autonomia ao Brasil.
A Constituição de 1824
A Assembléia Constituinte foi convocada em 1822, mas só começou
os trabalhos em 1823. As divergências foram aflorando ao longo da elaboração da
Constituição entre os monarquistas centralizadores, que desejavam mais poder ao
imperador e os liberais, que queriam liberdade política e econômica. As
principais reivindicações eram:
·
Anticolonialismo:
o afastamento do Brasil de Portugal, para que não houvesse nenhuma chance de
voltar o Pacto colonial.
·
Antiabsolutismo:
diminuição do poder nas mãos do imperador para que os liberais tivessem mais
espaço político.
·
Voto
censitário: somente podia votar quem tivesse renda superior a 400 mil réis.
D. Pedro II não aceitou as normas impostas pela Constituição, e
em 1824, fecha o Congresso e ele mesmo cria uma Constituição para o Brasil. Nela
os poderes ficam assim divididos:
Imperador: Poder Moderador e Poder
Executivo
Deputados e Senadores: Poder Legislativo
Juízes indicados pelo imperador: Poder
Judiciário
As Rebeliões do Primeiro Império
A Confederação do Equador
As atitudes de D. Pedro II, não eram bem
aceitas pelos liberais, e neste contexto a província de Pernambuco, que ainda
não apagara a Revolução Pernambucana de 1817, levantou-se contra as medidas
adotadas pelo imperador.
Liderados
pelo frei Caneca, religioso de grande aceitação popular, a Confederação do
Equador recebe adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo
de proclamar a República e abolir a escravidão, essa revolta toma um corpo
muito importante, e só é sufocada em
1824, com a ajuda do mercenário inglês Lorde Cocharne. Muitas execuções são
efetuadas, inclusive a do frei Caneca.
A Guerra da Cisplatina
A região da Cisplatina (hoje Uruguai),
sempre foi objeto de desejo dos brasileiros, sendo anexado ao Rio Grande do Sul
em 1820 por Portugal. Porém em 1825, a população, que tinha cultura Própria se
livra da Espanha e não aceita ficar subjugada à D. Pedro. O imperador não
aceita perder o território e manda tropas para lá. Porém interessava a
Inglaterra que todas as regiões na América do Sul fossem livres, para que ela
pudesse dominar economicamente. Sendo assim, a Inglaterra reconhece a
independência do Uruguai e manda D. Pedro retirar a tropas do território. É uma
derrota vergonhosa para o todo poderoso imperador.
Abdicação de D. Pedro I
Os problemas enfrentados pelo imperador
são muitos.
No campo econômico: inflação alta por
conta da dívida externa coma Inglaterra, agravada ainda mais com a derrota
vergonhosa na Guerra da Cisplatina e do desfecho da Confederação do Equador.
No campo político: insatisfação popular
com o uso indiscriminado do Poder Moderador, e da centralização do poder.
No campo social: grande pobreza da
população em contraste com o luxo da corte, sem falar nos escândalos provocados
pela presença de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante assumida de
D. Pedro.
D. Pedro I, conseguiu desagradar todos
os setores da sociedade. Os jornais caiam de pau em cima do imperador, e o
assassinato do jornalista Líbero Badaró só pioraram ainda mais a situação do
imperador. Em 1831, uma grande manifestação popular se transforma em
pancadaria: é à noite das garrafadas, entre portugueses e brasileiros. Sem
condição de continuar a frente do país, D. Pedro abdica ao trono em favor do
filho D. Pedro de Alcântara, que só
tinha cinco anos.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Brasil pós Guera 3 ano
O BRASIL NO PÓS GUERRA
Após
a deposição de Getúlio Vargas em 1945, o Brasil passará por um curto período de
suposta democracia, já que dentro da lógica da guerra fria, o Partido Comunista
ficará na clandestinidade a partir de 1947.
Este
período será marcado pelo populismo, não só no Brasil mas, em toda América
Latina.
*
Populismo: fenômeno político que marcará a América Latina por quase todo século
XX. Consiste no aliciamento das classes mais baixas, com programas de ajuda imediata, que não são capazes de
fornecer o crescimento dessas classes e sua saída da eterna dependência de
programas “sociais”.
No
Brasil, os governos que se seguiram foram todos populistas.
1946/1950-
Eurico Gaspar Dutra: governa no início da guerra fria, em 1947 rompe relações
diplomáticas com a URSS, e coloca o PCB na clandestinidade. Dutra intervém
diretamente nos sindicatos, proibindo greves, não atende as necessidades do
trabalhador rural, que como forma de luta cria as Ligas Camponesas, brigando
pela reforma agrária.
1950/1954-
Getúlio Vargas: a volta triunfal de Vargas ao poder, como presidente eleito
pelo maior número de votos até hoje da história brasileira. Entre 1950 e 1951,
Vargas adota inúmeras medidas para o país crescer. Para tanto cria o BNDE (Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico), com o objetivo de aplicar os recursos
públicos na pequena e média empresa.
Entre
1952 e 1953, descobrem-se às primeiras reservas de petróleo no Brasil, os
americanos tentam se apoderar dessa fonte de riqueza, mas a campanha pelo
petróleo é nosso, ganha força e Vargas funda a Petrobrás. Desagrada os
americanos, que iniciam então uma campanha para derrubá-lo do poder.
O ano
de 1953, é marcado por forte oposição da UDN (União Democrática Nacional),
partido ultraconservador, que apóia os interesses americanos no Brasil, ao
governo Vargas. Além disso, a oposição acusa Vargas de dar grande apoio à
classe trabalhadora, o que faz crescer a influencia do PCB no campo
trabalhista. O principal opositor é o jornalista Carlos Lacerda, que sofre um
atentado em Copacabana. Todas as evidências do atentado recaem sobre Getúlio
Vargas Não vendo outra alternativa,Vargas suicida-se em 24 de agosto de 1954.
1954/1956-
Café Filho: vice de Getúlio teve grandes problemas para governar, inclusive de
saúde, afastando-se inúmeras vezes do cargo, sendo substituído pelo pres. da
Câmara. Em 1956, respeitando a Constituição é realizada nova eleição.
1956/1960-
Juscelino Kubitschek: JK chega ao poder depois do frágil governo de café Filho,
as forças da UDN tentaram um golpe para impedir a posse de JK, mas o gen. Henrique Lott, ocupou a cidade com
tanques de guerra garantindo a posse do presidente eleito.
O
governo JK é marcado pelo Plano de Metas, que acelerou a industrialização no
Brasil, mas também entregou abertamente a economia ao capital estrangeiro. JK é
o autêntico populista. No seu Plano de Metas está incluído setores de energia e
transporte, porém no campo nenhuma alteração, a situação é de penúria com os
grandes latifundiários dando as cartas. As Ligas camponesas continuam sua luta
pela reforma agrária.
A
marca do governo JK é a construção da cidade de Brasília, a nova capital
federal.
1960/1961-
Jânio Quadros: Jânio chega à presidência
com a campanha da vassoura, que visava limpar toda a corrupção do país. Porém,
Jânio se aproxima da URSS, e de Cuba, que tinha se tornado socialista em 1959,
após a revolução liderada por Fidel Castro e Che Guevara. Guevara é condecorado
com a medalha Ordem do Cruzeiro do Sul,
e João Goulart, seu vice, é enviado à China, também comunista, em missão
diplomática. Nada disso agradava aos americanos, estávamos em plena guerra
fria.
Na
política interna, desvalorizou a moeda e congelou salários para conter a
inflação.
Com
forte oposição no Congresso, Jânio renunciou, sete meses após as eleições.
1961/1964-
João Goulart: Goulart estava na China, quando Jânio renunciou. Numa manobra da
UDN em conjunto com as forças Armadas, tentaram impedir a volta do vice ao país
e sua subida ao poder. No Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, governador do
estado e as tropas do Terceiro Exército ameaçou resistir caso a constituição não fosse respeitada. Desta
forma João Goulart pode voltar ao país e assumir a presidência. Porém, o
Congresso aprovou a emenda que transformava o país em Parlamentarista.
A
idéia não vingou e em 1963, um plebiscito trouxe de volta o presidencialismo ao
Brasil.
Jango,
não consegue a confiança nem das elites e nem do povo, seu governo é frágil,
além de não realizar a tão sonhada reforma de base.
As
reformas de base era um conjunto de mudanças que Jango queria impor ao Brasil,
tais como: nacionalização de empresas, reforma agrária, reforma na educação,
voto aos analfabetos e militares de baixa patente e imposto progressivo sobre a
renda. Essas reformas abalariam o poder das elites e nada interessavam aos norte
americanos.
No
dia 13 de março de 1964, Jango realizou um comício na Central do Brasil, aonde
prometeu realizar tais mudanças, em 19 de março, as forças reacionárias
promoveram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Estava lançada as bases
para o golpe militar.
Em 31
de março, apoiado pela CIA, o Exército toma a capital do país, depondo o
presidente João Goulart, prendendo todos os membros do governo. Estava iniciada
a Ditadura Militar no Brasil.
A Era Vargas- 1930-1945/3 ano
O BRASIL DA ERA VARGAS 1930/1945
No
campo trabalhista é inegável as mudanças ocorridas neste período. Vargas nomeou
Lindolfo Collor para Ministro do Trabalho, e revolucionou a chamada questão
social.
Foi
formuladas leis que incorporavam antigas reivindicações tais como: Carteira de
Trabalho, jornada de 8 horas diárias, férias, aposentadoria, proibição de
trabalho noturno para as mulheres e menores de
18 anos e mais tarde a fixação de piso mínimo nacional. Essas medidas
foram festejadas pelos trabalhadores. Porém com a mesma mão, Getúlio tirava o
direito a sindicatos livres. Em 1931, é adotada a Lei de Sindicalização, pelo qual os sindicatos
estavam atrelados ao Ministério do trabalho. Essa medida restringia a autonomia
dos sindicatos e os trabalhadores só podiam se filiar aos sindicatos
controlados pelo Ministério. É claro que os comunistas e anarquistas foram
colocados à margem da luta trabalhista, e classificavam estes sindicatos de
pelegos.
Revolução
Constitucionalista de 1932
O
Governo Provisório chegou ao poder sob efeito da crise de 1929, desemprego,
baixa nos preços do café e inúmeras falências.
Para
proteger os cafeicultores, o governo comprava e queimava os estoques injetando
dinheiro na economia, fazendo com que as fábricas voltassem a produzir. Haverá também
diversificação na produção. Assim, em 1933, o Brasil já estará fora da crise.
Mesmo
ajudando os cafeicultores, o poder mudou completamente de lugar e os paulistas
não estavam satisfeitos com essa mudança.
Em
1932, a pressão por uma Constituição que
desse mais poder aos paulistas era grande, mais Getúlio não se mobilizava. Os
paulistas começaram a se mobilizar. Para evitar maiores problemas, Vargas
convoca a Assembléia Constituinte, estabelece o voto secreto e o direito ao
foto feminino. Mas mesmo assim os ânimos estavam exaltados, em 09 de julho de
1932 eclodiu a Revolução Constitucionalista.
A
insurreição contou apenas com o apoio de Minas Gerais, e sangrentas batalhas
ocorrem por dois meses. O governo com a ajuda de tropas leais de todos os
estados sufocou a revolta.
A
Constituição de 1934
Depois
dos distúrbios ocorridos em SP, Getúlio é obrigado a promulgar a nova
Constituição, e esta fica pronta em 1934. Seus pontos mais importantes são:
voto secreto, voto feminino e os direitos trabalhistas. Sem dúvida, esta foi a
mais moderna das Constituições apresentadas até então.
Porém,
no campo não houve nenhuma mudança, a terra continuava nas mãos de poucos e o
poder real com as elites, não ocorria mais a Política dos Governadores, mais os
currais eleitorais e as fraudes ainda vão persistir por mais algum tempo.
O
Estado Novo 1937-1945
Na
Europa, a década de 1930 é marcada pela ascensão do fascismo(Itália) e
nazismo(Alemanha), o Salazarismo(Portugal) e o franquismo(Espanha). Todos esses
regimes são autoritários, e se originaram na crise de 1929. De outro lado a
URSS, com seu comunismo de estado (Stalinismo), foi um momento bastante
complicado.
Vargas
não era diferente, controlava o estado com mão pesada, as classes médias
estavam decepcionadas com revolução de 1930, pois as oligarquias continuavam no
poder, e é neste contexto que nasce a AIB(Aliança Integralista
Brasileira),organização criada em 1932, sob inspiração fascista, por Plinio
Salgado, propunha acabar com os comunistas, anarquistas, judeus e calar o movimento operário.
Como
reposta nasce a ANL(Aliança Nacional Libertadora) em 1935, composta por
comunistas e liderada por Luís Carlos Prestes. É lançado um documento
reivindicando todo poder a ANL, Vargas não gosta e proíbe a ALN de se
manifestar. Na clandestinidade a ANL, tenta um golpe para derrubar Getúlio
Vargas, é a Intentona Comunista de 1935. O fracasso é líquido e certo, Getúlio
declara estado de Sítio, predendo todos os envolvidos no golpe. Com o apoio dos
Integralista, é forjado um falso plano
de dominação comunista-judaica, é o Plano Cohen.
Os
membros da ANL são presos e torturados, Olga Benário, esposa de Prestes é
enviada a Alemanha Nazista, intelectuais como Jorge Amado e Graciliano Ramos
são enviados ao presídio da Ilha Grande.
Está
criado o campo para que Getúlio se tornasse um ditador, estendo seu governo até
1945.
O
Desenvolvimento industrial e o Brasil na Guerra
No
âmbito econômico, as principais características do Estado Novo foi o impulso à
industrialização.
Assim,
Vargas suspendeu o pagamento da dívida externa, mas manteve as negociações para
atrair capitais estrangeiros.
Vargas
também joga com os interesses dos norte-americanos na entrada do Brasil na
guerra, e com isso Getúlio consegue capitais para a construção de várias empresas.
Essa
política teve como elemento a intervenção direta do Estado na intervenção
industrial. Assim em 1941, era criada a Cia Siderúrgica Nacional(CSN), em Volta
Redonda, em 1942,a Cia Vale do Rio Doce, voltada para a mineração e em 1943, a
Fábrica Nacional de Motores.
Fim
do Estado Novo
Logo
após a eclosão da II Guerra Mundial, o Brasil adotou uma postura de
neutralidade, mas Getúlio não escondia sua admiração pelo nazi-fascismo. Porém,
após ataques a base militar
norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí os americanos entraram na
guerra, e exigiam dos países latino americanos o mesmo.
Ao
mesmo tempo, o povo exigia a entrada do Brasil na guerra, pois vários navios
mercantes brasileiros haviam sido afundados pelos alemães. Assim, mesmo muito a
contra gosto, Vargas declara guerra à Alemanha.
A
entrada do Brasil na guerra, a partir de 1942, criou uma contradição para o
Estado Novo: como uma ditadura pode combater outra, alegando defesa da
democracia?
É
nesta conjuntura, que Minas Gerais lança um manifesto (Manifesto dos Mineiros),
no qual pediam a volta da democracia. Em SP, acontece o Primeiro Congresso dos
escritores. Em nenhum dos casos houve repressão.
Em
fevereiro de 1945, Getúlio convoca as eleições presidenciais, e em abril os
presos de 1935 são anistiados.
Novos
partidos criados, como é o caso a UDN(União Democrática Nacional) de extrema
direita, ligada aos latifundiáros, PSD(Partido Social Democrata),de
centro-esquerda, aglutinava os velhos cafeicultores. PTB(Partido trabalhista
Brasileiro) de Vargas e o PCB(Partido Comunista Brasileiro). O Partido
Comunista consegue eleger uma bancada, e o senador mais votado é Luís Carlos
Prestes.
Com a
derrota dos nazistas em maio de 1945, o clima é de euforia. Getúlio tenta mais
um golpe, com o slogan “Queremos Getúlio”, manifestantes tomam as ruas, porém o
General Góis Monteiro desconfiado que fossem mais uma manobra de Vargas, o
depõe do poder. É o fim do Estado Novo.
O BRASIL NO PÓS GUERRA
Após
a deposição de Getúlio Vargas em 1945, o Brasil passará por um curto período de
suposta democracia, já que dentro da lógica da guerra fria, o Partido Comunista
ficará na clandestinidade a partir de 1947.
Este
período será marcado pelo populismo, não só no Brasil mas, em toda América
Latina.
*
Populismo: fenômeno político que marcará a América Latina por quase todo século
XX. Consiste no aliciamento das classes mais baixas, com programas de ajuda imediata, que não são capazes de
fornecer o crescimento dessas classes e sua saída da eterna dependência de
programas “sociais”.
No
Brasil, os governos que se seguiram foram todos populistas.
1946/1950-
Eurico Gaspar Dutra: governa no início da guerra fria, em 1947 rompe relações
diplomáticas com a URSS, e coloca o PCB na clandestinidade. Dutra intervém
diretamente nos sindicatos, proibindo greves, não atende as necessidades do
trabalhador rural, que como forma de luta cria as Ligas Camponesas, brigando
pela reforma agrária.
1950/1954-
Getúlio Vargas: a volta triunfal de Vargas ao poder, como presidente eleito
pelo maior número de votos até hoje da história brasileira. Entre 1950 e 1951,
Vargas adota inúmeras medidas para o país crescer. Para tanto cria o BNDE (Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico), com o objetivo de aplicar os recursos
públicos na pequena e média empresa.
Entre
1952 e 1953, descobrem-se às primeiras reservas de petróleo no Brasil, os
americanos tentam se apoderar dessa fonte de riqueza, mas a campanha pelo
petróleo é nosso, ganha força e Vargas funda a Petrobrás. Desagrada os
americanos, que iniciam então uma campanha para derrubá-lo do poder.
O ano
de 1953, é marcado por forte oposição da UDN (União Democrática Nacional),
partido ultraconservador, que apóia os interesses americanos no Brasil, ao
governo Vargas. Além disso, a oposição acusa Vargas de dar grande apoio à
classe trabalhadora, o que faz crescer a influencia do PCB no campo
trabalhista. O principal opositor é o jornalista Carlos Lacerda, que sofre um
atentado em Copacabana. Todas as evidências do atentado recaem sobre Getúlio
Vargas Não vendo outra alternativa,Vargas suicida-se em 24 de agosto de 1954.
1954/1956-
Café Filho: vice de Getúlio teve grandes problemas para governar, inclusive de
saúde, afastando-se inúmeras vezes do cargo, sendo substituído pelo pres. da
Câmara. Em 1956, respeitando a Constituição é realizada nova eleição.
1956/1960-
Juscelino Kubitschek: JK chega ao poder depois do frágil governo de café Filho,
as forças da UDN tentaram um golpe para impedir a posse de JK, mas o gen. Henrique Lott, ocupou a cidade com
tanques de guerra garantindo a posse do presidente eleito.
O
governo JK é marcado pelo Plano de Metas, que acelerou a industrialização no
Brasil, mas também entregou abertamente a economia ao capital estrangeiro. JK é
o autêntico populista. No seu Plano de Metas está incluído setores de energia e
transporte, porém no campo nenhuma alteração, a situação é de penúria com os
grandes latifundiários dando as cartas. As Ligas camponesas continuam sua luta
pela reforma agrária.
A
marca do governo JK é a construção da cidade de Brasília, a nova capital
federal.
1960/1961-
Jânio Quadros: Jânio chega à presidência
com a campanha da vassoura, que visava limpar toda a corrupção do país. Porém,
Jânio se aproxima da URSS, e de Cuba, que tinha se tornado socialista em 1959,
após a revolução liderada por Fidel Castro e Che Guevara. Guevara é condecorado
com a medalha Ordem do Cruzeiro do Sul,
e João Goulart, seu vice, é enviado à China, também comunista, em missão
diplomática. Nada disso agradava aos americanos, estávamos em plena guerra
fria.
Na
política interna, desvalorizou a moeda e congelou salários para conter a
inflação.
Com
forte oposição no Congresso, Jânio renunciou, sete meses após as eleições.
1961/1964-
João Goulart: Goulart estava na China, quando Jânio renunciou. Numa manobra da
UDN em conjunto com as forças Armadas, tentaram impedir a volta do vice ao país
e sua subida ao poder. No Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, governador do
estado e as tropas do Terceiro Exército ameaçou resistir caso a constituição não fosse respeitada. Desta
forma João Goulart pode voltar ao país e assumir a presidência. Porém, o
Congresso aprovou a emenda que transformava o país em Parlamentarista.
A
idéia não vingou e em 1963, um plebiscito trouxe de volta o presidencialismo ao
Brasil.
Jango,
não consegue a confiança nem das elites e nem do povo, seu governo é frágil,
além de não realizar a tão sonhada reforma de base.
As
reformas de base era um conjunto de mudanças que Jango queria impor ao Brasil,
tais como: nacionalização de empresas, reforma agrária, reforma na educação,
voto aos analfabetos e militares de baixa patente e imposto progressivo sobre a
renda. Essas reformas abalariam o poder das elites e nada interessavam aos norte
americanos.
No
dia 13 de março de 1964, Jango realizou um comício na Central do Brasil, aonde
prometeu realizar tais mudanças, em 19 de março, as forças reacionárias
promoveram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Estava lançada as bases
para o golpe militar.
Em 31
de março, apoiado pela CIA, o Exército toma a capital do país, depondo o
presidente João Goulart, prendendo todos os membros do governo. Estava iniciada
a Ditadura Militar no Brasil.
Chegada da família Real e Processo de independência do Brasil/2 ano
A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL
Como vimos Napoleão Bonaparte ocupou vários países da Europa, e
Portugal não foi poupando pelas tropas napoleônicas.
Em 1806, com a decretação do Bloqueio Continental, todos os
países europeus,estavam proibidos de
comercializar com a Inglaterra sob o risco de serem invadidos pelas tropas
francesas.
Portugal estava comprometido com a Inglaterra através do Tratado
de Methuen, e não podia respeitar o Bloqueio. Assim, Portugal foi invadido por
Napoleão e D. João VI, auxiliado pela Inglaterra foge para o Brasil.
Abertura dos Portos
A chegada da Família Real trouxe para o Brasil um novo status: o
de vice-reino de Portugal e Algarves. A primeira medida tomada pelo príncipe
regente foi à abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra), como isso à
colônia passou a comercializar livremente com os ingleses afrouxando assim o
Pacto Colonial. Porém, com as tarifas mais baixas, os ingleses inundaram a
colônia com seus produtos, atrasando ainda mais o processo industrial
brasileiro.
Outras Medidas tomadas por D. João foram:
·
Fundação
do Banco do Brasil;
·
Criação
do Jardim Botânico;
·
Criação
da imprensa régia;
·
Autorização
para a impressão de livros, jornais na corte, até então proibidas;
·
Missão
artística encabeçada por Debret;
·
Abertura
de escolas e universidades;
·
Confisco
de muitas casas e expulsão dos proprietários para a acomodação da corte;
·
Racionamento
de alimentos por parte da população para alimentar melhor a corte.
As Rebeliões do Período
Revolução Pernambucana 1817
Descontentes com a atenção da Corte apenas para o Rio de
Janeiro, em 1817 eclode a Revolução
Pernambucana. Esta visava à separação do Brasil de Portugal e a implantação
da República nos moldes norte-americano, ou seja, um estado liberal.
O movimento contou com a participação maciça da população, mas
foi sufocado em 74 dias. Seus principais líderes foram executados.
Revolução Liberal do Porto 1820
Após a expulsão dos franceses do território português, e com o
rei no Brasil, Portugal estava sem liderança política, o que foi um prato cheio
para os liberais, que desejavam acabar com o absolutismo.
Os revoltosos queriam uma monarquia parlamentar e exigiam a
re-colonização do Brasil, e é claro à volta do rei ao país. Sem mais motivos
para continuar por aqui, e temendo perdera coroa, D. João VI retorna a Portugal,
deixando aqui seu filho, o príncipe regente D.Pedro.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Após a volta de D. João VI para Lisboa, D. Pedro assuma as
rédeas da colônia. Por sua vez a aristocracia rural e os comerciantes temendo
perder sua liberdade de comércio, começam a pressionar D. Pedro a romper com
Portugal.
Dia do Fico
Os liberais portugueses não admitem perder seus lucros com o fim
do Pacto Colonial e passam a pressionar D. Pedro a voltar para Portugal. Entretanto,
D. Pedro tinha planos de ficar e se tornar o novo imperador do Brasil. Assim,
em 09 de janeiro de 1822, sob forte pressão popular D. Pedro se recusa a voltar
a Portugal. É o famoso Dia do Fico.
Sete de Setembro
No final de agosto de 1822, D. Pedro viaja para São Paulo, nas
margens do rio Ipiranga, recebe uma carta vinda de Portugal exigindo sua volta
imediata ao país, sob risco das tropas portuguesas de invadirem o Brasil, e
criando novas normas a serem adotadas pela colônia. D. Pedro não aceita e
proclama a independência do Brasil.
A guerra de independência brasileira,é bem mais curta do que da
América espanhola. O imperador sendo português e com a mediação da Inglaterra o
processo de transição foi bem mais fácil.
A construção da nação brasileira, veio através do império, o que
evitou que o país se esfacelasse em
vários territórios como aconteceu com a América espanhola. Mas a nação
brasileira nasce comprometida até os ossos com o capital inglês, e dele será
dependente até o final da Segunda Guerra Mundial.
Processo de independência da America espanhola/2 ano
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA
ESPANHOLA
Como já vimos, as colônias européias na América, sofriam com o
rígido pacto colonial e com o mercantilismo. Na medida em que o absolutismo vai
perdendo terreno para o capitalismo, esse modelo ficará desgastado e com a
ajuda das crises promovidas por Napoleão e a necessidade da Inglaterra buscar
mais mercados consumidores para seus produtos, essas colônias serão induzidas a
se libertarem de suas metrópoles.
A Luta Pela Independência da América Espanhola
Como vimos à sociedade colonial latino americana era formada por
três classes sociais:
Chapetones: cidadãos nascidos na Espanha, que detinham as
melhores terras e os postos políticos.
Crioullos: descendentes de espanhóis nascidos na América tinham
terras, mas não tinham poder político.
Mestiços: índios e negros, normalmente escravos, não tinham nem
terras e nem poder político.
Quando Napoleão derrubou o rei espanhol e colocou no trono da
Espanha, seu irmão José, foi o momento para as colônias começarem a se separar.
Com a Espanha enfraquecida, lutando internamente para reaver seu
trono, os crioullos iniciaram a luta pela independência.
·
1810-
independência da Argentina – Simon Bolívar.
·
1817-
independência do Chile- Bernando O’Higgins.
·
1821-independência
do México – Augustin Itúrbie
·
1821-independência
do Peru-San Martín.
·
1824
-independência da Venezuela e Colômbia- Simon Bolívar
·
1824-independência
do Peru e Bolívia –Simon Bolívar e San Martin
Na verdade todo esse processo não levou
a América espanhola a uma independência econômica, pois para cada novo país que
ia surgindo, os problemas eram os mesmos:
compromisso econômico coma Inglaterra, grandes porções de terra nas mãos
de poucos e uma massa enorme da população na miséria.
Colonização portuguesa no Brasil/1 ano
A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA
As terras brasileiras despertaram pouco interesse nos portugueses
por dois motivos: não havia metais preciosos na parte que cabia a Portugal pelo
Tratado de Tordesilhas e o comércio com as Índias era muito lucrativo. Por
esses dois motivos o Brasil ficou meio abandonado até 1530.
Período pré-colonial 1500-1530
Neste período os portugueses não ocuparam efetivamente o
território, apenas algumas expedições exploradoras e de guarda passavam por
aqui. Neste momento a relação com os índios é tranqüila, pois só havia o tronco do pau-brasil a ser explorado.
Início da Colonização
A partir de 1530, o comércio com as Índias começou a decair, pois retiravam
as especiarias e não as replantavam, o que gerou declino na produção. Por outro lado havia ameaça real de
invasão das terras brasileiras por franceses
e holandesas.
Por conta desses fatores a Coroa portuguesa resolveu ocupar
efetivamente o Brasil, com a clara intenção de povoá-lo mais sem gastar muito
dinheiro. O produto escolhido foi o
açúcar, pois tinha muita aceitação na Europa,
o solo e clima brasileiro eram propícios ao produto e Portugal já dominava a técnica implantada na Ilha da Madeira. Por
esses motivos o açúcar foi escolhido.
A forma de ocupação se deu através das Capitanias Hereditárias.
As Capitanias Hereditárias
Para atrair colonos, o
governo português passou a doar as terras no Brasil, porém o colono arcaria com
todos os custos para transformar um espaço de floresta, cheia de índios em um
lugar descente de se viver. Ao colono caberia a limpeza do terreno, a
edificação do engenho, a construção de fortes para combater os estrangeiros e
lidar com o aculturamento dos índios. Os documentos de entrega da terra eram: a carta de doação, que oficializava a posse hereditária da terra e o
foral, que fixava os impostos a serem pagos pelos donatários. A tentativa
fracassou, pois nenhum nobre quis sair de
Portugal para se enfiar nesse fim de mundo, somente duas capitanias
deram certo: a de São Vicente e Pernambuco, ambas de Martim Afonso de Souza.
O Governo Geral
Como não deu certo a história de Capitanias Hereditárias, a Coroa portuguesa teve que lançar mão de um
governo e exército permanente por aqui, e a instituição utilizada será a dos
Governadores gerais, que vão governar com a ajuda do Capitão mor(Exército),
Provedor mor(impostos) e Ouvidor mor(justiça)
Os principais governadores são:
Tomé de Souza 1549-53
|
Duarte da Costa 1533-58
|
Mem de Sá 1558-72
|
·
Impulsionou
a cultura açucareira.
·
Introduziu
a Pecuária.
·
Trouxe
funcionários públicos, militares, jesuítas, missionários e colonos.
·
Incentiva
a entrada de negros vindo d’África para trabalhar na lavoura.
|
·
Entra
em choque com os jesuítas, pois era claramente favorável a escravização
indígena, mesmo contra a vontade do rei.
·
Sofreu
ataques sistemáticos dos índios e a aliança dos Tamoios e Caetés aos
franceses.
·
Sofre
a invasão dos franceses, que aliados dos Tamoios e Caetés se fixam na Baía de
Guanabara, e fundam a França Antártica.
|
·
Trouxe
novo impulso à colonização.
·
Restabeleceu
a autoridade real na Colônia.
·
Perseguiu
e dizimou os Tamoios e Caetés.
·
Expulsou
os franceses da Baía de Guanabara.
·
Fundou
a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1 de março de 1565.
|
A economia açucareira
O açúcar da cana era
desconhecido na Europa, até então usava-se a casca da batata doce e da
beterraba para adoçar, por isso o açúcar
foi um grande sucesso na Europa, e se transformará numa mercadoria bastante cara, servindo até
mesmo de dote para casamentos.
Portugal detinha o monopólio da venda do produto, mas não dominava
a técnica de refino dependia dos holandeses para isso, e, portanto, era sujeito
aos preços impostos pelos holandeses, o que encarecia ainda mais o produto no
mercado europeu
O Engenho
A unidade de produção do açúcar era o engenho, e este por sua vez
será a forma de organização social do período que se chamou Ciclo do Açúcar.
O engenho se dividia em:
·
Lavoura:
terras aonde se plantava a cana de açúcar.
·
Engenho:
onde se instalava a moenda, retirando o caldo, que era aquecido até se
transformar em melado, e depois transformado em
barras para serem levados para Holanda a fim de ser refinado. No engenho
se produzia também a cachaça e o mel de
uso doméstico.
·
Casa
Grande: habitação de construção rústica
aonde moravam o senhor sua
família e alguns agregados.
·
Senzala:
local insalubre aonde era confinado os
escravos. Não havia nenhum conforto, higiene ou privacidade.
A Sociedade Açucareira
Fortemente hierarquizada, estava centralizada na figura masculina,
aos homens brancos era dado todo poder de vida
ou morte a todos a sua volta.
·
Senhor:
dono do engenho era o líder e detinha o poder sobre a esposa, filhos,
empregados e escravos.
·
Senhora: esposa subjugada ao marido tinha como tarefa
cuidar da casa e dos filhos, muitas vezes analfabeta e extremamente cruel com
os escravos.
·
Filhos:
educados de forma severa, obedeciam aos
pais e não tinham vontade própria. Os rapazes adquiriam espaço quando se tornavam adultos, as moças casavam-se com
os pretendentes arranjados pela família e repetiam o destino das mães.
·
Homens
brancos pobres: na maioria das vezes eram
os capatazes com a incumbência de cuidar da escravaria. Muitas
vezes arrogantes e ignorantes
infernizavam a vida dos escravos. Alguns eram tropeiros que traziam e levavam
mercadorias para os engenhos.
·
Escravos:
não tinham direito a nada nem mesmo a vida, não eram considerados seres
humanos, podiam ser vendidos, trocados, ameaçados e punidos por qualquer coisa.
Muitos sofreram castigos corporais que os levavam a morte.
A Escravidão Africana
A mão de obra utilizada na lavoura açucareira foi à africana, pois estava
perfeitamente adequada a necessidade política do mercantilismo, proporcionando
grandes lucros aos traficantes. O
trabalho escravo indígena não gerava a renda para o setor mercantil, pois o
elemento indígena estava na terra, não havendo assim, necessidade de
transportá-lo. O lucro tanto para Portugal como para os comerciantes estava
justamente neste transporte.
O tráfico de escravos para a colônia crescia na mesma medida que se expandia a
cultura da cana-de-açúcar. O Porto de Luanda, em Angola, se tornou o mais
importante ponto de embarque de negros neste período. Por este porto estima-se
ter passado pelo menos 1 milhão de escravos entre 1549 a 1680.
A viagem nos navios negreiros
eram um episodio a parte, pois os porões eram entulhados de escravos, que mal podiam respirar, sem
nenhuma higiene e má alimentação, mais da metade morria na travessia.
Quando chegavam aos portos do Rio de Janeiro, Salvador e Recife
eram expostos como mercadorias, e ao
serem vendidos separavam pais de filhos,
esposas de maridos.
Expostos a todo tido de violência física, os africanos também
sofreram uma profunda violência
cultural, pois eram proibidos de usarem seus dialetos e processarem suas
crenças. Como forma de resistência à dominação, os africanos criaram o sincretismo religioso.
Este mecanismo visava usar as imagens dos santos católicos,
impostos pelos brancos, e associá-lo a um orixá africano. Desta forma podiam
continuar processando sua religião.
Violência e Resistência
Uma das formas de resistência à escravidão eram as fugas. Os negros
podiam fugir sozinhos ou em grupos. Quando saíam em grupos, a tendência era
formar quilombos. Os quilombos eram aldeias, localizadas em terrenos de difícil
acesso, aonde era reconstruído a forma de viva na África.
Outra forma bastante usada era o suicídio como forma de protesto,
já que esta prática causava prejuízo ao senhor. Havia também ataques aos
feitores, o mais comum era oriundo da capoeira,
forma de luta trazida pelos africanos que podia causar a morte.
Atividades Complementares na empresa açucareira
Não era permitido ao colono plantar outros produtos no engenho além
da cana, dentro da lógica do Pacto Colonial, aonde a colônia só pode produzir e
comercializar o que a metrópole determinar. Por esse motivo a colônia passava fome crônica. Os colonos deveriam
comprar tudo que necessitassem dos navios portugueses da Cia das Índias.
Normalmente os produtos eram caros e escassos. Porém, pela força da
necessidade, nos engenhos havia pequenas plantações para subsistência,
planta-se: milho, feijão, arroz, hortaliça e alguns legumes, havia também
animais de terreiro tais como: galinhas e porcos. Algumas vacas para o
abastecimento de leite e queijo, os bois e cavalos usados como animais de
transporte .
A pecuária só será efetivamente
difundida quando o açúcar entrar em decadência.
O Avanço para o interior da Colônia
A partir de 1580, Portugal por questões sucessórias se unirá à
Espanha, formando assim a União Ibérica.
Com essa união o Tratado de Tordesilhas perderá seu valor, já que tecnicamente não havia mais divisão entre as
duas nações, com isso o avanço para o interior da colônia se fará de forma bem
mais fácil.
Duas formas bastantes
complexas vão facilitar esse avanço.
·
Pecuária:
com o declínio da plantação de açúcar, a pecuária começará a se despontar,
principalmente no interior da colônia, já que o gado necessitava de espaço para
pastagem. Esse tipo de atividade só podia ser feito por homens livres, que com
o tempo vão se tornando proprietários de terras.
·
Bandeirismo:
a necessidade de buscar metais preciosos nunca abandonou os colonos, e no
decorrer do ciclo do açúcar, algumas
expedições, que partiam principalmente
da capitania de São Paulo,aonde nem o solo e nem o clima ajudavam na
implantação de engenhos.
As expedições podiam ser organizadas de
duas formas:
Entradas: expedições financiadas pelo
governo para busca de metais, como não houve sucesso imediato, esses
financiamentos foram cancelados pelo governo.
Bandeiras: expedições organizadas e
financiadas por particulares, não buscavam apenas metais preciosos, mas também
o apressamento indígena, já que essa mão de obra era mais barata que a
africana. De contrato, que mediante a um contrato com fazendeiros ou
governantes, procuravam negros e índios fugidos e destruíam quilombos.
O bandeirismo foi responsável pelo massacre de nações inteiras de
indígenas, além de entrarem em choque com os jesuítas, pois atavam as missões
na busca por índios aculturados.
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